(Escrito por Renato Coelho)
A fim de compreendermos o atual processo de intensificação do trabalho docente e o aumento acelerado da precarização do trabalho nas escolas (públicas e privadas) em Goiás durante a pandemia, faz-se antes necessário entender o contexto e a dinâmica da inclusão do Ensino à Distância nas escolas e também destacar a real situação dos professores diante das limitações e complexidades de um novo modelo de ensino mediado por tecnologias virtuais, cuja implantação fora necessária no contexto de pandemia, porém, imposta de forma unilateral, burocrática e sem consulta ou diálogo com alunos, professores e as famílias envolvidas no processo.
No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o estágio de contaminação pelo novo coronavírus à pandemia. A chamada pandemia de covid-19, segundo especialistas da área da saúde, foi deflagrada de forma tardia pela OMS por questões geopolíticas e por pressão de interesses econômicos, tal atraso provocou consequências catastróficas e irreparáveis no mundo todo, haja visto a rapidez de propagação e letalidade do vírus Sars-Cov-2. Em menos de três meses o vírus foi capaz de dar a volta ao mundo e atingir a todos os países do planeta. A intensa movimentação de pessoas e de mercadorias em um mundo globalizado ajudaram a acelerar o processo de propagação, potencializado ainda mais por posturas negacionistas de governantes e gestores de vários países. A proliferação de uma doença multissêmica causada por um vírus desconhecido tem atingido e impactado sobremaneira e de forma mais violenta países e regiões pobres, onde a falta de assistência médica e a miséria se tornam obstáculos e barreiras para o enfrentamento eficaz contra a pandemia.
Em Goiás, o governo estadual, através do Decreto n. 9633 de 13 de março de 2020 determinou a situação de emergência em Saúde Pública do Estado de Goiás em razão da pandemia do novo coronavirus, e entre as várias medidas contidas no decreto estadual havia a obrigatoriedade de fechamento de todo o setor produtivo e também a paralisação de todas as instituições educacionais na forma presencial a partir do dia 18 de março de 2020, ou seja, creches, escolas e universidades, públicas ou privadas, deveriam suspender todas as atividades presenciais na data prevista. Em seguida, todos os municípios do estado também emitiram decretos similares regulamentando as ações de enfrentamento à pandemia no âmbito local, paralisando as atividades educacionais presencias de forma em geral. E no dia 15 de março o Supremo Tribunal Federal, através de sessão em vídeo conferência, delega aos governos estaduais e governos municipais o poder e a autonomia para criação de medidas de controle sobre as regras de isolamento social, cabendo ao governo federal a coordenação nacional sobre o combate ao novo coronavirus e o repasse de verbas.
Ainda no dia 15 de março a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) publica a nota técnica n.1-2020, que recomendava também o fechamento de todas as instituições educacionais por 15 dias, em virtude da pandemia do novo coronavírus. Já o Conselho Estadual de Educação (CEE-GO) através do seu parecer 02-2020 autoriza o regime especial de aulas remotas (EaD) em substituição às aulas presenciais em todo o sistema educativo do Estado de Goiás. A partir de então, o sistema de aulas virtuais e à distância surge como modelo emergencial e necessário para continuidade das atividades pedagógicas de escolas e universidades em todo o Estado de Goiás.
Todos os professores, alunos e pais de alunos tiveram que se adaptar ao novo formato de aulas remotas que passou a ser implementado de forma provisória, emergencial e aligeirada pelas Secretaria Estadual de Educação (SEE-GO) e também pelas secretarias municipais de educação localizadas em todas as cidades de Goiás. Além de aligeirada e improvisada, a organização e decisões sobre a mediação de aulas por tecnologias virtuais foi realizada na maioria das vezes por escolas públicas sem a participação dos professores ou pais de alunos. Grande parte dos professores não dispunham na época de tecnologias adequadas para a realização das aulas e também muitos não possuíam se quer qualquer intimidade com as chamadas tecnologias digitais de ensino. Não foram ofertados pelas secretarias de educação municipais ou pelo governo estadual qualquer forma de subsídios para a aquisição de computadores e instalação de internet de qualidade nos lares dos docentes, tão pouco foi oferecido capacitação ou formação continuada adequada e em tempo hábil na área de informática para a classe docente. Se houve imensa dificuldade de adaptação dos professores ao chamado modelo de aulas remotas, imagina então para a maioria dos alunos pobres de escolas públicas localizadas nas periferias das cidades goianas. Os relatos e testemunhos são de professores sobrecarregados e exaustos de atividades on-line, alunos abandonando as aulas e muitas reclamações dos pais que afirmam não terem tempo ou disponibilidade de auxiliar os filhos nas atividades escolares.
Os inúmeros relatos em jornais e em redes sociais são de professores ministrando aulas via grupos de whastsapp, onde os alunos acessam os conteúdos das aulas através dos celulares de seus pais, haja visto que a maioria são oriundos de famílias pobres e moradores das periferias das cidades em Goiás, não possuindo computadores ou internet instalada em seus lares, restando apenas os celulares dos pais que passaram a ser compartilhados com os vários filhos nas atividades escolares remotas, mas somente quando havia disponibilidade financeira para compra de créditos para utilização dos celulares.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2018 - IBGE) o país tem um contingente muito grande de excluídos digitais, onde cerca de 46,96 milhões, ou seja, 25% da população não tem acesso à internet , e a cada cinco lares no Brasil, um (01) ainda não possui internet. Nas áreas rurais ou em regiões onde a renda da população é mais baixa, as diferenças aumentam ainda mais. Segundo essa mesma pesquisa do IBGE, apenas cerca de 78,3% da população possui celular com acesso a internet, sendo que 5,1% dos lares brasileiros não possuem telefone fixo ou móvel. E é exatamente essa a realidade familiar de grande parte dos alunos das escolas públicas em Goiás. A pandemia vem novamente para desmascarar a triste realidade de exclusão e de pobreza em que vive grande parte da população brasileira, e além disso, o EaD que passa a ser implementado dentro da pandemia em Goiás vem provocando também o aumento das desigualdades entre aqueles que possuem acesso à internet de qualidade e os que não possuem acesso. Desta forma ocorre uma desigualdade de oportunidade nos processos de ensino-aprendizagem e ainda uma falta de equidade no acesso a educação que deveria ser igualitária e ainda um direito de todos.
Tabela - Pnad 2018 (IBGE) |
A exclusão digital passou a ser apenas um dos empecilhos e problemas enfrentados por alunos e professores durante este período de pandemia em Goiás. Além da luta por acesso à uma internet de qualidade para a realização do trabalho e de todas as demais atividades educacionais, tem ainda o enfrentamento diário contra o vírus Sars-Cov-2, numa frenética e contínua luta para se manter vivo. Em um contexto assustador de pandemia, numa segunda onda de contágios alcançando novamente a marca de quas mil mortes diárias provocadas pela falta de assistência médica, onde alunos e professores presenciam quase que cotidianamente a perda de renda por questões do desemprego familiar, abalos emocionais causados por mortes de parentes ou amigos próximos, tudo isso ao final acaba gerando um grande estresse e fadiga em todos, e exatamente num momento crítico da pandemia onde o vírus continua descontrolado e se propagando de forma cada vez mais rápida e intensa.
Nas escolas públicas em Goiás, com os baixos salários, a massificação de alunos por turma, as cargas horárias excessivas, o não pagamento do piso salarial, a violência dentro das escolas e a total falta de valorização docente, já eram componentes que antes mesmo da pandemia serviam como potencializadores da precarização do trabalho do professor. Entretanto, neste novo contexto de pandemia, caracterizado pelo trabalho remoto, a precarização e intensificação do trabalho aumentaram consideravelmente, e tem levado vários professores de escolas à exaustão e ao adoecimento por doenças psicossomáticas. O trabalho remoto da forma em que está colocado e em tempos de pandemia não pode ser considerado um privilégio diante daqueles que não tem outra opção, a não ser realizar o trabalho presencial ou essencial. O que se observa na prática cotidiana dos professores que ministram aulas em EaD durante o período de pandemia é apenas uma imposição burocrática e legalista de gestores de escolas e das secretarias de educação para o simples cumprimento de conteúdos e cargas horárias das disciplinas escolares, sem respeitar o tempo e o processo de ensino-aprendizagem num contexto complexo e trágico de uma pandemia. O que se observa atualmente é uma cobrança sem limites em cima dos professores e também dos alunos para transmissão e efetivação de conteúdos tradicionais, que na maioria das vezes não conseguem dialogar ou contextualizar o aluno aos dilemas, dficuldades e desafios do tempo presente, ou seja, de um ensino em tempos de pandemia. É como ensinar física atualmente sem falar de crescimento exponencial numa pandemia; falar de matemática sem relacionar os números aos pontos de inflexão da curva de contágios; comentar biologia sem falar de morcegos e vírus; discutir sociologia sem interpretar as relações entre destruição da natureza, capitalismo e pandemia; ensinar educação física sem correlacionar o cancelamento dos jogos olímpicos e a pandemia ou analisar futebol sem citar os estádios sem as torcidas. Não faz sentido ensinar conteúdos tradicionais nas escolas sem abranger o momento histórico marcado pela pandemia e as suas consequências globais. Percebe-se assim que o tempo, as metodologias, os conteúdos e os temas das aulas devem ser sim modificados e ressignificados para o momento atual, e que o ensino não pode mais se pautar nos paradigmas daqueles anteriores à pandemia, pois o ensino virtual jamais poderá substituir o ensino presencial, ele é apenas um instrumento pobre, vazio, limitado e emergencial e que não pode ser generalizado ou priorizado, porém, ele se faz necessário a fim de se evitar os contágios e as aglomerações em salas de aulas, daí a importância e urgência em reinterpretar o ensino em tempos de pandemia. Pois, o mundo jamais será o mesmo a partir de dezembro de 2019, com a descoberta do novo coronavírus, não existirá jamais um "novo normal", e nem tão pouco as escolas ou as aulas serão como antes e nem devem ser. Faz-se então relevante ouvir os professores e os alunos para se construir um novo processo de ensino e aprendizagem dialógico, humanizado e contextualizado, capaz de trazer respostas e soluções a este novo tempo inaugurado pelo vírus Sars-Cov-2, que virou o mundo de ponta cabeça e colocou em xeque a própria ciência moderna, expondo as suas contradições, seus limites e contrastes. Exigir as mesmas coisas, as mesmas cargas horárias, os mesmos conteúdos, a mesma rotina dentro da velha burocracia escolar é subestimar o poder e a letalidade do vírus, e ao mesmo tempo é subestimar também a inteligência, a criatividade e os saberes de professores e alunos, que juntos terão que lutar para construírem um modelo novo e diferente de aprendizagem e de escola capaz de superar as limitações e a miséria do ensino virtual, que seja também capaz de anular a precarização do trabalho e as imposições burocráticas de uma velha escola anterior à pandemia que ainda insiste em querer existir e em apenas formar mão de obra barata, no mercado da uberização do trabalho, onde o vírus apenas escancara ainda mais o submundo do desemprego e da informalidade.
O novo Coronavírus mostra o que estava sendo camuflado, mais uma vez exibe o quão precário e excludente o ensino é.
ResponderExcluirO ensino virtual enfatizou que 25% da população não tem acesso a internet. Como crianças e jovens vão participar deste ensino? para esses só resta a desistência, desta forma, evidência que a educação não é igualitária para todos e sim excludente.
Raquel de Paula Vieira
Educação Física. 8° Período .Matutino
Um dado fuhdamental que o texto nos denota é o fato de 25% da população brasileira não possuir acesso à internet. Um percentual muito expressivo, sobretudo, agora no contexto da pandemia do novo coronavírus. Em virtude desse contexto caótico os diregentes da educação pública optaram por continuar o ensino de forma online, porém parecem não terem se atentado para o fato de que os estudantes das camadas sociais mais carentes não possuem condições básicas para acessarem as aulas online. Ademais, praticamente não houve ações para contonar esse pervesso contexto, isto é, criar formas para que todos os alunos conseguissem acessar as aulas online. Em virtude disso a educação passa por um processo de exclusão digital.
ResponderExcluirEssa "nova forma" de educação nos provou o quanto ela é excludente. no momento em que foi repassado que as aulas seriam em EAD, não foi perguntado ou ofertado qualquer recurso para os alunos que não tinham acesso, eles simplesmente tiveram que abandonar o curso, e não por sua vontade, mas por falta de acesso e condições para a realização do mesmo. A quantidade é muito relevante, 25% da população não tem acesso, e sem falar outros tantos que tem, mas não é de qualidade, a internet fica caindo o tempo todo na aula. Agora como podemos dizer que o ensino é igualitário?! cada dia que passa, percebemos ainda mais o descaso com a educação, e isso é um fato lamentável.
ResponderExcluirTaisa Rocha Gomes da Silva
8ª Período Noturno
As aulas em forma de EaD, ocasionou muita pressão em relação aos alunos, onde muitos tiveram que trancar a matrícula por falta de recursos, ou até mesmo abandonar o curso. E vemos que muitos professores também se sentem desconfortáveis com esse método de ensino, as vezes aaplica a aula pra cumprir apenas com sua carga horária. Infelizmente alunos e professores tiveram que encarar esse novo método de aprendizagem.
ResponderExcluirLarissa Oliveira
8° período noturno
Devido a esta pandemia do COVID – 19 trouxe nos uma nova realidade na qual devemos adaptar, no campo econômico, político, social e educacional. Entretanto na educação de forma remota exige um pouco mais de esforço do professor para lecionar a distância e do aluno para aprender. Levando em conta o contato instantâneo que não existe, uma vez que este é o mecanismo mais próximo para sanar uma dúvida ou discutir a matéria, surge uma dificuldade a mais. Muitos educadores tiveram que se reinventar, superar dificuldades, lidar com uma nova maneira de ministrar a aula, levando ou ao menos tentando levar ao aluno uma boa qualidade de ensino, de fato que a tecnologia, aulas remotas não substitui as presencias, pois, essa interatividade, relação aluno/professor só acontece dentro da sala de aula, pois fica evidenciado que aulas remotas não são atrativas para uma grande parte dos estudantes. Muitos deles abandonam as aulas por aspectos econômicos, por não ter uma internet de qualidade, por não ter um computador, muitos não tem a mesma disponibilidade que teriam em aulas presencias, o fato de estar estudando em casa tira a responsabilidade com que ele tem com a instituição, além de que para ele e para o educador gera um desconforto significativo pois ninguém aguentaria a carga horaria toda mediante a um computador, tablete, celular, gerando um desconforto maior com a falta de participação do aluno, a falta de ter um acesso exclusivo para tirar as dúvidas dos alunos. A educação a distância (remota), está sendo uma forma emergencial para dar seguimento ao ano letivo, de fato á imensos problemas a serem levantados em relação ao ensino remoto, porém nem todos estavam preparados para tal.
ResponderExcluirRyane Fernandes
8º período noturno
O novo rumo que a educação brasileira tomou por conta desta pandemia, deixou muito claro que o ensino é muito excludente. Alunos onde sua família não possui condição financeira de ter acesso a internet em casa sofrem muito com essa situação, e também aqueles que possui internet porém o acesso é lento ou não suporta, estes se frustam dia após dia diante á este caos.
ResponderExcluirO ensino fica extremamente limitado, o que gera um atraso na educação desses estudantes. Infelizmente as aulas EAD se tornaram uma certa frustração, tanto para os alunos quanto para os professores.
Amanda Santos.
Infelizmente a pandemia está aí para todos, para pessoas com maiores ou menores poderes aquisitivos e de diferentes classes sociais. É uma doença que pode chegar a ser letal por aquele que for contaminado pela mesma. Mais a diferença para esse e outros problemas ligados ou não ao Sars-vov-2 estão e sempre estiveram, na exclusão que é escancarada na sociedade de uma forma, que só não ver quem não quer. Em um País onde muitos alunos, tiveram que abandonar a escola por falta de estrutura e meios de comunicações como celular, computador e internet, para continuar com as aulas em forma online. Isso de fato é uma vergonha para um país que emprega “educação para todos”, onde que na verdade sempre teve muitas crianças e adolescentes fora da escola, algumas por morarem na zona rural e terem difícil aceso até a instituição, outras que abandonam a escola para trabalharem e terem que ajudar suas famílias que vivem meio a dificuldades, e por aí vai. E agora com o problema do Sars-Cov-2, o número de crianças e alunos que abandonaram a escola aumentou mais ainda e infelizmente continuará aumentando, em quanto ao menos não minimizarem os problemas de estrutura a esses alunos. Isso mais uma vez veio provar como a sociedade é excludente, e que não tem estrutura para todos.
ResponderExcluirE rico um texto como este e deve ser compartilhado, e uma forma de as pessoas que estão fechando os olhos para a pandemia e acham que as aulas e os trabalhos feito em casa são o futuro do mundo, pode até ser, de fato, mas no nosso país onde a desigualdade grita ao vento que ela existe e a cada passo que damos no Brasil ela está lá presente para fazer -nos refletir sempre.
ResponderExcluirNão importam as tecnologias criadas, a qualidade da internet e dos meios de comunicação que melhoram e possibilitam e/ou otimizam trabalhos a distância, reuniões remotas etc. Se as pessoas não tem acesso à toda essa maravilha que surge.
Nossa sociedade com pensamento burguês e meritocrata jamais admitiria que ela é desigual.
A culpa de você ser pobre e sem condições neste sistema é toda sua e não das inúmeras situações que te tiram oportunidades.
Márcia Gabriela 8o período de Educação Física matutino
O texto é muito interessante, pois, permite refletirmos sobre a situação da educação no contexto da pandemia. Inicialmente, a pandemia trouxe uma nova configuração de ensino, ou seja, tivemos que adotar o ensino remoto. Nesse contexto, as instituições tiveram que adotar essa modalidade de ensino, porém, como observado por muitos, esse sistema não é inclusivo, visto que, muitos alunos estão sujeitos a precarização do ensino, afinal, não são todos que tem acesso a internet e com isso, estão sujeitos a marginalização do ensino. Outra ponderação é que, em muitas famílias os pais tem que sair para trabalhar, e assim, os filhos ficam em casa sem o apoio deles, enfrentando assim, uma lacuna no ensino em razão das dúvidas. Além do mais, esse assunto sobre o ensino em tempos de pandemia é curioso, afinal, enquanto um grupo defende que o melhor é ficar em casa, outro grupo (empresários) defendem a abertura das escolas particulares, visto que, para esse grupo o ensino é rentavél, ou seja, gera lucros e por isso eles clamam a retomada das atividades presenciais. Nesse sentido, sem nenhuma perspectiva de redução de casos de covid-19, temos que nos adaptar a essa nova realidade.
ResponderExcluirDaniel Monteiro do C. Braga - 8 Período (Matutino)
A pandemia forçou vários professores e alunos acostumar com aulas a distância, mesmo que o mesmo não tenha escolhido essa modalidade. Tanto por parte dos professores, quanto dos alunos, ambos tiveram que se adaptar, de forma precária, para que o ensino não parasse.
ResponderExcluirNo entanto, por vezes há várias dificuldades, como por exemplo, como ensinar pessoas que apresentam deficiência, ou pessoas que são mais velhas e tem bastante dificuldade no meio remoto, isso é passado tanto com os alunos, quanto com os professores.
Por mais que vários empresários defendam a volta das aulas presenciais, esquecendo totalmente a forma de transporte dos clientes/alunos da sua instituição, pois vários utilizam o meio de transporte público, nesse caso, destaco os empresários donos de instituições privadas. E como já destaquei no comentário do texto anterior, vários desses empresários, que tem acesso a instituições privadas, tanto pela saúde, quanto pela educação, não consideram que o aluno está exposto a vários riscos a saúde, em plena pandemia.
O atual governador do estado de Goiás, defende a volta das aulas presenciais apenas com a vacina pronta e aplicada na população, no entanto, até quando ele irá aguentar a pressão dos empresários que apenas pensam no ganho de capital?
Karollyne Plácido da Silva - 8º período noturno
Diante das atuais circunstâncias em que nos encontramos, rodeados pelos ideais do capital e sua coisificação da vida e, nesse ano de 2020, em especial, tendo que lidar com a pandemia causada pela Sars-Cov-2, a realidade que já não era das mais animadoras, conseguiu se tornar ainda pior.
ResponderExcluirFalo enquanto professora, mas também como aluna. Como são limitadas e fatigantes as aulas remotas, o excesso, ou ainda a predominância delas no momento atual. Não estou aqui para criticar ou sugerir retrocessos tecnológicos, pois, nós, enquanto seres sociais, a cada dia que se passa, construímos nossa história tendo como aliada a tecnologia. No entanto, ela não serve para a maioria das pessoas que, sequer, têm acesso aos recursos mais desenvolvidos. No Brasil, enquanto estamos discutindo acesso ou não acesso à internet, precisamos aprofundar um pouco mais na leitura do país e constatar na realidade que, muitos brasileiros sequer têm água tratada, sequer contam com a comida todos os dias no prato - algo que vem se intensificando nos últimos anos. Quando olhamos para a realidade do ensino é preciso pensar sobre a qualidade de vida dos professores da rede pública nesse momento. Uma classe não valorizada, precarizada e que tem que se desdobrar no meio do caos para cumprir com seus compromissos pedagógicos, já que, tampouco podem contar com o entendimento e ajuda dos governos no que tange ao ensino remoto e tudo que ele exige. Isso sem falar dos professores do setor privado de educação, cuja lógica da produtividade impera.
O Brasil, com todas as suas contradições já historicamente constituídas, consegue, além disso, se sobressair quanto às questões ligadas à gestão na pandemia. Não houve união, não houve consenso da classe política, mas houve uma cobrança sem precedentes da “aristocracia” brasileira para que a exploração dos trabalhadores fosse continuada. Enfim, diante de toda essa constatação, sequer sabemos se já estamos numa segunda onda pandêmica. Saímos da primeira? O que temos são muitas dúvidas e o peso do cansaço. Professoras e professores e todos os alunos que já não podiam exaltar suas situações, esse ano, experimentaram mais uma faceta do que significa estar subordinado a um sistema opressor, que não tem como premissa o cuidado e suga nossa vida dia após dia. A Covid é mais uma “produção” do capital que, com sua ânsia de acumulação infinita e a necessidade da circulação em grande escala de mercadorias, causará tantas outras crises como essa (ou piores!).
Aryanna Barbosa de Carvalho
Devido a pandemia do COVID-19 as aulas tiveram que mudar seu formato de presencial para Ensino a Distância (EAD) num caráter emergencial. Não houve planejamento, e este fato acentuou ainda mais as desigualdades já existentes, pois nem todos os alunos e professores tem acesso a internet de qualidade e/ou a computadores, este fato fez com que a desigualdade educacional se acentuasse ainda mais. Entendo que esta medida de ensino EAD foi uma medida necessária para a continuidade das aulas, mas a maneira como foi posta, sem planejamento, dificultou a adaptação de todos a esse formato de ensino, pois não foi dada nenhuma assistência a alunos e professores. Este fato fez com que muitos alunos desistissem das aulas, pois nem todos tiveram condições de continuar estudando.
ResponderExcluirRaynara Rodrigues da Cruz da Silva.
8°Período Noturno.
Falar sobre o momento que a educação no país vive é difícil.
ResponderExcluirÉ impossível não relacionar a educação com a qualidade de vida das pessoas e com a média salarial da família brasileira.
Com a alta dos preços nos mercados, viver com 1 salário mínimo é extremante difícil, a partir disso essas pessoas que se enquadram nesse quesito passam a escolher coisas que são essenciais e coisas que não são, muitas vezes a internet não é essencial, ou uma boa internet já que o custo é alto para tal bem.
Então ao analisar isso vemos que a educação em EAD é uma saída, mas uma saída somente pra aqueles que possuem condição de ter uma internet, um celular ou computador, muitas vezes os dois para conseguir ter um rendimento mais ou menos, o que não é a r ealidade da maioria das pessoas.
Então vemos que esse modelo de sistema não se torna inclusivo e gera um problema maior que é a evasão desse aluno.
Murilo Santos de Jesus 8º Período
Texto muito interessante e válido para refletirmos sobre os valores da educação. Além dos altos níveis de desinteresse que demonstram as redes de escolas públicas ou privadas sobre o descaso com a saúde dos alunos, retornando as aulas ainda sem a certeza do momento. Acredito que a educação ainda terá tempos mais difíceis, já que os números de evasão vem aumentando, pela falta de recursos seja online, ou pelo medo que ainda apavora algumas pessoas. A educação ead, que já existia antes da pandemia, não necessitava de tantas horas conectados online, nem de grandes arquivos para se manter. Acredito que o ead pode ajudar muito em alguns casos, mesmo após a pandemia, mas, se for bem planejado, e pensado para todas as possibilidades dentro das realidades dos estudantes.
ResponderExcluirThalyta Colangelo - 8° período matutino
O texto é bastante relevante, pois, permite a reflexão sobre a Educação no contexto da pandemia. Todos nós sabemos que a educação no nosso país sempre foi excludente, marginalizando aqueles que não tem acesso a esse direito, com a pandemia, essa realidade se agravou cada vez mais, visto que, ao adotarem o sistema remoto, consideramos as desigualdades sociais, cuja as oportunidades não são iguais para todos, com isso, alguns alunos ficam mais prejudicados do que outros. O atual cenário da pandemia é alarmante, estamos enfrentando uma segunda onda sem nenhuma perspectiva de melhora, visto que, muitas pessoas estão voltando a "normalidade", como se a pandemia tivesse acabado. Discutir a reabertura das escolas é um tiro no pé, aumentaria o número de pessoas expostas ao vírus.
ResponderExcluirDaniel Monteiro do C. Braga - 8º Período (Matutino)
Eduardo Naves Ramos Mota 8ºPeríodo Matutino.
ResponderExcluirO texto abre o nosso olhos sobre os novos mecanismos de ensino utilizados no contexto da pandemia. A utilização de aulas remotas tornaram-se o principal meio de ensino no contexto atual. Entretanto, ressalta-se que tal mecanismo de ensino é parcialmente excludente, já que nem todos indivíduos tem acesso a uma internet e ferramentas tecnológicas de qualidade, comprometendo então o processo e aprendizado dos mesmos.
O texto faz referencia a grande desigualde existente em nosso país quando o assunto é escola, ensino e aprendizado, a pandemia deixou as desigualdades mais visíveis, os alunos em aulas remotas tem condições diferentes de acesso ás aulas, seja pelo instrumento utilizado ou pela falta de material, meio, internet ou apoio e isto infelizmente só aumenta esta desigualdade quanto a qualidade e aprendizado. Regiane Poleto - 8° peíodo EF _ UEG.
ResponderExcluirHugo de Abreu Araujo - 8º Período matutino.
ResponderExcluirO autor traz um problema que não é de hoje, a questão da desigualdade, principalmente depois do inicio da pandemia do novo Corna Vírus, cada dia que passa notamos ainda mais a desigualdade em nível estudantil, podemos pontuar a questão que nem todos tem a oportunidade de ter acesso a redes moveis e wi-fi para que possam acompanhar as aulas de maneira remota.
O prejuízo com as aulas online é gigantesco, qual profissional estamos formando para o mercado de trabalho? As diferenças sociais no Brasil são gigantes, e com a pandemia muita coisa veio a tona, escancarou ainda mais as diferenças entre o rico e o pobre.
ResponderExcluirMaíra Cirqueira 5 periodo noturno