quarta-feira, 18 de agosto de 2021

A Educação Física e a Terceira Onda da Variante Delta: imprevisibilidade e novos desafios

 

                        Figura 01 – Ondas simulam a propagação de contágios Covid-19.

 

(Escrito por: Renato Coelho)


Um cadáver domina a sociedade – o cadáver do trabalho. Todos os poderes ao redor do globo uniram-se para a defesa deste domínio: o Papa e o Banco Mundial, Tony Blair e Jörg Haider, sindicatos e empresários, ecologistas alemães e socialistas franceses. Todos eles só conhecem um lema: trabalho, trabalho, trabalho! (GRUPO KRISIS, 2017)

 

Atualmente, vários países do mundo vêm enfrentando novas ondas de contágios e óbitos pelo vírus Sars-Cov-2, muitos destes países com processo de vacinação bastante avançado, como é o caso dos EUA, Inglaterra, Israel, França, Chile, Uruguai e outros. As vacinas atuais contra a Covid-19 são extremamente importantes e confiáveis, evitam a evolução de casos graves da doença, hospitalizações e de óbitos, porém, não é totalmente efetiva no que tange a evitar os contágios pelo vírus, daí a importância, mesmo após receber as duas doses da vacina, manter os cuidados não farmacológicos como o uso de máscaras e o distanciamento social. A vacinação é importante, mas não é o único instrumento de combate à pandemia, é necessário também a manutenção das medidas de restrições sociais em paralelo ao processo de vacinação, a fim de se evitar o surgimento de novas ondas e consequentemente novas mutações do vírus.

A palavra “onda” vem emprestada da física, da chamada mecânica ondulatória, e se caracteriza pela propagação ou vibração de partículas, fluidos, sinais sonoros ou eletromagnéticos em função do tempo, sendo possível determinar matematicamente a sua magnitude, amplitude e frequência. Um terremoto, por exemplo, pode ser avaliado e medido de acordo com a sua magnitude, ou seja, em função das ondas mecânicas produzidas em consequência do movimento das placas rochosas no interior da Terra. Já na epidemiologia, o termo “onda” se refere a uma explosão abrupta de contágios e/ou de óbitos no contexto das epidemias ou de uma pandemia (ver Figura 01 acima). Em 2020, o Brasil experimentou a chamada primeira onda da covid-19 entre os meses de julho e agosto, tendo amplitudes máximas em torno de 1.000 óbitos diários dentro da chamada média móvel. A segunda onda se deu recentemente, entre os meses de abril e maio de 2021, tendo picos ou amplitudes com mais de 3.000 óbitos por dia. O surgimento de novas ondas está associado ao aumento da mobilidade social, às flexibilizações das regras de distanciamento social, baixa velocidade na vacinação em massa e também ao surgimento de novas mutações mais contagiosas em comparação ao vírus original.

Gráfico 01 – Comparativo entre países de casos de covid-19 por milhão de pessoas (Fonte: www.ourworldindata.org/coronavírus).

No Gráfico 01 acima, podemos observar atualmente o surgimento de novas ondas de covid-19, com o aumento abrupto de contágios em países como Reino Unido, Estados Unidos, França e Alemanha. As investigações apontam que o surgimento de uma nova onda nestes países com alta taxa de vacinação se deve ao avanço da nova variante Delta.  No atual contexto brasileiro, estamos experimentando nestas últimas semanas um decréscimo considerável nas taxas de contágios e óbitos, com queda significativa nas médias móveis de casos (ver Gráfico 02 abaixo).



Gráfico 02 – Casos diários de covid-19 no Brasil. (Fonte: www.ourworldindata.org/coronavírus).

 

Porém, assim como ocorreu naqueles países citados anteriormente, a entrada da variante Delta em território brasileiro, onde o Rio de Janeiro e o Distrito Federal são os novos epicentros da variante Delta, podem mudar a tendência de queda dos números da covid-19 no país já para os próximos dias. Surgem então três fatores importantes e capazes de ajudar no surgimento de uma terceira nova onda de contágios pela covid-19 no Brasil. O primeiro fator diz respeito ao atraso e a lentidão no processo de vacinação (Programa Nacional de Imunização – PNI), que tem permitido uma maior circulação do vírus entre a população, já que até o momento o Brasil imunizou apenas 24,1% do total da população (ver gráfico 03 abaixo). O segundo fator está ligado ao surgimento da chamada variante Delta, que é duas vezes mais contagiosa do que as variantes anteriores e possui uma carga viral 1260 vezes maior, o que implica numa velocidade de contágio duas vezes superior (COELHO, 2021). Por fim, o terceiro fator se refere ao aumento da mobilidade humana em resposta às flexibilizações e à volta das aulas presenciais em escolas e universidades brasileiras. A mistura destes três fatores implicará no surgimento da chamada terceira onda, com aumento de contágios e consequentemente no aumento também no número de óbitos, colapso nos hospitais e em funerárias. Tal fenômeno já está ocorrendo nos EUA e em alguns países da américa do Sul, Europa e Ásia, em virtude da introdução da variante Delta e combinada com estes fatores mencionados. Vale destacar ainda que, mesmo países com vacinação avançada, enfrentam o surgimento de novas ondas pelo fato de não controlarem essas três importantes variáveis: mobilidade humana (flexibilizações precoces), velocidade na vacinação em massa e a mitigação de contágios pela variante Delta.


Gráfico 03 – Ritmo de imunização entre países (vacinação com duas doses) (Fonte: www.ourworldindata.org/coronavírus).


Tais ingredientes acima, juntamente com as flexibilizações no comércio e o retorno das aulas presencias na maioria das redes públicas de ensino e em universidades, formam os pré-requisitos básicos para a formação de uma nova e imprevisível terceira onda da covid-19 no Brasil. Vale destacar ainda que a imunização contra a covid-19 requer duas doses completas de vacinas, sendo que, apenas uma única dose, seja da vacina Pfizer, Coronavac ou AstraZeneca, não é suficiente para formar uma completa defesa no organismo humano contra a variante Delta, daí o grande problema da lentidão no programa de vacinação diante de uma iminente terceira onda, e que tornaria urgente a aplicação da segunda dose através do PNI, a fim de se evitar um novo colapso no sistema de saúde e o incremento de óbitos na pandemia.

 

A Variante Delta: descontrole e imprevisibilidade


Nos países anglo-saxônicos, este mundo de horror já é realidade para milhões, no Terceiro Mundo e na Europa do Leste, nem se fala; e o continente do euro mostra-se decidido a superar, rapidamente, esse atraso. As gazetas econômicas não fazem mais nenhum segredo sobre como imaginam o futuro ideal do trabalho: as crianças do Terceiro Mundo, que limpam os pára-brisas dos automóveis nos cruzamentos poluídos, são o modelo brilhante da "iniciativa privada", que deveria servir de exemplo para os desempregados do deserto europeu da prestação de serviço. "O modelo para o futuro é o indivíduo como empresário de sua força de trabalho e de sua própria previdência social", escreve a "Comissão para o Futuro dos Estados Livres da Baviera e da Saxônia". E ainda: "a demanda por serviços pessoais simples é tanto maior quanto menos custam, isto é, quanto menos ganham os prestadores de serviço". Num mundo em que ainda existisse auto-estima humana, uma frase deste tipo deveria provocar uma revolta social. Porém, num mundo de animais de trabalho domesticados, ela apenas provoca um resignado balançar de cabeça. (GRUPO KRISIS, 2017).

 

Gráfico 04 – Escala comparativa de propagação e de letalidade da variante Delta em relação a outros vírus. (Fonte: www.cdc.gov/coronavirus).

 Atualmente no Brasil, a variante Gama é hegemônica no total de casos de contágios, porém, como não existe um programa nacional de testagem em massa, e tão pouco um programa nacional de testagem genômica para identificação genética das variantes em território nacional, logo, não há certezas quanto ao quantitativo de contágios pela nova variante Delta e não se sabe até quando a variante Gama irá ser preponderante em relação à nova variante Delta. Entretanto, já é sabido que no estado do Rio de Janeiro, a variante Delta já é responsável pela maioria dos contágios, com cerca de 60% dos casos positivos da capital fluminense, e tem provocado o colapso dos hospitais tanto na capital quanto nas cidades do interior.

No Gráfico 04 acima, podemos observar que a variante Delta ocupa uma posição de destaque, onde verificamos que ela é mais transmissível do que os vírus do ebola, da varíola e da gripe. Além da alta rapidez de transmissão da variante Delta, o gráfico também comprova que ela é mais mortal do que a gripe e a poliomielite, sendo a sua mortalidade maior do que o vírus original sars-cov-2 de Wuhan (China). Sendo essa mutação mais transmissível, obviamente que a mesma se torna também mais mortal do que as suas antecessoras. Ainda no Gráfico 04 acima, analisando o eixo horizontal (eixo x), temos a taxa de contágios a partir de uma única pessoa infectada, vemos que uma pessoa contaminada com a gripe comum transmite o vírus para uma (01) outra pessoa. Já o vírus Sars-Cov-2 original de Wuhan transmite covid-19 para três (03) outras pessoas. No entanto, ao observarmos a projeção da variante Delta no eixo horizontal (eixo x), nota-se que a transmissão de uma pessoa infectada ocorre até entre oito (8) pessoas de contato, ou seja, devido à sua altíssima carga viral, que é aproximadamente 1260 vezes maior, a sua taxa de transmissão passa a ser mais do que o dobro do vírus Sars-Cov-2 original. Tal dinâmica assustadora de contágios deveria colocar todo o país em alerta máximo no quesito prevenção e adoção de medidas restritivas e de mitigação de novos casos, no entanto, o que se observa é justamente o contrário, com aumento de flexibilizações e a abertura de escolas e universidades pelo poder público.

 


Figura 02 – Comparativo de transmissibilidade da Variante Delta: mais do que o dobro de transmissão.


Com o alto índice de transmissão da variante Delta (cerca de duas vezes maior), observa-se uma dinâmica diferente de contágio do vírus em relação às demais cepas (Alfa, Beta, Gama e Lambda), daí a importância em se revisar conceitos e hábitos construídos ao longo destes meses de pandemia no Brasil e no mundo. A variante Delta pode ser transmitida até mesmo em ambientes abertos quando não respeitadas as regras de distanciamento social. Por isso, as atividades em ambientes abertos ou ao ar livre devem ser revistas quanto ao distanciamento seguro, mesmo com o uso de máscaras. Em ambientes fechados já foi comprovado a transmissão de covid-19 via aerossóis mesmo com o uso de máscaras e com distanciamento. (COELHO, 2021b)

  

A Educação Física e a Variante Delta


O novo fanatismo do trabalho, com o qual esta sociedade reage à morte de seu deus, é a continuação lógica e a etapa final de uma longa história. Desde os dias da Reforma, todas as forças basilares da modernização ocidental pregaram a santidade do trabalho. Principalmente durante os últimos 150 anos, todas as teorias sociais e correntes políticas estavam possuídas, por assim dizer, pela ideia do trabalho. Socialistas e conservadores, democratas e fascistas combateram até a última gota de sangue, mas, apesar de toda a animosidade, sempre levaram, em conjunto, sacrifícios ao altar do deus-trabalho. "Afastai os ociosos", dizia o Hino Internacional do Trabalho – e "o trabalho liberta" ecoava aterrorizantemente sobre os portões de Auschwitz. As democracias pluralistas do pós-guerra se professaram ainda mais a favor da ditadura eterna do trabalho. Mesmo a Constituição do Estado da Baviera, arquicatólico, ensina aos seus cidadãos partindo do sentido da tradição luterana: "o trabalho é a fonte do bem-estar do povo e está sob proteção especial do Estado". No final do século XX, quase todas as diferenças ideológicas desapareceram. Sobrou o dogma impiedoso segundo o qual o trabalho é a determinação natural do homem. (GRUPO KRISIS, 2017).

 

Sabemos que o ensino da Educação Física não se resume apenas ao saber fazer ou ao simples gesto técnico, mecanizado e repetitivo. O ensino da cultura corporal envolve saberes e metodologias capazes de relacionar o corpo e o movimento a significados e sentidos para muito além da cinética ou da performance, pois nesta relação de ensino-aprendizagem está envolto além de teorias sobre o corpo, sensações, toques, valores sociais, experiências, sentimentos, pensamentos e questões de classe. Daí, com a pandemia e as aulas remotas, o ensino da educação física sofre o mais duro golpe desde o seu surgimento com o chamado Movimento Ginástico Europeu, durante o século XIX na Europa. A mediocridade e a pobreza das aulas on-line dilaceraram o ensino da Educação Física, assim como também as outras disciplinas e saberes, e que foram engessadas, exorcizadas e despidas pelas tecnologias mortas e robotizadas do ciberespaço. Nas aulas remotas não existem os contatos, os movimentos, os sons, os gritos e os descontroles dos corpos, mas apenas o silêncio do computador e a artificial contração do espaço-tempo pelas plataformas digitais. A pandemia obrigou a todos a se adaptarem ao ensino remoto, a fim de evitar novos contágios pelo vírus Sars-Cov-2. Porém, apesar de todas as limitações e neuroses provocadas pelas aulas virtuais, uma volta às aulas presenciais num momento crítico e catastrófico tal qual vivemos atualmente no Brasil num contexto de descontrole da pandemia, pode provocar danos irreversíveis à sociedade. Não se deveria estar discutindo hoje o retorno às aulas presenciais, mas sim em como melhorar e incluir alunos e professores no Ensino à Distância em tempos de pandemia, com gratuidade de acesso à internet, disponibilidade a hardwares e softwares à comunidade escolar e universitária, num sentido de provocar uma “humanização” das atuais excludentes aulas on-line. Porém, o que assistimos não é uma coisa e nem outra, apenas uma imposição ao “novo normal”, para garantir o girar da roda do capital, que até o momento já abreviou a vida de mais de 570.000 brasileiros. Atualmente em Goiás estamos assistindo o retorno precoce e sem sentido das aulas presenciais em escolas públicas municipais e estaduais. Também assistimos o mesmo fenômeno ocorrer no semestre passado com as escolas particulares e também universidades privadas que já tem um calendário presencial de aulas, mesmo com a incidência da variante de preocupação Delta em todo território nacional. A pressão para o retorno às aulas presenciais para as universidades públicas também é visível e notória. Os gestores públicos usam a ciência apenas quando lhes é conveniente, fazem da ciência um instrumento para os seus deleites e bel-prazeres e obrigam a abertura das instituições educacionais em desconexo com as recomendações epidemiológicas. Ciência a serviço de quem? Ciência para quem, afinal?

 

 

Foto 01 – Quadras poliesportivas do Centro de Excelência do Esporte – ESEFFEGO UEG


Na Foto 01 acima, vemos as quadras poliesportivas suspensas do Centro de Excelência do Esporte, que se localizam no atual campus ESEFFEGO UEG no centro da cidade de Goiânia. Observamos que apesar das quadras se localizarem no 4º piso das instalações do complexo esportivo, o espaço não possui ventilação natural ou circulação de ar, propiciando tornar este local no futuro, em um ambiente super espalhador de covid-19. Vemos que nos locais descritos em A e C na foto acima, são estruturas de vidro e que auxiliam na iluminação natural do ambiente, porém, as aberturas e frestas entre as estruturas de vidro são pequenas e não permitem uma circulação efetiva do ar vindo de fora, o que dificulta a troca do ar, mantendo o ambiente constantemente abafado e sem troca efetiva de ar com o meio externo. A estrutura B faz parte da arquitetura interna e do design externo do prédio e apesar das aberturas também nestas estruturas metálicas, elas não permitem uma circulação efetiva do ar, impedindo a troca e circulação entre o ar externo e interno. A circulação de ar é uma condição importante e recomendável para ambientes com presença humana no período de pandemia. Apesar do espaço das quadras possuir uma grande área total (três quadras anexas), mesmo assim, possui uma arquitetura que dificulta a circulação natural do ar. Evidencia-se a necessidade futura de mudanças na arquitetura do prédio para a prática de atividades esportivas ou aulas presenciais, após a vacinação de toda a população, a fim de permitir uma maior troca de ar entre os ambientes internos e externos para maior segurança dos estudantes e usuários. Uma sugestão seria a retirada das estruturas de vidro e das partes metálicas nas paredes, substituindo-as por outras formas arquitetônicas com aberturas maiores e com proteção contra a chuva e o Sol (exemplo: arquitetura aberta  do tipo “Quebra Sol”).


Foto 02 – Visão interna do Centro de Excelência dos Esportes ESEFFEGO UEG – Hall de entrada e escadarias de acesso às salas de aula.


As salas de aula do Centro de Excelência dos Esportes (Fotos 02 e 03), que foram na verdade adaptadas e transformadas em salas de aula no ano de 2018 com a mudança do campus ESEFFEGO UEG, e que outrora eram laboratórios, são espaços em geral pequenos e com baixa circulação de ar, e existem ainda salas de aula até mesmo sem nenhuma janela.



Foto 03 – Interior de uma das salas de aula, com pequena área total, apesar de possuir uma janela de tamanho grande.


Essa arquitetura e disposição de salas, também se tornam prejudiciais diante de uma pandemia descontrolada tal qual se observa em Goiás e com a incidência cada vez maior da variante Delta na cidade de Goiânia. Mais uma vez aqui, há de se propor mudanças arquitetônicas capazes de sanar a falta de circulação de ar nas salas citadas para um futuro retorno seguro às aulas presenciais, quando a pandemia estiver sobre controle e com toda a população vacinada.

  

Foto 04 – Academia instalada no Centro de Excelência dos Esportes ESEFFEGO UEG.


A foto 04 mostra as instalações da academia de ginástica do Centro de Excelência dos Esportes ESEFFEGO UEG num espaço amplo e com muitas janelas grandes. Fato importante é que a academia se localiza em um espaço arejado e com grande parte da sua arquitetura sem paredes, com ampla abertura lateral, o que beneficia e muito a circulação e renovação de ar, ao contrário dos demais espaços citados. Quando toda a população estiver vacinada, este espaço poderá servir como modelo para as demais instalações da ESEFFEGO.

 



Foto 05 – Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira  localizado no centro de Goiânia.

 

O Estádio Olímpico (Foto 05) também faz parte do Centro de Excelência dos Esportes. Esse estádio foi inaugurado em 1941, mas em 2006 ele foi demolido pelo governo do Estado para reforma e modernização, porém, a sua reconstrução somente foi finalizada em 2016. Projetado para ser utilizado como espaço para a prática exclusiva de esportes olímpicos, exceto o futebol. Entretanto, devido às constantes pressões da Federação Goiana de Futebol e dos dirigentes dos times de futebol da capital goiana, junto ao governo estadual, o mesmo foi então adaptado para inclusão de um campo de futebol, o que demandou mudanças em suas dimensões e estruturas arquitetônicas originais para abrigar um campo com medidas oficiais de futebol em seu interior. Ao final das reformas no Estádio, que duraram mais de uma década, com constantes paralisações e atrasos, houve várias falhas constatadas após a sua reinauguração em 2016, como espaçamento mínimo entre cadeiras, corredores apertados para torcedores e apenas metade do estádio possui cobertura para visitantes. Os corredores de acesso aos vestiários são estreitos e sem ventilação, a chamada área técnica, onde ficam os jogadores e comissão técnica no intervalo dos jogos é extremamente pequena, sem ventilação e mal projetada. Neste local foram realizadas neste ano de 2021 vários jogos da Copa América, organizado pela Conmebol, inclusive sediando jogos até mesmo da seleção brasileira. Entretanto, é sabido por todos que houve vários surtos de covid-19, durante a realização dos jogos da Copa América no Brasil, inclusive em Goiânia, onde os números oficiais de pessoas infectadas pelo novo coronavírus neste evento internacional não foram divulgados pela Conmebol. Mas, o Ministério da Saúde divulgou o número total de contágios, chegando a 198 pessoas entre jogadores, membros das delegações, arbitragem, médicos, logística e prestadores de serviços. O que é favorável neste estádio é a sua imensa área aberta ao ar livre, tornando este espaço adaptável atividades mais seguras, com excelente circulação de ar e facilidade para o distanciamento social. Vale lembrar, como fato histórico importante, que o Estádio Olímpico serviu para abrigar várias famílias vítimas do acidente radioativo com a cápsula de Césio-137, ocorrido em agosto de 1987 em Goiânia. A vítimas da radiação ficaram acampadas em dezenas de barracas cedidas pelo exército, no local onde hoje se localiza o novo campo de futebol.

 

 


 Foto 06 – Ginásio Rio Vermelho  localizado no Centro de Excelência do Esporte.


O Ginásio Rio Vermelho (Foto 06) possui uma arquitetura muito antiga e quase toda em concreto. Recentemente foi iniciada a reforma do piso, porém, até o início da pandemia, a obra estava inacabada. Possui um teto alto e independente das paredes, sustentado por colunas metálicas e de concreto, o que permite uma boa troca de ar entre os espaços internos e externos. Porém, os corredores internos de acesso à quadra são estreitos e abafados, formando verdadeiros labirintos entre as salas e as quadras. Tal disposição espacial dos corredores e salas pode tornar este espaço propício à propagação de covid-19.

 

Sugestões e Conclusões


Quem hoje ainda se pergunta pelo conteúdo, sentido ou fim de seu trabalho torna-se louco – ou um fator de perturbação do funcionamento do fim em si da máquina social. O "homo faber" , antigamente orgulhoso de seu trabalho e com seu jeito limitado levando a sério o que fazia, hoje é tão fora de moda quanto a máquina de escrever mecânica. A Roda tem que girar de qualquer jeito, e ponto final. Para a invenção de sentido são responsáveis os departamentos de publicidade e exércitos inteiros de animadores e psicólogas de empresa, consultores de imagem e traficantes de drogas. Onde se balbucia continuamente um blablablá sobre motivação e criatividade, disso nada sobrou, a não ser auto-engano. Por isso, contam hoje as habilidades de auto-sugestão, autorepresentação e simulação de competência como as virtudes mais importantes de executivos e trabalhadoras especializadas, estrelas da mídia e contabilistas, professoras e guardas de estacionamento. (GRUPO KRISIS, 2017).

 

 

Este ensaio científico sobre educação física e pandemia visa demonstrar apenas a insanidade, irresponsabilidade e a idiotice em querer forçar uma volta às aulas presencias sem atingir a vacinação plena de toda a população. Não existe nenhum embasamento científico pautado em evidências epidemiológicas que atestem o retorno às aulas no atual contexto de descontrole da pandemia em Goiás e no Brasil.

As estruturas físicas, os espaços e ambientes existentes podem facilmente serem transformados em locais super espalhadores de Covid-19 entre alunos, professores e funcionários, tal qual expusemos com relação ao campus ESEFFEGO em Goiânia, e que somente ajudará a aumentar as estatísticas de casos e de óbitos em toda a população.

Na iminência de uma terceira onda de Covid-19, com a chegada da denominada variante de preocupação Delta, recomenda-se a paralisação de todas as atividades presencias de aulas em educação física, sejam em desportos coletivos ou individuais. Também sugerimos o retorno às aulas remotas pelas escolas da rede municipal de Goiânia (SME) e também de todas as escolas estaduais de Goiás (SEDUC), com o intuito de evitar novos surtos de contágios pelo vírus Sars-Cov-2 e a sua nova variante de preocupação Delta.

Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante Delta já é predominante no mundo, representando hoje mais de 80% dos contágios totais registrados no planeta. A fim de se evitar novas mortes e a expansão da pandemia no país, é urgente a retomada de medidas restritivas e a aceleração do processo vacinal. Somente com cerca de 90% da população total vacinada se poderá ter um retorno seguro às aulas presenciais. (COELHO, 2021). Recomenda-se também redobrar os cuidados com crianças e adolescentes, pois este grupo não recebeu ainda nenhuma dose de vacina e são os mais vulneráveis diante da expansão da variante Delta. Cuidados redobrados também com a população idosa, que mesmo estando imunizada, poderá sofrer impactos grandes com a exposição à variante Delta, pois este grupo possui um sistema imunológico mais suscetível aos ataques virais.


Bibliografia

COELHO, R. A Educação Física e a Variante Delta: a vida após as olimpíadas. Disponível em:

< https://mundotrabalhoueg.blogspot.com/2021/08/a-educacao-fisica-e-variante-delta-vida.html > Acesso em: 18/08/2021.

COELHO, R. Os Superspreaders: a educação física em xeque. Disponível em <www.mundotrabalhoueg.blogspot.com/2020/10/os-superspreaders-e-educacao-fisica-em.html>. Acesso em: 18/08/2021.

GRUPO KRISIS. Manifesto Contra o Trabalho. Lisboa: ed. Antigona, 2017.


 

Sites Consultados:

OUR WORD IN DATA (www.ourworldindata.org/coronavirus)

CDC (www.cdc.gov/coronavirus)

35 comentários:

  1. A volta das aulas presenciais no nosso estado e país é de um delírio gigantesco, pautado no interesse político e econômico de pessoas que não ficarão tão expostas ao riscos do covid e suas variantes. De fato o que rege o mundo hoje é o trabalho e, sobre essa justificativa os trabalhadores são obrigados a retornar para seus afazeres sem o mínimo necessário para preservar suas vidas. É preocupante o rumo que nosso país está tomando com todas essas decisões que não levam a vida humana como foco principal.

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  2. Infelizmente o rumo que nosso país tem tomado é preocupante, pessoas sendo obrigadas a trabalhar, se não acabam sendo punidas, tendo que por em risco suas vidas para colocar o alimento em casa e muita das vezes trabalhando sem o minimo de condições. E a volta as aulas presenciais, pelo menos no momento atual é inviável, pois ainda não estamos preparados e nem temos verbas para manter sempre o local bem higienizado e nem equipamentos de proteção para diminuir os risco de contagio.

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  3. Excelentes colocações, professor Renato! Realmente, querem voltar de maneira precipitada, negando de forma cega os dados científicos e epidemiológicos que encontramos atualmente. De certo modo, o básico que poderiam fazer, seria aplicar propostas similares as que o senhor nos apresentou na conclusão do texto: medidas restritivas consistentes; acelerar a vacinação em massa; aumentar o cuidado e alerta com populações não vacinadas (crianças e adolescentes) e a continuidade do ensino de maneira remota na educação básica e superior.

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  4. O texto nós mostra como seria um erro grave voltar às aulas agora no Brasil e no nosso estado não estamos preparados e não temos estrutura para isso. O óbvio é concluir a vacinação total da população e mostra propostas novas e concretas para um novo normal. Para concluir a volta as aulas é algo surreal pensa nessa possibilidade.

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  5. “Essa noite, eu tive um sonho de sonhador maluco que sou, eu sonhei com o dia em que a terra parou”. Quem imaginaria que as palavras de Raul seixas seriam um prenúncio para um período que marcaria nossas vidas. O mundo já conheceu inúmeras pandemias, contudo, o Sars-Cov-2 diferente das demais possui uma capacidade de mutação elevadíssima e atualmente temos a variante Delta.
    Essa variante possui um potencial de contaminação mais elevado, além de uma carga viral 1260 maior. Diante desta cepa que demonstrou proliferação até mesmo nos ambientes ao ar livre, observamos a retomada das atividades cotidianas de forma rápida e sem as devidas condições.
    Atualmente verifica-se o aumento de casos de contaminação pela nova cepa em países como o Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e França, os quais registravam redução dos casos de transmissão e óbitos. É importante considerar que a vacinação nesses lugares já encontrasse avançada.
    O Brasil que desde o 1º semestre de 2020 apresentava o crescimento descontrolado e aumento de óbitos começou apenas no 2º semestre de 2021 a registrar redução nos casos. Agora possivelmente será afetado por fatores como atraso na vacinação da população, maior mobilidade humana e claro a variante Delta.
    Observamos a crescente pressão pela retomada das aulas tanto nas escolas quanto nas universidades, embora apenas 24,1% da população encontra-se imunizada. Isso preocupa, pois sabemos que a educação está sendo prejudicada, porque as aulas remotas não atendem a necessidade dos discentes, quando comparamos a modalidade EaD e presencial, verifica-se que nem todos os alunos possuem os meios tecnológicos necessários para o acesso as aulas, faltando-lhes equipamentos e uma internet de qualidade.
    Uma das áreas mais prejudicadas é a educação física, disciplina que exige o contato físico, aulas práticas e teóricas, o compartilhamento de ambientes comuns e uma rotatividade de turmas, o que não é possível a partir de uma tela. A pergunta que nos preocupa é como retomar as atividades cotidianas quando a variante delta espalha-se pelo mundo.
    A ideia propagada no país é que se faz necessário recuperar a economia e que o trabalho não pode parar. Trabalho que era considerado essencial ao homem para a sua sobrevivência e que era propagado como libertador nos campos de concentração e tão defendido pelos socialistas, fascistas, democratas os quais exploravam a mão de obra.
    Neste momento é essencial que a sociedade seja esclarecida e provocada para cobrar dos seus governantes posições mais eficazes como eficiência e eficácia no plano de Imunização, condições de trabalho que valorizem cada trabalhador que é a força deste país.


    Aluna: Amanda Sucia do Carmo.

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  6. Ótimo texto, de fácil leitura e cheio de dados importantes. É válido ressaltar os perigos que essa variante Delta pode nos trazer, como descrito, além de poder aumentar o número de contágios, essa variante pode ceifar a vida de mais pessoas, algo extremamente preocupante já que estamos numa "corrida contra o tempo". Acredito que o retorno das aulas presenciais só mostra o desinteresse das autoridades responsáveis em investir em aulas remotas de qualidade, já que muitos não possuem acesso à internet e dispositivos eletrônicos, o que faz desse momento mais uma vez, uma lástima para os pobres. Muito importante também evidenciar que uso de máscara e o distanciamento social continuam sendo medidas preventivas após a vacinação com as duas 2 doses, infelizmente a pandemia não acabou e mesmo vacinados devemos nos proteger e proteger quem está ao nosso redor.
    Aluna: Mirelly Nazario Santos.

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  7. Creio que só não voltamos as aulas presenciais ainda por que querem tirar a UEG do Centro de Excelência, se fosse pelos governantes já teríamos voltados, esse artigo é ótimo para embasar e concluir que ainda não é o momento de locomover um público grande como o de uma Faculdade para as aulas presenciais, ainda mais quando nossa realidade é a de um lugar onde a estrutura muita das vezes não é a adequada para atender nossas demandas em quanto estudantes de Educação Física. Digo isso considerando que a vacina não é imunizante, ela apenas reduz o efeito do vírus em caso de uma internação mais grave, ou seja, mesmo com as duas doses o individuo ainda está sujeito a contrair o vírus e com isso infectar pessoas que o mesmo tiver contato.

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  8. Texto de fácil compreensão,que traz uma reflexão importante sobre está nova variante. Segundo alguns estudo a ponta que variante delta pode ser de 50% a 100% mais transmissível do que as demais cepas do Sars-Cov-2. A preocupação é que ela faça voltar a alta incidência de casos e force uma nova onda da crise sanitária, aumentando, inclusive, o número de internações. Não basta apenas a vacinação para mutação deste vírus , devemos seguir a risco todos os protocolos, para que não tenha mais mutação deste vírus, se todos os protocolos for seguidos o vírus perde a força ,pois sabemos que a vacinação e um forma de quebra a força do vírus porém devemos seguir os protocolos. Cassia Natalia j Souza

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  9. Com a pandemia tivemos que nos adaptar, e é isso que nos torna "homo Faber", somos capazes de adaptarmos e adaptar o ambiente a nossa volta para sobrevivermos. Assim com a chegada do covid tivemos que nos isolar, usar máscaras, evitar contato com pessoas. Infelizmente, mesmo depois de quase dois anos de pandemia, o ser humano acostumou com os números de mortes e contágios. Várias atividades sofreram com a chegada do vírus, as escolas tiveram que rapidamente e bruscamente criar um meio para funcionar, o Ensino remoto á distância foi uma solução prática e rápida mas que foi implementada de maneira superficial. Até quando vamos arrastar a educação? E termos uma educação de qualidade? A educação física foi uma das áreas que sofreu com a pandemia, as pessoas passaram a se exercitar em casa, a tentar ter um pouco de bem estar. O triste é perceber que muitas pessoas não sabem o que é essencial, o que é necessário e creio eu que em uma pandemia o essencial é resguardar vidas. O que não nota-se em nosso governo e por consequência em muitas pessoas.

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  10. Com a pandemia tivemos que nos adaptar, e é isso que nos torna "homo Faber", somos capazes de adaptarmos e adaptar o ambiente a nossa volta para sobrevivermos. Assim com a chegada do covid tivemos que nos isolar, usar máscaras, evitar contato com pessoas. Infelizmente, mesmo depois de quase dois anos de pandemia, o ser humano acostumou com os números de mortes e contágios. Várias atividades sofreram com a chegada do vírus, as escolas tiveram que rapidamente e bruscamente criar um meio para funcionar, o Ensino remoto á distância foi uma solução prática e rápida mas que foi implementada de maneira superficial. Até quando vamos arrastar a educação? E termos uma educação de qualidade? A educação física foi uma das áreas que sofreu com a pandemia, as pessoas passaram a se exercitar em casa, a tentar ter um pouco de bem estar. O triste é perceber que muitas pessoas não sabem o que é essencial, o que é necessário e creio eu que em uma pandemia o essencial é resguardar vidas. O que não nota-se em nosso governo e por consequência em muitas pessoas.
    Aluna:Mariana Alves de Oliveira

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  11. Ótimo texto, muito formativo! O capitalismo causa tantos problemas essenciais nas pessoas, o descrédito a vida, a desvalorização das pessoas, o mundo hoje gira em torno do dinheiro. A variante Delta chegando, e como toda essa doença, não sabemos nada sobre o que ela pode causar e até onde pode chegar. A volta as aulas presenciais, é um ponto muito frágil a ser discutido, pois existem bons argumentos de ambos os lados da discussão, porém se o investimento no ensino remoto ocorresse da forma correta, e o desvio de verba não acontecesse, poderíamos segurar essa volta as aulas por mais tempo... Mas muitas pessoas nem acesso a alimento tem, quem dirá a tecnologia para assitir uma aula. Triste como nosso país e governantes "lideram, e representam o povo".

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  12. De acordo com o que foi exposto aqui e ainda sobre o que vem sendo discutido durante esse período - sobre o retorno das aulas presenciais - destaco que esse momento por si só, causará diversos "hematomas sociais" que levarão décadas para serem sanados, tanto na educação do ensino básico como na do ensino superior em todo o território nacional.

    Dessa forma, uma pesquisa realizada pelo Semesp mostra que mais de 260 mil estudantes abandonaram o curso ou trancaram matrícula em universidades privadas entre os meses de abril e maio. Essa evasão foi 32% maior que a do mesmo período em 2019. A pesquisa ainda alertou que 11,3% dos estudantes devem terminar o ano inadimplentes. Já um estudo da ABMES apontou que, no último mês, 42% dos alunos estão sob o risco de desistir dos estudos.

    Nesse sentido, aponto que a situação da Educação não é isolada, ela está em torno de um contexto. A educação, momentaneamente, não deveria se enquadrar somente nessa tomada de decisão: de que devemos ou não voltar às aulas presenciais. E sim, na tomada de decisões coerentes e sensatas, que englobam diversas instituições que não só a do ambiente escolar (DURKHEIM, 2007).

    Creio que, atualmente, as instituições de ensino deveriam insistir em processos de comunicação cada vez mais claros, chamando os alunos e todos os envolvidos no processo para o debate. Junto a isso, seria necessária a transparência nas ações; promovendo assim, uma confiança e mostrando o compromisso com as pessoas. Outro aspecto seria: considerar o aprendizado - cada pessoa tem um ritmo próprio e não pode ser tratada da mesma forma que o todo. É preciso criar um sistema de aprendizagem para que, a partir de avaliações diagnósticas, possam haver ajustes nas ações e nos modelos educacionais. Essas avaliações devem priorizar o atendimento individual; sendo tratadas de forma humanizada e personalizada diante do sistema educacional. Por fim, depois desse processo, é extremamente necessário que haja um investimento duradouro e eficaz quanto a questão das tecnologias (GONÇALVES, 2020).

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  13. Ótimo texto, parabéns! Importante percebermos o quanto nossa situação só está piorando e como essa piora está evidente nos textos que estamos trabalhando. De um lado o governo (Municipal, Estadual e Nacional) pressionando a volta as aulas presenciais, se baseando em falácias e realidades isoladas. Do outro lado, professores e alunos, familiares dos quase 600 mil mortos, sem o ciclo da vacinação completa, tendo que voltar às salas de aula, muitas das vezes acreditando e fortalecendo as falácias dos governos. De um outro lado ainda, temos as pessoas que parecem que vivem em uma outra realidade, em um outro mundo, onde a pandemia acontece só na tv, e por isso estão vivendo suas vidas normalmente (festas, jogos, confraternizações).

    O maior problema, ao meu ver, são as consequências futuras: emocionais, sanitárias, econômicas, físicas... Quantas vidas perdidas, quantos relacionamentos interrompidos. Voltar as aulas, na verdade, seria apenas o ponto final dos agravantes. A rotina já voltou ao normal há muito tempo. O essencial sempre foi o dinheiro. Bares lotados, academias cheias, festas todos os dias, isso tudo somado àqueles que precisam trabalhar e que diariamente enfrentam transportes coletivos cheios, que estão no mesmo lugar que acontecem as festas, mas não como convidados, mas sim como trabalhadores. A corda arrebenta primeiro do lado mais fraco, e os fortes continuam puxando.

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  14. O retorno às aulas presenciais sem os cuidados necessários é uma imposição que não favorece ninguém. Apesar de estarmos todos sentindo falta de encontros presenciais, após um ano e meio, o momento continua muito delicado. Sem vacinação em massa e constituição de locais seguros, a tendência será abrir as escolas e fechar na semana seguinte por conta de surtos. E com essa nova variante a tendência é só piorar, pois o nível de contágio dela é muito superior à outra.

    Aluna: Áckisa Mayra Santana Mendonça.

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  15. O Centro de Excelência voltou a ser frequentado pelo público nesse mês de agosto. Gerências da Iniciação Esportiva, Práticas Saudáveis e do Paradesporto da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer iniciaram suas atividades no local. As turmas foram reduzidas, todos são instruídos a usar máscara por longo de toda a atividade, menos nas piscinas. Há a medição de temperatura e aplicado alcool 70 na entrada dos alunos. Porém, creio que foi uma volta sobre pressão, já que outros estados estão voltando com as atividades ao público, aqui seguiu o mesmo rumo, já que as secretarias devem gastar dinheiro público do estado, para não perderem verbas. Falo isso, pois sou estagiário da SEEL, e estou ministrando aulas no Centro de Excelência, ainda com muito receio. Acredito também que o posicionamento da SEEL é de querer tirar a ESEFFEGO do Centro de Excelência, portanto devemos esperar e torcer para que o governo tenha senso de voltar às aulas presenciais somente quando for realmente seguro para todos. Pois a vida vem em primeiro lugar.

    Aluno: João Victor Macedo Nogueira / NOTURNO

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  16. Sem dúvidas é um erro grave a volta das aulas presenciais e fica evidente no texto a forma como essa decisão é precipitada..... Aluno: Willian Borges

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. O senhor aprensentou excelentes pontuações acerca da nova variante (delta) que está circulando através dos ares. Fiquei impressionado pela riqueza de detalhes ao questionar os espaços das salas, laboratórios, ginásio, estádio e também da academia de ginástica. Visto suas observações é notório que seria uma histeria coletiva a volta das aulas presenciais, tendo em mente que na rede estadual e privada, já houve a retomada das aulas presenciais. Isso se agrava ainda mais visando que a graduação trabalha com o movimento humano, esportes, tudo isso numa quadra completamente desplanejada visto que é fechada e sem ventilação.
    Aluno: Lucas de Aquino

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  19. Texto de simples entendimento. o problema é que quanto mais variações aparecerem, parece que a contaminação é maior, fazendo assim os problemas na saúde de cada indivíduo aumentar.
    alguns vírus da mesma familia do SARS-Cov-2 também possuem sítio de reconhecimento para a Furina. É verdade que são Coronavirus que, do ponto de vista evolutivo, estão bem mais distantes do SARS-Cov-2; mas isso mostra algo extremamente relevante: é uma característica que já existe dentro desta família de vírus. Sendo assim, processos evolutivos convergentes podem explicar tal fenômeno — principalmente por ocorrer em uma região que sofre tamanha pressão evolutiva.
    com as voltas as aulas, teremos de ter adaptações em quaisquer atividades que foram propostas a nós alunos.
    seja ela a prática de algum esporte etc.
    nos colégios por exemplo, as atividades em sala de aula terão de ter cuidado dobrado, em consideração ao número de alunos de cada classe.

    Aluna: Macielly Gonçalves Soares.

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  20. Infelizmente a volta as aulas presenciais é uma assunto inevitável com o avanço da segunda dose em professores e trabalhadores da educação, porém o fato é que será que estamos preparados para essa volta? Ao meu ponto de vista nessa altura é um equivoco total pelo simples fato do Brasil ainda ter um grande numero de casos/mortes e ainda nem a metade a população de fato está com a segunda dose .

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  21. o texto trás bem explicito o risco de volta as aulas nesse momento importuno, nem toda população aplicou primeira dose então dirá a segunda, então ao meu ponto de vista não estamos preparados para as voltas as aulas, pois há um risco muito grande, tirando que se voltar o governo não tomará todas as precações para contagio, então seria um risco muito grande.
    Matheus de Jesus

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  22. A partir deste texto, devemos pensar se a gente tá pronto para voltar as aulas e outra será que as instituições de ensino estão preparadas para receber todos esses alunos? Acho muito cedo pensar nesse quesito, na altura desse campeonato, mesmo que os índices mostram que os alunos aprenderam menos de forma remota.
    Luana de Oliveira

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  23. Ótimo texto Professor Renato Coelho.

    Quando o assunto e a volta das aulas presencias, me leva ao desespero, por motivo que estamos muitos despreparados para com novas normas pedidas pela a OMS, nossos políticos não ajuda com a verbas para que chegue nas ordem da OMS, por isso vejo que neste momento e um tiro no pé, não vejo o lado certo, o texto está muito explicito quanto a volta das aulas, sei que e o ensino está sendo bem reduzido por parte dos professores, por conta de muitos alunos não terem acesso ao uma boa internet, enfim podemos ver que os índice colocado pelo o próprio professor, mostra que o ensino remoto esta sendo muito bem abaixo do que era esperado.


    Guilherme Alves Machado

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  24. A volta às aulas é um assunto que deveria ser analisado pensando nos prejuízos na sociedade, não em apenas no fator da urgência de voltar as aula. É importante as aulas presenciais, as aulas on-line não oferecem o mesmo desenvolvimento e aprendizado aos alunos, do que as aulas presenciais, isso já sabemos, mas mesmo tendo esse fator, no período que estamos passando, se deve repensar no retorno das aulas, pois a saúde também interfere no aprendizado de todos e um ambiente, que mesmo com todos os cuidados contra o contágio do vírus, basta apenas uma pessoa, para passar o vírus para as várias outras pessoas. A volta às aulas é importante e urgente, mas se deve repensar nas consequências que o retorno irá trazer para toda a população, consequências essas que trazem grandes prejuízos para a nossa população.

    Eneely Evelin Gomes de Araújo

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  25. Devido a ignorância de muitos que não usam mascara, ignoram as formas de prevenção e principalmente a falta de vacina, está se espalhando não só pelo Brasil mas pelo mundo todo inúmeras variantes da covid-19, aumentando o risco de morte. Por isso devemos ter cautela, em pensarmos na volta as aulas presenciais, e caso volte é importante o empenho de todos para evitarmos o contagio em massa.


    Grazyelle Costa

    Grazyelle Costa

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  26. o Retorno as aulas oferece um grande risco a todos. É só pegarmos como exemplo os casos de colégios que retornaram as aulas presenciais e apresentaram surtos de COVID-19. Os ambientes do Centro de Excelência não é favorável para uma proteção dos alunos, devido a má circulação do ar, como demonstrados nas imagens presente nesse texto, e também devido a outros problemas, como aqui citado. A baixa imunização e o desrespeito as normas de proteção, como o uso de mascaras e alcool, se torna outro inimigo a volta das aulas. Outra questão, a Universidade será capaz de também seguir todos os protocolos?

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  27. Ótimas reflexões! Sobre o retorno das aulas presenciais no Centro de Excelência, ainda tem o fator de que não é somente o grupo universitário da UEG (alunos, professores e funcionários) a frequentar o local. Dividimos espaço com a secretaria de esportes, que ali realiza jogos, treinos e eventos. Então, com um possível retorno, o número de pessoas circulando nos espaços seria bem maior que o recomendado a fim de evitar a disseminação do vírus.

    É um momento de muitas incertezas. Mas com a pequena porcentagem de pessoas imunizadas já com a segunda dose, concordo que não estamos no momento de retornar com as aulas presenciais, tanto no ensino superior como no ensino básico.

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  28. Texto de fácil compreensão e com dados de extrema importância. Pode-se dizer que voltar as aulas nesse momento é tolice, irá trazer grandes riscos a todos que estiver no ambiente, quantas vezes presenciamos a falta de água, o básico e não tinha, agora com essa variante Delta tem o potencial de se espalhar rapidamente, como nos proteger? O número de casos deve aumentar nas próximas semanas. devemos reforçar a necessidade de evitar aglomerações e usarem máscaras, infelizmente o distanciamento vem sendo diminuído. Enquanto não for controlada a pandemia e que a população em geral esteja vacinada, não há como defender com tranquilidade, amparado em qualquer argumento o retorno “normal” às aulas presenciais nas escolas, faculdades, universidades, sem que esteja em risco seja nosso bem mais precioso nossa vida.

    Aluna: Raissa Carolina da Silva

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  29. A volta as aulas nesse momento é um retrocesso, desde o início da pandemia foi necessário a implementação do ensino remoto e de lá pra cá se vão quase dois anos, diante do atual cenário mundial e o surgimento de novas variantes do vírus da COVID-19 as aulas presenciais colocam em risco a saúde de todos os envolvidos no ensino universitário, desde alunos, professores e demais servidores, ainda mais sem as adaptações necessárias para garantir uma maior circulação de ar e o atendimento as regras sanitárias dentro do campus. Mas existe sim a pressão política para que a população se acostume com o "novo normal" e também com a perda de familiares para essa doença.

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  30. Ainda e cedo para se pensar em retorno, mesmo porque os casos não deixaram de constar nas estatísticas,e sabido que as mortes ainda estão acontecendo,e as unidades escolares que estão funcionado,alimentam essa estatísticas,principalmente as crianças do ensino prestado pelo Município de Goiânia e o Estado,tem Município que ainda não retornaram,mais somente por uma questão de organização dos predios para recebimento destas crianças,e olhando para a nossa situação,pois ainda não esta organizado para o retorno das aulas presencias,o artigo traz informações valiosas que são propícios a propagação para essa terceira onda,nos alunos em dias normais de aulas,as condições ja eram desfavoraveis e ainda mais agora diante desta realidade,a ideia e continuar o ensino remoto,mais com um apoio para ambos envolvidos,os professores nesta situação nao podem invertir em recursos de mídia para continuar trabalhando, com recurso do seu proprio bolsoja tivemos ,aulas adiadas pelo fato do professor não continuar,poos os seus dados nao suportava a garantia da aula por completo,e ainda mais nos graduandos,ter que manter as aulas em dias,infelizmente ha casos de alunos que não conseguiram levar seus estudos a diante precisamos de suporte por partes das autoridades para solucionar essa defasagem e esses alunos não ter que pagar um preço muito alto,e ter o seu tão sonhado curso concluido,ou seja continuar remoto, mais com um alhar favorável e com condições humanas para a continuidade do processo de ensino e aprendizagem. ASS.Franquilene da S. S. Vieira

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  31. No momento atual que estamos vivendo devido a esta pandemia a volta às aulas por mais necessárias que seja é um erro.porque os casos não deixaram de constar nas estatísticas,e sabido que as mortes ainda estão acontecendo, mesmo com a vacinação acontecendo ainda falta muito para que todos estejam devidamente vacinada com a 1°, 2° e 3° em alguns casos, temos primeiro que pensar na saúde como um todo, não adianta os professores estarem vacinados e os alunos não. Porém professores e alunos precisam de ajuda para que possa continuar com as aulas remotas ,o artigo traz informações valiosas que são propícios a propagação para essa terceira onda,nos alunos em dias normais de aulas,as condições ja eram desfavoraveis e ainda mais agora diante desta realidade,a ideia e continuar o ensino remoto,mais com um apoio para ambos envolvidos,os professores nesta situação nao podem invertir em recursos de mídia para continuar trabalhando, com recurso do seu proprio bolsoja tivemos ,aulas adiadas pelo fato do professor não continuar,poos os seus dados nao suportava a garantia da aula por completo,precisamos de suporte por partes das autoridades para solucionar essa defasagem e esses alunos não ter que pagar um preço muito alto,e ter o seu tão sonhado curso concluido.A Educação é primordial seja ela presencial ou remota e temos que ter apoio em ambas.
    Ass: Joviane Alves de Oliveira

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  32. Achei de extrema importância o texto pois trás o significado na pratica sobre o que é a famosa onda, que ouvimos e vemos todos os dias e não nos é explicado. São informações jogadas a população de maneira a serem somente reproduzidas. É triste saber que o mundo e o nosso país passaram por novas ondas da variante , pessoas que precisam trabalhar, precisam ganhar seu sustendo expostas a variantes que causam medo e pavor na população. Reforça-se durante o artigo a importância da vacinação em suas duas doses para que a eficácia seja completa e que se mantenham as medidas protetivas mesmos com a imunização completa, eu tomei as duas doses da vacina e mantive todas as medidas restritivas, em respeito e cuidado da minha saúde e dos que estão ao meu redor .
    Não acho viável a retomada das aulas presenciais antes do final da vacinação completa da população e principalmente de alunos, também não acredito que nossa universidade esteja preparada para o retorno das aulas de forma presencial, quando ainda estávamos la muitas vezes nem os requisitos básicos ela conseguia atender, que dirá em tempos críticos como esse

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  33. Penso que o a causa dessas novas variantes e novas ondas que tem surgido não é pela liberação das escolas e nem tão pouco pela reabertura dos comércios, o que afetou para essa aumento foram as flexibilizações para festas e também campanhas politicas, além disso pessoas sem senso que não cumprem suas medidas de prevenção se colocando em risco e a outras pessoas também.

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  34. Concordo com o seu ponto de vista professor, dado o que foi apresentado, não apenas nós do curso de educação física, mas também outras escolas e universidades, não possuem a infraestrutura adequada para comportar as pessoas nestes momento de pandemia. Quanto a respeito da sua fala "Ciência a serviço de quem?", percebemos que usam da ciência para proporcionar essas flexibilizações, onde o único aspecto positivo seria o lucro daqueles que comandam, os que obedecem, infelizmente, vão acarcar com as consequências desse ato. Estamos num momento em que a empatia está longe de ser prioridade.

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  35. O ensino visto como uma questão favorável para o desenvolvimento da sociedade nesse momento sofre com resquícios de fragilidade no nosso meio, e pensar que quando falamos de transformações, vemos que as mudanças já de atacava desde sempre na nossa Eseffego e por agora só teve um agravo ainda mais forte. Se isso já acontecia antes imagina como sera os nossos rumos após termos essa variante num contexto com maior índice de contaminações.

    Ass: Guilherme Luis

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