UEG e a Pandemia: exclusão digital e precarização do trabalho




Foto 01 - UEG Unidade Eseffego em Goiânia

Escrito por: G. C. e Silva (UFG) &  R. Coelho (UEG)

A UEG E UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

Para se compreender os últimos acontecimentos na UEG durante o atual período de pandemia do vírus Sars-Cov-2, e sobre o exponencial processo de exclusão digital de alunos nos vários campi da universidade espalhados por diferentes cidades do estado de Goiás, faz-se necessário antes entender o seu processo histórico de surgimento durante o final da década de 1990 e  também sobre a sua dinâmica de funcionamento sempre correlacionada aos interesses patrimonialistas e  político-partidários que envolvem a universidade e a classe política goiana.

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) surge no ano de 1999 durante o primeiro mandato do governo de Marconi Perillo (PSDB) em Goiás (1999-2002), através da Lei Estadual 13.456 de 16 de abril de 1999, com a fusão da antiga UNIANA de Anápolis, com mais 28 faculdades isoladas e localizadas em distintas regiões de Goiás. Porém, destas 28 Instituições de Ensino Superior (IES), apenas 13 existiam de fato, as demais existiam apenas no papel (CARVALHO 2013). Durante todos os períodos de sua existência, a UEG sempre conviveu com gestões de governos neoliberais, inclusive como a do próprio governo atual de Ronaldo Caiado (DEM), marcado pela continuidade das políticas de gestão essencialmente autoritárias e clientelistas, que transformam a universidade em instrumento de barganha política com os variados grupos políticos de todas as regiões do estado.

Ainda no ano de sua criação, em 1999, no governo de Marconi Perillo, houve várias tentativas para privatização da universidade, com propostas de pagamento de mensalidades aos estudantes da UEG, sob o pretexto de promover novas formas de custeio para a instituição. Tal proposta de privatização da UEG foi sugerida pelo próprio governador em exercício, porém, foi logo rechaçada e combatida pela própria comunidade universitária. (CARVALHO, 2013).

A UEG nasce com uma proposta de interiorização do ensino superior em Goiás, na forma multicampi e abarcando todas as regiões do estado. Durante as duas primeiras décadas deste século, a UEG sofreu um vertiginoso e anômalo processo de expansão a fim de atender apenas as demandas e aos interesses político-eleitorais dos governos estaduais, crescimento este que não seguiu nenhuma diretriz ou planejamento educacional que de fato contemplasse as verdadeiras demandas locais e os reais interesses para a formação de conhecimento e produção de saberes nas várias regiões do estado de Goiás. O seu crescimento vertiginoso e a expansão anômala seguia uma lógica que atendia de forma pragmática e populista às demandas politico-eleitorais de governadores  e políticos locais, de forma a contemplar apenas aos interesses de suas bases eleitorais, não atendendo estudos e planejamentos técnicos sobre as reais e importantes necessidades da população goiana, no que tange a oferta e abertura de novos cursos ou campi nas cidades do interior de Goiás. A UEG passa então de 13 campi, que existiam desde a sua inauguração em 1999, para o número de 44 campi no ano de 2018. Esse abrupto aumento de mais de 300%, foi realizado em menos de duas décadas, caracterizando uma expansão anômala e descontrolada, pois o seu orçamento nunca acompanhou essa mesma proporção de crescimento, permanecendo sempre com investimentos de apenas 2% da arrecadação estadual, porém, esse pequeno percentual nunca era repassado integralmente à UEG.

Seguindo sempre essa lógica clientelista e populista de crescimento, sem aumento proporcional de novos recursos e de investimentos, e sem planejamentos e estudos adequados, os novos campi são inaugurados sem estruturas mínimas de funcionamento, ou seja, sem bibliotecas, sem salas de informática, sem internet, sem restaurantes universitários e sem professores efetivos. A maioria dos funcionários e professores eram contratados pela universidade via processos seletivos simplificados, chegando a números absurdos como em 2010, onde a maioria dos funcionários técnicos administrativos possuíam contratos temporários e mais da metade dos docentes também possuíam contratos temporários, caracterizando uma total precarização do trabalho na universidade.

Durante o ano de 2012, já no terceiro mandato do governo de Marconi Perillo (2011-2014), a UEG sofre um processo de intervenção, com a imposição de um interventor na reitoria nomeado pelo próprio governador. Além da intervenção na reitoria, ainda em 2012 o governador também impõe um novo estatuto para a universidade, que foi aceito e chancelado pelo Conselho Universitário sem diálogo ou participação da comunidade, constituindo-se assim em um estatuto imposto de forma unilateral e autoritária pelo governo. Neste estatuto é inserido pela primeira vez na história da universidade a chamada “lista tríplice”, que outorga ao governador o direito de escolha dos cargos de diretores de campi e também de reitor, a partir da indicação de uma lista com três nomes de candidatos. Essas ações intervencionistas constantes demonstram a falta de autonomia da universidade e a postura patrimonialista dos gestores e políticos sobre a instituição.

A precarização e o sucateamento da UEG chegaram a níveis tão alarmantes que no ano seguinte, em 2013, vários cursos foram paralisados por falta de condições de funcionamento, seja por falta de professores, por falta de laboratórios ou mesmo por falta de estruturas mínimas como insumos ou equipamentos de ensino. A falta de concurso público, a falta de plano de carreira docente e ausência total de políticas de assistência estudantil (como a inexistência de restaurante universitário, moradia estudantil e também a escassez total de bolsas estudantis) fez surgir em abril de 2013 a maior greve da história da UEG, que durou 89 dias. A situação caótica da universidade levou à deflagração espontânea de uma greve constituída de forma auto-organizada, independente e conduzida pela ação direta por professores, alunos e funcionários da universidade, sem a participação de partidos ou de sindicatos. Com o final da greve e o  atendimento de todas as reivindicações da pauta de lutas, vieram a partir de então novos concursos públicos para docentes e técnicos administrativos, a construção do primeiro restaurante universitário da UEG, reformas de campi, aprovação do novo plano de carreira docente, a criação de bolsas permanências, bolsas de extensão e bolsas de pesquisa para os estudantes. A greve demonstrou que o único caminho para a melhoria das condições de trabalho e o aumento da qualidade de ensino na UEG era através da mobilização e da luta coletiva de professores, estudantes e de funcionários.

Já em 2014, a chamada reforma universitária da UEG, muda radicalmente (para pior) os currículos de todos os cursos (currículo 2015/2), e mais uma vez sem a participação da comunidade universitária nos debates ou na construção das novas diretrizes curriculares. O resultado foi a criação de um novo currículo pautado nos princípios do chamado “currículo mínimo”, dentro de paradigmas tecnicistas, com conteúdos aligeirados, fragmentados e contemplando apenas uma formação pragmática voltada meramente a atender o instável e volátil mercado do sub-emprego e do desemprego. As decisões da universidade sempre foram mantidas centralizadas e sem nenhuma relação dialógica com a comunidade universitária, realçando as relações hierarquizadas, burocratizadas e verticais dentro da UEG.

No ano de 2019, o médico e senador Ronaldo Caiado (DEM), assume através de eleições, o governo do estado de Goiás, e segue também a mesma lógica e os mesmos princípios de seus antecessores para com a gestão e administração da UEG, com ideais populistas e eleitoreiras. Ainda no primeiro ano de seu governo, Ronaldo Caiado destitui o Conselho Universitário e também substitui o reitor que possuía ligação política com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), colocando em seu lugar novos interventores na reitoria em Anápolis. E neste mesmo ano, o governador Ronaldo Caiado impõe a chamada reestruturação organizacional da universidade e mais uma promove mudanças estruturais na organização da UEG e sem a participação da comunidade universitária, promovendo a demissão de mais de mil professores e funcionários em regime de contratos temporários e sem a contra partida de realização de novos concursos públicos, gerando aumento da precarização do trabalho e um maior sucateamento da UEG. Essa nova reforma administrativa e organizacional da universidade realizada em 2019, com a extinção de campi, criação de institutos e unidades universitárias, teve a intenção de intensificar a centralização e a burocratização das relações dentro da universidade, no intuito de aumentar o controle das decisões por parte do governo sobre as questões internas da universidade.

Vemos assim que a Universidade Estadual de Goiás, desde as suas origens, vem sendo utilizada pelos gestores e governos como instrumento político-eleitoral durante as duas décadas de sua existência, priorizando ações clientelistas e os caprichos populistas de governantes, ficando sempre em segundo plano temas fundamentais como ensino, pesquisa, extensão,  assistência estudantil, plano de carreira docente, investimentos em tecnologias e em infraestrutura. Estes temas importantes são colocados em pauta pelo governo apenas durante as mobilizações e greves promovidas por estudantes, professores e funcionários da instituição.

Mas, com a chegada da pandemia do novo coronavírus em 2020, os problemas estruturais da UEG já citados anteriormente, e que sempre foram procrastinados pelos governos estaduais que se sucederam, como, por exemplo, a falta de investimentos na universidade, a ausência de infraestrutura de laboratórios e prédios e a carência de assistência estudantil, problemas estes que estão sendo potencializados no atual contexto caótico da pandemia, acarretando maior precarização e intensificação do trabalho, adoecimento docente, aumento da evasão estudantil e a multiplicação da exclusão digital na universidade.

 

A UEG E A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS: O AUMENTO DA PRECARIZAÇÃO E DA EXCLUSÃO DIGITAL

A destruição acelerada da natureza em um mundo globalizado, a intensificação da precarização do trabalho e da vida humana pelo sistema capitalista, serviram de estopim para o  surgimento descontrolado da pandemia do vírus denominado Sars-Cov-2.
A mercantilização dos serviços básicos de saúde e a total ausência de assistência médica aos trabalhadores, comprovam o total descompromisso e desinteresse do Estado pela saúde dos mais pobres e necessitados, culminando com  a promoção do genocídio de milhões de trabalhadores e trabalhadoras pobres em todo o mundo durante a pandemia, ratificando apenas que neste modelo atual de sociedade, pautado na exploração insaciável do homem pelo homem e pela exploração da natureza, o lucro do capital sempre está acima das vidas humanas. 
A pandemia do novo coronavírus não somente descortina as desigualdades, as misérias e a super-exploração dos trabalhadores em todo o mundo, assim como também as potencializam. As flexibilizações das leis trabalhistas, as reduções salariais, o desemprego, o trabalho remoto e o ensino à distância foram potencializados durante a pandemia do Sars-Cov-2 e em consequência temos o aumento das desigualdades sociais, da miséria, da exclusão social, da discriminação e da precarização do trabalho e da vida humana.
O vírus Sars-Cov-2 não é um vírus chinês, como relatam falsas mensagens replicadas continuamente nas redes sociais, é na verdade um vírus pertencente à natureza e assim como todos os demais vírus, são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas e da vida na Terra. Os efeitos nefastos da pandemia são consequências do modo de produção capitalista e de sua super-exploração do homem e da natureza. A causa principal das milhões de mortes pela pandemia em todo o planeta está na total ausência  de acesso e de assistência médica de qualidade à maioria dos trabalhadores em todos os países da Terra e à falta de políticas públicas eficazes de prevenção e de mitigação de contágios, sejam em países ricos ou pobres, no entanto, para estes últimos mais pobres, as consequências desta falta de assistência à saúde são muito mais graves e catastróficas.

Durante quase duas décadas de existência da UEG, observa-se que pouca coisa mudou desde as suas origens. As relações continuam ainda mais hierarquizadas, verticalizadas e autoritárias, onde professores, alunos e funcionários não participam ou sequer são plenamente ouvidos pela administração central para a tomada de decisões importantes. Entra governo e sai governo, continuam ainda as práticas clientelistas e patrimonialistas de seus gestores. Faltam investimentos e também maior democratização do ensino superior. E os estudantes da UEG, que já possuíam uma precária e insuficiente assistência estudantil antes mesmo da pandemia, sem moradia estudantil, sem salas de informática, bibliotecas defasadas e muitos campi sem internet, com o advento do sistema emergencial de aulas remotas por tecnologias virtuais durante a pandemia, se transformaram nas maiores vítimas deste vergonhoso processo de exclusão digital. O novo coronavírus, além de escancarar e desmascarar essa triste realidade de sucateamento e precarização do ensino que já existia na UEG desde a sua fundação, passa agora a potencializar as desigualdades e as mazelas existentes dentro da própria universidade, tornando a UEG mais sucateada e mais excludente do que no período anterior à pandemia.

Em 2020, com o surgimento da pandemia do vírus Sars-Cov-2, o governo do Estado de Goiás passa a ser o segundo ente da federação a decretar as regras de isolamento social da população e com a suspensão total das aulas presenciais ainda no mês de março, permitindo a oferta dos conteúdos e disciplinas no formato do chamado Ensino à Distância (EaD). A UEG foi a  única Instituição de Ensino Superior pública em Goiás a dar continuidade às aulas de forma remota durante os primeiros meses de isolamento social e a não paralisar totalmente as atividades de ensino, e com isso não oferecendo tempo hábil para adaptação, preparação e capacitação dos alunos e professores frente à nova realidade de ensino virtual no contexto de pandemia. A Portaria n. 560-2020 emitida pelo novo reitor interventor no dia 16 de março de 2020, suspendeu por apenas 15 dias todas as atividades de aulas presenciais na universidade (UEG, 2020). A partir de então, inicia-se, dentro de um curtíssimo intervalo de tempo, um grande conflito e debate na comunidade universitária da UEG sobre as formas de continuidade das atividades do primeiro semestre de 2020 e de como seriam construídas e realizadas as propostas didático-metodológicas emergenciais e sem aulas presenciais. A reitoria começa então a pressionar professores, alunos e funcionários a aderirem à modalidade de ensino à distância (EaD) como necessária ao contexto da pandemia. Porém, mais uma vez, alunos, professores e funcionários não são ouvidos ou consultados sobre as formas de continuidade das aulas na forma remota ou sobre os novos cronogramas das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Também não foram ouvidos sobre quais seriam os pressupostos, as tecnologias viáveis e os princípios metodológicos para as atividades que poderiam ser mantidas e ministradas remotamente durante a pandemia.  E já no dia 25 de março a reitoria passa a implementar de forma unilateral e autoritária o chamado “Plano Emergencial de Ensino e Aprendizagem - PEEA” através da instrução normativa 80-2020, que impõe o ensino à distância como regra e modelo a ser seguido e adotado por toda a universidade (UEG, 2020b).

Houve manifestações contrárias à imposição pragmática e autoritária do EaD na universidade pela reitoria. Muitos professores, alunos e funcionários se manifestaram contrários às decisões unilaterais da reitoria. Alguns cursos paralisaram as atividades, porém, a maioria dos campi aderiram à nova proposta de implementação do EaD na universidade, mesmo não tendo as condições mínimas necessárias de infraestrutura adequada. O grande embate não era contra a necessidade de continuidade das aulas na forma não presencial, mas sim a maneira pela qual a reitoria e o governo impuseram de forma abrupta a escolha do EaD sem diálogo e também sem nenhuma contrapartida por parte do governo no que se referia ao acesso e financiamento de computadores e internet para alunos e também para os professores mais necessitados.

Na verdade, o que se assistiu a partir de então, foi uma total e nefasta exclusão digital experimentada por alunos e também por professores da universidade, na falta de acesso à internet e sem a oferta de nenhuma capacitação ou formação para se ambientarem a estas novas e complexas tecnologias e plataformas digitais. Estudantes da UEG relataram que não possuíam internet em suas residências, muitos foram e ainda estão sendo obrigados a assistirem as aulas através de celulares smartphones, e centenas de outros abandonaram os cursos ou trancaram as matrículas. Vários professores utilizam grupos em aplicativos de whatsapp para envio de conteúdos de aulas aos seus alunos. Além de não haver tempo para a adaptação e de capacitação para o novo formato de aulas mediadas por tecnologias virtuais, não houve a disponibilidade por parte da universidade do acesso aos equipamentos e tecnologias necessárias para o efetivo aprendizado e acompanhamento das atividades em EaD aos estudantes.

 

Analisando a partir da realidade dos cursos de História da UEG, constatamos que os 11 cursos oferecidos pela Universidade estão todos localizados em cidades do interior do estado. Embora muitas dessas cidades sejam consideradas polos urbanos nas regiões em que está inserida, a maioria dos alunos que os campus ou unidades recebem não residem nas cidades polos, mas em regiões circunvizinhas com acentuada características rurais ou mesmo em comunidades rurais, o que torna o acesso à internet ainda mais precário, sem falar do aporte econômico necessário, que nem todos os alunos dispõem, para o acesso a equipamentos e sinal de internet de qualidade.  (CANTANHEIDE, 2020, p.91)

 

Não se pode esquecer tão pouco que o contexto em que se discute a exclusão digital é o contexto de uma pandemia causada por um vírus altamente letal, que tem levado a morte milhares de pessoas no país e no mundo todo, e que é capaz de provocar abalos familiares e transtornos psíquicos e emocionais em alunos, professores e funcionários. Somando a toda essa exclusão que a implantação pragmática e irresponsável do Ensino à Distância na UEG tem provocado dentro da comunidade universitária, também podemos acrescentar a essa tragédia o desemprego e a queda de renda entre os familiares dos estudantes, funcionários e professores durante a atual pandemia, sendo capazes de provocar ainda mais transtornos, estresse  e dificuldades materiais e emocionais.

O que estamos assistindo atualmente na UEG, em meio à pandemia do novo coronavírus,  é um total aniquilamento dos propósitos e sentidos de uma universidade pública, com aumento exponencial da precarização e da exclusão digital de estudantes e de professores, que fazem aumentar ainda mais as injustiças sociais e os abismos já existentes no meio acadêmico. Existe uma obstinação dos gestores da universidade apenas na manutenção e funcionamento da instituição com a reprodução de conteúdos, disciplinas e de aulas, ainda que sem nenhuma qualidade ou adesão de alunos, no sentido apenas de garantir um falsa normalidade (“Novo Normal”) em um ano eleitoral no país, e utilizando mais uma vez a universidade como instrumento de barganha política e propaganda eleitoral.

Vemos assim que a UEG continua sendo como sempre foi no decorrer destas duas décadas de sua existência, uma instituição totalmente burocratizada, hierarquizada, verticalizada e anti-democrática, onde os sujeitos que a integram, professores, alunos e funcionários,  nunca são ouvidos pelos gestores, tendo suas vozes sempre silenciadas pela burocracia institucional. Os desmandos e os caprichos de políticos e gestores, a transformam numa instituição incapaz de realizar a sua verdadeira função na democratização e a universalização do saber, se prestando apenas a formar mão de obra barata para o mercado do subemprego e do desemprego e a servir de capital político aos governos de plantão. E a pandemia do novo coronavírus tem servido para escancarar todas essas tragédias e desigualdades dentro da própria universidade, além de aumentar exponencialmente todas essas injustiças, potencializa também a própria exclusão de estudantes e professores pobres dentro da universidade, desvirtuando e aniquilando todos os sentidos e os valores daquilo que deveria ser uma verdadeira universidade pública.

 

CONCLUSÃO

Vemos que a pandemia do novo coronavírus não somente tem sido capaz de escancarar as mazelas e injustiças já existentes na Universidade Estadual de Goiás, mas também tem potencializado de forma exponencial as dificuldades de acesso ao saber entre alunos e professores mais carentes pertencentes à instituição. O advento da pandemia e a completa ausência de políticas públicas de financiamento e de acesso às tecnologias virtuais estão a promover a maior exclusão de alunos e professores em toda história da UEG, seja na forma da exclusão digital, sem o fornecimento adequado e de qualidade de acesso à internet, seja também a exclusão promovida pela ausência de políticas de assistência estudantil de qualidade. A total falta de recursos e de investimentos na UEG, ao longo de toda a sua existência, vem somente a aprofundar ainda mais o abismo da exclusão e da injustiça social dentro da universidade nestes tempos nefastos e sombrios de pandemia.

BIBLIOGRAFIA

CANTANHEIDE, F. P. Educação Superior em Tempo de Pandemia: a experiência da UEG. In: ALVES, M.F.; REIS, L.C.R.R.; SILVA, F.L. (Orgs.). Educação em Risco nos Tempos de Pandemia: diálogos sobre política e práticas. Goiânia: Editora Espaço Acadêmico, 2020. p.85-103.

CARVALHO, R. R. S.; Universidade Estadual de Goiás: histórico, realidade e desafios. 2013. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2013.

GOIÁS. Decreto n. 9.633, de 13 de março de 2020. Dispõe sobre a decretação de situação de emergência na saúde pública do Estado de Goiás, em razão da disseminação do novo coronavírus (2019-nCov). Diário Oficial Estado de Goiás: Goiânia, GO, ano 183, nº 23.257, p. 1-2, 13 mar. 2020.

UEG. Portaria n.560/2020 de 16 março de 2020.

_____. Instrução Normativa nº 80/2020 da Pró-reitoria de Graduação de 25 de março de 2020.


 

42 comentários:

  1. Infelizmente os problemas da UEG vem desde os seus primórdios e fica mais difícil de resolver quando não se tem uma verba adequada para atender os campus que ela possui, como também fica difícil quando não pode escolher o próprio reitor da universidade.
    Além disso é triste de ver essa questão que estamos vivendo, que é de nós nos virarmos desde o começo da pandemia para podermos aprender o conteúdo e os docentes se virarem para dar as aulas. Se antes presencialmente já tínhamos problemas, agora com essa nova maneira de aulas remotas, os problemas só se agravaram, devido as dificuldades que os discentes e docentes possuem. Espero que as coisas melhores, tanto em relação a gestão da UEG, como essa situação que todos estamos relacionada ao COVID-19.

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  2. Desde que entrei na Universidade e pelos relatos históricos de professores e alunos percebo o quanto a UEG é abandonada pelo Governo, deixando os professores e alunos totalmente desamparados. A pandemia só fortaleceu o descaso com todos nós. Nós tivemos que aprender a lidar com esse sistema de aula remota na prática e sem nenhum tipo de preparo, deixando tanto os professores quanto alunos sobrecarregados. E já faz mais de 1 ano que estamos nesse sistema de aulas e o Governo não se moveu em prol dos alunos e professores que têm uma dificuldade maior de acesso a internet. A educação brasileira é cada dia mais deixada de lado e somos obrigados ouvir de pessoas do governo que os professores não querem trabalhar.

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  3. É triste ver o descaso do governo com a Educação em modo geral e é deprimente ver a situação que a UEG se encontra devido a esse descaso, onde professores e alunos estão completamente desamparados e com a pandemia, tudo tem piorado ainda mias.... espero por dias melhores, não apenas com relação a pandemia, mas também, espero ver a UEG onde ela merece.

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    1. Este comentário foi feito por mim (Willian Borges), não se o motivo, mas não mostrou meu perfil quando postei.....

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  5. Me faz refletir e ate mesmo me questiono, será se a Universidade está verdadeiramente cumprindo seu papel!? Sim ela Até tenta,mais os nossos representantes políticos não dão suporte ao professores que se desdobram para tentarem cumprir o seu papel. Essa instituição tão importante que já formou grande parte dos professores de Educação Física aqui em nosso estado,esta sendo sulcariada em todos os sentidos.Sinto que o atual governo não faz questão de devolver para a sociedade esse patrimônio histórico que é Essefego, penso que para ele existem outras demandas mais importantes,pois a educação irá demorar muito para ser prioridade em nosso Estado,pois sendo sendo violado o direito de uma educação igualitária é de qualidade a todos!

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  6. A falta de investimentos na UEG é um reflexo do que acontece no Brasil, a precarização das Universidades Públicas prejudicam milhares de estudantes anualmente. A situação da pandemia do coronavírus agravou ainda mais esta situação, é incontestável que o ensino pela modalidade EAD pode trazer benéficos em alguns casos, mas antes de tudo deve haver um consenso entre a Universidade, os docentes, alunos e comunidade da forma e quais disciplinas se adaptariam a esta modalidade. A falta de investimentos e a politicagem dentro de uma instituição tão séria como a UEG trás inúmeros prejuízos aos alunos que nela já estão, a comunidade pela queda na qualidade de ensino de seus formandos, e aos futuros alunos que depositam seus sonhos e esperança no futuro melhor por meio da educação como forma de ascensão social.

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  7. “A educação exigi os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”, Sêneca, um importante filósofo, escritor e político romano do período 65 a.C. já tratava da importância da educação para um povo. O que em nossa realidade perdeu sua essência e passou a mera “moeda de troca”.
    É notório que a educação pública no Brasil, inclusive a superior vem sendo sucateada, isso devido aos interesses particulares de determinados políticos, que querem privar os cidadãos do conhecimento e dessa maneira manter a sociedade na ignorância, pois quanto menos conhecimento o povo tiver, mais fácil será manipulá-lo. Outro ponto que merece destaque é a forma como a educação passou a ser tratada. Em nossa atualidade governadores utilizam-na como slogan em suas campanhas, mostrando que expandiram o ensino superior a fim de garantir que as pessoas tivessem acesso a educação, quando na verdade criaram campi sem nenhuma estrutura.
    Um exemplo do descaso com a educação é nítido quando observada a história da UEG, aquela que outrora era referência no estado do Goiás. Atualmente enfrenta uma situação de abandono, com inúmeros problemas que perpassam a má estrutura dos prédios, a defasagem e o desrespeito aos docentes, o desprezo a situação de fragilidade dos discentes e a falta de autonomia na tomada de decisões. Tudo isso agravado pela pandemia.
    A instituição que cresceu de forma desordenada ainda enfrentou problemas sérios referentes a falta de recursos, que além de serem poucos, apenas 2%, esses não eram repassados em sua integralidade.
    Outro problema sério é a falta de autonomia, a UEG sempre teve uma interferência direta do governador, chegando ao ponto deste indicar o reitor, inviabilizando o direito de discentes e docentes de decidirem sobre quem tinha as melhores propostas para gerir a instituição.
    Somado a tais adversidades, com a pandemia emergi as dificuldades enfrentadas pelos discentes que sem o acesso adequado a internet , bem como a falta de computadores, tem o seu ensino afetado. Os docentes também foram prejudicados, pois ficaram sobrecarregados uma vez que a carga horária foi ampliada, os salários foram reduzidos, além do pouco tempo para se adaptarem a forma de ministrarem suas aulas. Os danos psicológicos que afetaram a ambos que perderam familiares e colegas nesse período e o “bombardeio” de informações divergentes sobre a pandemia tornam a situação caótica.
    Os discentes enfrentam uma pressão tanto física quanto psicológica para ingressarem na universidade, confiantes que após um árduo percurso obterão o devido conhecimento e excelência no ensino para que assim sejam profissionais capacitados para o futuro, o que de fato não ocorre. Enquanto os docentes que dedicaram suas vidas a aquisição de conhecimentos, investiram tempo e recursos se veem engessados a um sistema de educação que interfere mais que auxilia na propagação do conhecimento. Quadro este que causa a frustração por parte de discentes e docentes e em alguns casos como no dos discentes ocasionará a desistência e abandono da sala de aula.
    Fica nítido que a educação a qual possui imensa importância para um mundo mais justo é tratada pelos gestores como barganha, não recebendo o cuidado tão defendido a milênios atrás.


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  8. A Educação no geral sempre foi preterida, principalmente no Brasil. Quanto menos o povo pensar, melhor para o sistema capitalista. Essa questão fica evidente na precarização da UEG. Falando como aluna da ESEFFEGO, com experiências tanto no formato presencial quanto no formado EaD, me assusta um pouco ver o quanto um campus de luta e tradição em Goiás encontra-se de mãos atadas diante do autoritarismo, quiçá um terrorismo psicológico, onde temos (tanto professores quanto alunos e funcionários técnico-administrativos) que render e mostrar resultados como se não tivéssemos passando por um dos piores momentos da humanidade de forma global.

    Aluna: Áckisa Mayra.

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  9. Podemos trazer a UEG como grande exemplo da educação brasileira e como a mesma esta atualmente, como a pandemia deixou alunos e professores abondonandos tento que se virar com que pode, onde a faculdade nao da qualquer tipo de suporte para os acadêmicos. Com a a pandemia UEG está destruida e daqui para frente so ira piorar infelizmente

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  10. Estamos vivenciando um momento excepcional devido a pandemia. A crise sanitária agravou profundamente a economia e as questões sociais no país e com relação a educação não está sendo diferente umas das justificativas para implantar o ensino remoto é que será por um curto período, durante a pandemia.
    O fato é que ninguém se preparou pra receber uma pandemia, então, foi necessária muita criatividade das secretarias, dos diretores, professores, de todo mundo, inclusive da família, que não está preparada pra ficar o dia inteiro com o estudante na sua casa. Então, tudo é muito novo acho que todo meio de ensino é válido. Ser contra o ensino remoto, não significa ser contra o desenvolvimento tecnológico e sua utilização na educação. A tecnologia é capaz de proporcionar inúmeros benefícios à sociedade. Mas da forma como vem sendo pensada sua implementação apenas para a geração de lucro, intensificação da exploração de trabalhadores e trabalhadoras tem servido para aumentar o abismo da desigualdade e exclusão social.
    Há muito tempo o projeto de Ensino a Distância (EaD) vem se desenvolvendo em ritmo muito intenso no setor privado, tanto é, que as escolas e universidades privadas as aulas praticamente não pararam. Mas nas universidades públicas há muito tempo os governos vêm tentado expandir a oferta do ensino superior por meio da EaD, por ter custo menor do que a modalidade presencial, é de fácil expansão de vagas e possibilita precarizar, intensificar o trabalho e flexibilizar o contrato de trabalho. A tática é estabelecer uma “nova normalidade” pós pandemia.
    Como se diz no texto “[...] é notório que a educação pública no Brasil, inclusive a superior vem sendo sucateada, isso devido aos interesses particulares de determinados políticos, que querem privar os cidadãos do conhecimento e dessa maneira manter a sociedade na ignorância, pois quanto menos conhecimento o povo tiver, mais fácil será manipulá-lo. Outro ponto que merece destaque é a forma como a educação passou a ser tratada. Em nossa atualidade governadores utilizam-na como slogan em suas campanhas, mostrando que expandiram o ensino superior a fim de garantir que as pessoas tivessem acesso à educação. Um exemplo do descaso com a educação é nítido quando observada a história da UEG, aquela que outrora era referência no estado do Goiás. Atualmente enfrenta uma situação de abandono, com inúmeros problemas que perpassam a má estrutura dos prédios, a defasagem e o desrespeito aos docentes, o desprezo a situação de fragilidade dos discentes e a falta de autonomia na tomada de decisões. Tudo isso agravado pela pandemia”.
    Por isso é importante a luta coletiva de estudantes, técnicos e professores contra qualquer forma de exploração e exclusão nas universidades.

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  11. Infelizmente no nosso mundo capitalista as universidades passam muitas das vezes de serem lugares democráticos e de pensamentos críticos e se depender dos nossos governantes teremos uma universidade onde é somente para garantir votos e promessas durante a campanha. Será mesmo que os gestores da UEG estão preocupados com os alunos, os professores e os administrativos ou querem a qualquer custo o funcionamento do "estabelecimento"? Estabelecimento pois acredito que é assim como eles vêem. Mas como o texto menciona, o sucateamento da UEG vem desde sua criação em 1999. Afim de criar um eleitorado, e permanece até hoje. Creio, que muitos da sociedade não entenderam o que de fato é uma pandemia. E os gestores da UEG também não pois quando não se realiza uma pesquisa para ver de fato quem tem acesso a internet, a uma computador, isso demonstra mais uma vez que a exclusão educacional não importa, que quando não preparam os professores para o ensino remoto, não estão preocupados com a qualidade das aulas, com o desgaste do professor e com a qualidade do ensino. Por fim, parece e é tudo pensado para que a UEG não tenha autonomia, já que nossa política é patrimonialista, como o texto bem disse.
    Aluna: Mariana Alves de Oliveira

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  12. Em relação a pandemia, creio que estamos passando pelo pior momento totalmente sem comando, isso só agrava mais a nossa situação em relação a políticas de saúde (inexistentes) e precarização das instalações hospitalares. Quando se fala de UEG, é mais do mesmo, os governantes sempre irão negligenciar uma educação de qualidade, pelo fato de que a educação é um potencial fator transformador e com o cidadão bem instruído a mamata do governo acaba. Desde que entrei na Instituição em 2017, a ESEFFEGO se encontra totalmente abandonada por parte do governo, com a comunidade (estudantes e professores) sempre lutando em prol da Instituição. Em um mundo perfeito onde o governo é aliado da Educação a Eseffego seria muito mais valorizada pois é uma instituição histórica quando falamos em Educação Física e Fisioterapia.

    Aluno: João Pedro Alves de Bastos

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  13. Surgida em 1999, a UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS pode ser considerada nova em relação às demais em Goiás e no Brasil. Como mostrado no texto surgiu de forma exponencial, abrangendo câmpus nos 4 lados do estado, longe de sua Sede Central, o que resultou em um mal planejamento para lidar com tantas demandas.
    Em contrapartida a Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia de Goiás é a instituição superior mais antiga do centro-oeste para graduação em Educação Física, tem toda uma tradição e história que está sendo desrespeitada pelos últimos governos com sucateamentos absurdos e falta de planejamentos eficazes. O estopim disso foi a mudança da localização do câmpus do setor Vila Nova, que abrangia vários projetos, atividades e atendimentos da Clínica Escola para a população local para o Centro de Excelência, que não é espaço da Universidade, mas sim emprestado, com toda uma pressão da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer para realoca-la de lá.
    Em questão da precarização e exclusão digital, ficou clara a falta de planejamento por parte da direção quando houve uma reunião no MEIO do semestre letivo para votação se continuava ou não com as aulas práticas e do Estágio dos cursos em formato EAD, o que prejudicaria várias pessoas em formação.
    É opinião unâmine que as aulas em formato EAD não tem a mesma eficiência que a presencial, portanto como já há um prejuízo na formação de novos professores, deveria ter um melhor planejamento da disponibilidade dos alunos mais carentes com o acesso à internet e promover políticas públicas acerca disso.
    Estamos presenciando a maior pandemia dos últimos 100 anos, com um governo totalmente despreparado, genocida e despreocupado com a morte de milhares de pessoas. O momento é de ter empatia para com o próximo, pois só passaremos desse pesadelo com a ajuda de todos.

    Aluno: João Victor Macedo Nogueira

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  14. A ESEFFEGO que carrega em sua história a relação de primeira instituição de ensino superior de Goiás deveria de esta forma ser maior prestigiada e valorizada. Infelizmente acompanhamos um grande descaso político, desprezo esses que tentam diminuir e acabar com universidades públicas, com discursos imorais e mentirosos. Observamos ao longo deste processo histórico da UEG, uma instituição em mãos de politícos anti-democráticos, onde todos sujeitos inseridos nela tem suas vozes caladas e deixadas de lado por gestores políticos que tentam controlar e impedir a emancipação humana perante a sociedade. Um dos grandes males que o poder público vem fazendo a nós, no Brasil, desde sua criação é fazer corrermos riscos a tanto descaso a educação publica, um discurso acomodado que não podemos aceitar.
    E ainda com todos estes retrocessos, ainda devemos nos manter firmes na luta pelos nossos direitos, prezar por uma instituição de ensino que continue valorizando o aprendizado critico e emancipatorio a qualquer cidadão. Mediante a estes pensamentos Freire (2020), traçar lutas mediante a dignidade da prática docente é tão parte dela mesmo, como o respeito ao professor e a criação da identidade do educando, ao seu direito de ser.
    E neste processo de pandemia que o país vive neste momento, vemos um crescente desgoverno público, que não nos transpassa segurança e sim um caos desordenado. A educação cada dia vem sendo deixada de lado, sobrecarregando estudantes e professores neste processo de “ensino” das aulas remotas, sem esperança de uma melhora e cumprimento com direito de ensino e vida de qualquer individuo.

    Aluno: João Vitor Dias Dutra

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  15. Compreender o processo histórico que constituiu o que hoje conhecemos como UEG, é um ponto importantíssimo para entendermos certas atitudes e omissões dentro do nosso campus, que como retrata bem o texto, é uma pequena parcela do todo. Entretanto, percebo a necessidade de expandirmos as visões, principalmente quando tratamos de educação durante a pandemia. Não é uma realidade exclusiva da UEG, tão pouco do estado goiano.

    Se pegarmos números de pesquisas recentes, percebemos o quanto essa situação é maior. Por exemplo, de acordo com pesquisa realizada pelo DataSenado, no final de julho de 2020, dos quase 56 milhões de alunos matriculados na educação básica e superior no Brasil, 35% (19,5 milhões) tiveram aulas suspensas devido à pandemia, enquanto 58% (35,4 milhões) passaram a ter aulas remotas. As pesquisas ainda apresentam que na rede pública, 26% dos alunos que estão tendo aula on-line não possuem acesso à internet (AGÊNCIA SENADO, 2020 apud SAVIANI; GALVÃO, 2021). Além disso, mais de 4,5 milhões de brasileiros não possuem acesso à internet banda larga e mais de 50% dos domicílios, localizados em áreas rurais, não possuem acesso à internet (ANDES-SN, 2020 apud SAVIANI; GALVÃO, 2021).

    Os dados ficam ainda mais preocupantes quando analisamos a educação escolar. Uma pesquisa do IBGE, realizada no ano de 2018 (antes da pandemia), mostra que 20,9% dos domicílios brasileiros não têm acesso à internet, ou seja, aproximadamente 15 milhões de lares. Em 79,1% das residências que têm acesso à rede, o celular é o equipamento mais utilizado e encontrado em 99,2% dos domicílios, mas muitas famílias compartilham um único equipamento (SOUZA, 2020). Como pensar em uma educação democrática e de qualidade, dessa forma?

    Um outro ponto muito importante é entendermos que existe uma diferença entre EaD e Ensino Remoto. O Ensino Remoto, esse que estamos vivendo, acontece, geralmente, em casos extremos. As características do ensino presencial prevalecem (talvez por isso alguns problemas que já existiam no presencial, continuam de forma remota). O EaD, por sua vez, é outra coisa. Embora ambos aconteçam à distância, sem contato físico, o EaD é exclusivamente assim, e é todo preparado para isso. PREPARADO. Algo que, enquanto alunos podemos perceber, é a falta de preparo. Quase um ano e meio após o ensino remoto, professores e alunos ainda “apanham pra tecnologia”. Outro ponto... Como ensinar sem dominar os recursos?

    Tudo isso, acredito eu, é reflexo do processo histórico, seja uma história distante ou uma história recente. Reflexo das atitudes dos governos que passaram e que estão. Reflexo dos gestores.

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  16. Como citado no texto, as atitudes da UEG é bem voltada para a questão política, não voltada ao ensino ou aos alunos. o texto nos traz as ações populistas do governo, utilizando a Universidade Estadual de Goiás para politicagem. É fácil pensarmos em um exemplo, exemplo este que aconteceu no último período eleitoral para o Governo do Estado. As vésperas das eleições o Governo do Estado inaugurou um curso de medicina na cidade de Itumbiara, curso que gerou vários transtornos, isso pelo fato de não ter as condições necessárias para a formação com excelência dos estudantes. Inclusive o curso não possuiu novos vestibulares, por estar proibida a entrada de novos estudantes. Isso prova um ato completamente voltado para o populismo, sem nenhuma noção das necessidades básicas para a realização do curso. Enquanto isso, campus vão se "definhando" pela falta de investimento em reformas, como por exemplo, o campus ESEFFEGO. o Já na pandemia, assim como citado no texto, não tive conhecimento de nenhuma informação de medidas do estado para ajudar os alunos que não possuem acesso ao modo remoto de ensino. Concordo que está sendo de forma desgastante, principalmente para os alunos que possuem dificuldades em concentrar nas aulas em plena sala de aula. O ensino remoto prejudica e muito os alunos citados anteriormente, uma vez que a sala de aula e a faculdade nos proporciona um ambiente de estudo, onde os alunos estão sempre em contato para retirar duvidas, seja com outro aluno durante uma conversa de corredor, ou então na própria sala de aula, além de toda questão do barulho, muitas casas não possuem ambientes consideravelmente apropriado para uma boa concentração. ALUNO: LUCAS BATISTA RICARDO DE SOUZA SANTOS

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  17. A nossa instituição foi a única unidade de ensino o que não parou suas atividades deste de o início da painfâmia,é incrivel o descaso por parte das autoridades, impõe uma forma de ensino que nem ao menos dao suporte tanto para os nossos professores e alunos,os professores tiveram que se desdobram para continuar sua missão de ensinar,sem treinamentos e recursos para atender a demanda exigida pela direção,é nós alunos que a maioria tiveram que abandonar o tão sonhado sonho que é a graduação por não ter condições de manter seus estudos de forma remota,a exclusão é escancarada,pois como teriam condições financeira para ter um sinal de qualidade,um computador,e apenas o celular, que muita das vezes nem são todos que tem um aparelho que suporte a demanda,então não somente em nosso ambiente,mais em todos os âmbitos da nossa comunidade quantos pais de famílias então passando necessidades, pois o desemprego bate a porta todos os dias,realmente nunca vivi tempos tão doloroso em toda minha vida!

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  18. Não se pode esquecer que a exclusão vem de uma pandemia na qual carrega um vírus letal, que tem levado a morte milhares de pessoas no mundo, e que provocou abalos familiares e transtornos psicológicos a varias pessoas e muitos abalos emocionais em alunos, professores e funcionários. A UEG que teve o intuito de não parar totalmente as atividades, e mesmo que de modo remoto estamos ativos e é uma forma de aprendizado mesmo com toda as dificuldades que enfrentamos e a falta de apoio é um meio de ocupar a mente, e um momento onde temos que ter solidariedade pois muitos não tem condições de ter esse acesso. E o estudo é uma ocupação esencial onde nos ajuda a desenvolver a mente, pois nestes tempos difíceis temos que saber lidar com nossas emoções e com as do próximos.
    Aluna:Joviane Alves de Oliveira

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  19. Entrei na ESEFFEGO no mesmo ano em que houve uma ocupação no prédio, eu não entendia como uma universidade pública com uma história tão forte como a da ESEFFEGO possuía um astral de "casa mal assombrada". No primeiro semestre eu entendi o que tinha acontecido ali. Entendi a briga que foi travada, os desaforos, a polícia, os professores que lutaram, os que foram contra, os alunos mais ativos pela necessidade de defender aquela escola.

    Veio a primeira eleição para diretor do Câmpus. Todos motivados e empenhados a votar. Fui enfrentar a fila, queria participar daquele momento da história. E quando saiu o resultado, fomos apunhalados. O Coronel Marconi Perillo sempre mostrou do que era capaz. Desde que me entendo como adolescente, vivo o movimento #FORAMARCONI, mais uma vez eu vivia o braço de ferro daquele governo, que não diferente do atual, é fascista e tirano.

    O diretor eleito por votação, foi substituído por um fantoche do Cel Perillo. O prédio do Câmpus foi condenado, na época o boato era dali virar um shopping. Fomos despejados. Os alunos que nunca tiveram uma "casa do estudante", tiveram que se mudar, as repúblicas ao redor do Câmpus fecharam. A comunidade ao redor do Câmpus viveu o desserviço de não participar das práticas oferecidas GRATUITAMENTES pela Eseffego. A clínica fechou. O arquivo virou “arquivo morto”.

    O cenário era tão trágico que todos saímos de cabeça baixa num cortejo fúnebre pelo sepultamento de uma das maiores instituições de ensino do país. Caminhando pela avenida Anhanguera, descendo a avenida Goiás, virando na Paranaíba, chegando ao ancião Estádio Olímpico, aquele que já tinha sido chamado anos antes de Poleiro do Galo e que também foi abrigo no acidente radioativo do Césio 137. Agora era a faculdade de alunos apunhalados por um governo tirano ou como o próprio professor coloca "clientelista".

    Perdemos a xérox, o lugar do lanche, os laboratórios, os campos, as salas, a moral, a vontade, o interesse. Fomos reduzidos para o almoxarifado de um estádio de futebol. Passamos a estudar em um palco de eventos que ao ligar os holofotes poderosos que iluminam todo o centro da cidade, tapam os ouvidos dos alunos com os gritos ensurdecedores de torcedores que assistem jogos de futebol durante as aulas do ensino noturno. A água acabou. O banheiro virou sala de aula. As quadras são coordenadas pelos pombos. O elevador não funciona. As placas de “é proibido” foram instaladas estrategicamente pelo novo câmpus. E agora existe hora de recolher.

    Um elefante branco, criado para lavar o dinheiro de todo um partido. Um diretor de obras preso. Outro diretor afastado. Portas trancadas e censuradas. A única batalha vencida até hoje no famoso "CENTRO DE EXCELÊNCIA DO ESPORTE", foi conseguir na selvageria que a mesa de ping-pong fosse colocada no pátio, para termos como manter os corpos ativos por falta de qualquer coisa naquele lugar que não tem nada.

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  20. Infelizmente a nossa ESEFFEGO vem sofrendo com transformações políticas que relacionam as dinâmicas de estruturas dos campus juntamente com a realidade prática que observamos em termos administrativos, sociais e culturais. Desse modo é perceptível , que diversos aspectos que todos de certo modo estão na mesma condição, de estar frente a essa realidade, acredito que essa disciplina nós ajuda a compreender melhor essa relação entre trabalho e ao que vivemos na graduação, afim de termos uma visão de como será o nosso trabalho para futuras experiências da vida. Como para muitos já estamos na reta final já estamos trazendo pedaços de situações e experiências anteriores que vai de contra a forma de formação profissional que estamos nesse momento.

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  21. Através dessa retomada histórica pude relembrar momentos vivenciados quando entrei na UEG, e consegui entender a luta que, professores antigos da nossa universidade, vem travando a muito tempo, nós da ESEFFEGO fomos retirados da nossa casa da nossa história, e jogados em um outro ambiente que fomos privados de todos os locais e espaços. Tristes por ações políticas, entramos de greve, tentando lutar pelo que era nosso, sempre tentando garantir o mínimo para os estudantes, e para os professores. E em tão pouco tempo ainda sofremos por uma pandemia que desestabilizou não só as universidades, como também a vida pessoal, econômica, e psicológica de todas as pessoas. Momentos muito difíceis em que o acesso as tecnologias, internet, aparelhos eletrônicos é obrigatório para adequarmos ao meio de ensino remoto, e que por sua vez não é oferecido pelo governo, e que muitas pessoas não tem acesso, ou não tem o acesso adequado. Realidade política, em que é possível observar através da retomada histórica do governo do estado, cada vez piorando mais, e se tornando mais sucateado o ensino e a Educação pública. Momento ideal para o governo mostrar atenção e importância ao povo, a Educação, a Saúde, é não medir esforços em investir para reduzir ao máximo os danos causados pela pandemia desse vírus maldito.

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    1. *e não medir esforços em investir em meios para reduzir ao máximo os danos causados pela pandemia desse vírus maldito. Infelizmente isso não tem acontecido!

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  22. E com muita tristeza que escrevo este comentário, e tão triste ver o descaso do governo com a Educação em modo geral e é deprimente ver a situação que a UEG se encontra devido a esse descaso, o governo que saiu e o outro que entrou, não fez nada até hoje para a melhoria da UEG, vimos professores substituto sendo mandado embora, e ao ponto de ficar com aulas vagas por falta de efetivo, e os alunos estão completamente desamparados e com a pandemia, tudo tem piorado ainda mais, espero por dias melhores, não apenas com relação a pandemia, mas também, espero ver a UEG onde ela merece.

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  23. Concordo totalmente que esse cenário de pandemia, como o próprio texto cita, só está escancarando o total descaso com a educação pública no nosso Estado. "Se" a UEG, desde seu surgimento, serve para atender demandas políticas, não dá para esperar muita coisa vinda do governo sem que haja uma pressão. Se bem que nos últimos tempos nem com pressão a coisa está indo.

    A grande maioria dos alunos da UEG são da classe trabalhadora e de baixa renda. É muito triste constatar que muitos abandonaram os estudos por não terem condições de acesso à internet ou por não ter um computador, e que a universidade não ofereceu os suportes mínimos necessários. Nem aos alunos, nem aos professores e os outros profissionais.

    Pensando nos espaços de trabalho da Educação Física, essa precarização do ensino virtual pode gerar uma série de consequências aos futuros profissionais formandos. Se já era difícil para um recém-formado se encontrar no mercado de trabalho, penso na falta que fará a experiência dos estágios supervisionados em campo, que nos dava um mínimo de noção do que enfrentaríamos.
    Aluna: Giselle Rodrigues Sobral

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  24. A pandemia impôs mais uma lacuna aos estudantes, professores de baixa renda, para acompanhar as aulas, são necessários equipamentos adequados e acesso à internet. Essa nova realidade nos mostra então, a desigualdade que já existia das oportunidades de aprendizagem, a falta de infraestrutura adequada, tanto do espaço físico quanto a falta de funcionários da Universidade Estadual de Goiás,com essa pandemia os professores não tiveram nenhum suporte de treinamento para lecionar as aulas de forma remota, a qualidade do ensino infelizmente caiu.
    Pode-se dizer que a educação é um elemento fundante para a própria sobrevivência, para as oportunidades de trabalho, para seu entendimento enquanto pessoa e para fruição e exercício da cidadania, como está na nossa Constituição, mais infelizmente o governo não colabora e sempre que acabar com a educação, muito triste tudo isso que vivemos e vemos.
    Aluna: Raissa Carolina da Silva

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  25. Um dos meus primeiros acessos à história da ESEFFEGO, se deu pelo livro de Darcy Cordeiro, o qual escreveu "História da ESEFFEGO: 1962 a 2015 Educação Física e Fisioterapia". Assim, o autor relata cada década a partir dos autores que compuseram a trajetória da instituição até 2015; desse modo, o panorama é específico ao Campi.

    Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2019), o Brasil é o sétimo país do mundo com maior desigualdade social (índice de Gini de 0,533). Logo, essa posição está associada à diversas situações e problemas que os brasileiros enfrentam, e que estão escancaradas durante a atual Pandemia. E consequentemente, afeta a realidade universitária que vivenciamos por tantos anos na ESEFFEGO. A cortina de fumaça que tantos noticiários e manchetes nos mostram, é uma das maneiras que vendam os verdadeiros anceios de quem experiencia tamanha desigualdade (em muitos níveis) dentro da universidade pública: UEG.

    Logo, de acordo com Martins (2020) para o Brasil atual, a igualdade se caracteriza como uma miragem, ou seja, inalcançável ou inatingível, com um cenário trágico. Portanto, cabe à nós assistir os próximos ciclos e provocar uma mudança radical nesse contexto, a fim de que vislumbremos empregos em alta, valorização do trabalho, salários dignos e uma mudança significativa no Brasil,Goiás, Goiânia, UEG, ESEFFEGO, sala de aula (etc.). Acredito na mudança. Nós somos a mudança!

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  26. É realmente triste. Saber de toda a história da ESEFFEGO, de suas conquistas, por ser um dos campus pioneiro em nossa região e ver que ao invés da história ser enriquecida, veio se desfazendo com o tempo. A questão que realmente fica nítido, é em relação a desigualdade digital dentro da UEG. Muitos alunos da casa lutaram para conseguir sua vaga dentro da UEG, muitas vezes sem as condições mínimas para estudar. Com a questão das aulas remotas, fica complicado para esses alunos terem acesso as aulas, que aliás, não possuem a mesma qualidade de aulas presenciais.

    Wederson Efraim Ferreira dos Santos

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  27. É deprimente saber o rumo tão decadente que nossa universidade vem tomando, e o total descaso do governo em relação a mesma. Infelizmente nossa faculdade tem sido tratado com tanto desprezo , não se importam com os professores e muito menos com as alunos, a cada dia que se passa vamos ficando mais triste com a realidade, enfrentamos um momento muito delicado, com muitas perdas, inclusive de amigos, professores, familiares, e a faculdade não se importa nem mesmo em ceder condições mínimas e adequadas para que seus professores trabalhem e seus alunos assitam aula. isso realmente é doloroso e triste.....
    ESTHER SILVA CAMARGO

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  28. Professor sua escrita e muito importante para que eu como acadêmico consiga refletir mais sobre estes assuntos que estão sendo abordados, e consiga poder pensar em formas de mudar esta realidade que são de muitos, a grande maioria passa por esta dificuldade no nosso país, alunos e professores são os mais prejudicados, consequentemente uma sociedade com menos qualidade de aprendizado em um futuro próximo.

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  29. Ótimo texto, para afirmar o que já se via pela UEG, uma universidade que não é ouvida pelos seus governantes, que não recebe o devido capital necessario para os recursos da Universidade.
    A comunidade universitária não ser ouvi é uma lastima, vergonha, ainda mais em um país que ocorre a democracia, mas dentro da UEG não ocorre, dificultando e piorando a situação de toda a Universidade. E devido a nossa mais nova situação, em relação a pandemia, essa falta da comunidade universitária não ser ouvi, só piorou, tendo alunos, professores, funcionários administrativos, entre outros, sem as condições minimas de trabalho e estudo. O ead é necessário para evitar o aumento da contaminação pelo covid, mas a forma que foi colocada as pressas, sem a consulto com a Universidade, foi de for irracional, egoísta, sem pensar no ao todo, principalmente em relação a desigualdade, pois nem todos por exemplo tem acesso a internet.
    Mais uma vez, como sempre ocorreu na ueg, estamos vivendo um caos, que os governantes preferem resolver apenas da forma deles, sem importar com a comunidade universitária.

    Aluna: Eneely Evelin Gomes de Araújo

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  30. Quando pensamos e falamos em universidade pública já imaginamos algo que deveria ser bom para todos, uma vez que acredita-se que conseguir ingressar e formar em uma IES pública é uma possibilidade de "melhoria de vida". Mas no final das contas mal sabemos as avalanches de problemas que a universidade pública enfrenta, como exposto no texto, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) em duas décadas de existência, sempre esperou por melhores condições de funcionamento para toda sua comunidade (professores, alunos, funcionários administrativos) porém, esse momento nunca chegou. Pelo contrário, até agora nada foi feito, entra governo e sai governo, e os problemas são os mesmos, quando não aparecem outros novos.
    A situação pandêmica veio reforçar essas mazelas, abandono, fechamento de cursos, falta de recursos tecnológicos e acesso á internet escasso, os vários campi tem sofrido bastante.
    A pergunta que fica é: até quando a universidade pública no Brasil e mais especificamente no estado de Goiás, ficará a mercê da irresponsabilidade dos governantes?!


    Discente: Mirelly Nazario Santos

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  31. Desde que entrei na ESEFFEGO é notório o sucateamento da universidade e isso é lamentável como que uma instituição tão importante e renomada como ela, a cada ano que passa perde espaço por conta de incompetência dos gestores e governadores que a cada governo é perceptível a tentativa de acabar com a universidade UEG. Infelizmente com a pandemia muita coisa pode acontecer após esse tempo com a universidade.

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  33. Quando falamos de verbas públicas principalmente estadual é evidente que temos muitos prejuízos, ainda mais quando falamos de educação que é de extrema importância para evolução da sociedade, para crescimento cientifico e de novos estudos. No caso de nossa faculdade percebemos que desde o início sofremos com tamanha falta de atenção de órgão públicos, independente de mudanças de governo. Nos estudantes e professores sofremos com enorme descaso de nossa história, e mesmo com tamanha dificuldade, passando por problemas e lutando para sana-los, conseguimos focar no ensino. Entre tantas dificuldade sanadas veio o maior deles e não esperado o ensino ead no curso de Educação Física, por conta de uma pandemia que atinge o mundo todo, tirando milhares de vida diariamente, fazendo com que alunos e professores adaptassem do dia para noite conteúdos e aulas através de uma tecnologia e só aumentando nossa dificuldade diaria e mostrando que temos que trabalhar sem apoio algum de governantes e de gestão publica.

    Discente: Grazyelle Costa

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  34. a Pandemia só mostrou o Desgoverno em relação a UEG, o sucateamento ja vem bem antes da pandemia como e dito no texto, e isso tem afetado bastante tanto os alunos como os professores das instituições , por não terem basicamente nenhuma assistência eficaz. jogam tudo na mão dos professores e alunos e eles tem que se virar, triste realidade.
    Matheus de jesus

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  35. Primeiramente eu gostaria de aplaudir de pé os professores que escreveram esse texto.

    Acredito que muita gente assim como eu não conhecia a trajetória da UEG, infelizmente é muito triste ver a degradação da nossa universidade, mas olhando também que daqui já saiu excelentes profissionais. Exatamente como foi dito a universidade não tem voz tendo que acatar a tudo que é mandado, infelizmente essa realidade acaba com o sonho de inúmeros estudantes que acabam ficando sem saída e tem de se contentar com trabalhos braçais em muitas da vezes, a precarização do ensino é outro fator que entristece, pois com esse novo normal muitos desistiram de continuar os estudos.

    Durante a ultima fase de reestruturação achei um absurdo tudo o que aconteceu, não sei se por falha dos professores por ficarem tanto tempo em cargos temporários e não procurar o cargo efetivo ou falha do governo por tirar professores excelentes que deram suas vidas para construir o patrimonio da universidade.

    Irei citar o caso que aconteceu na cidade de porangatu onde tinhanhos o curso de educação fisica antes licenciatura, depois bacharel, durante essa reforma acabamos perdendo o Campus passando então a ser universidade, logo mais perdemos professores que foram fundamental para a estruturação do curso, sempre correram atrás de tudo, quadra de esporte coberta, laboratório, e outros matérias, logo mais perdemos o curso de educação física, fomos informados antes do processo seletivo, muitos alunos ficaram arrasados, com tudo isso acontecendo não fica nada fácil continuar.

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  36. De acordo com o texto, percebe-se que a UEG já nasceu em um berço conturbado cujo ocasionou a primeira revolta estudantil que se dava pela luta em decorrência de não pagar mensalidade por se tratar de uma universidade pública. Em seguida do seu surgimento, houve uma expansão muito grande de campus pelo estado de Goiás, e tal expansão não foi acompanhada pelo recurso financeiro necessário para o mantimento do bom funcionamento de tantas unidades, coisa que a curto-longo prazo causaria sucateamento dos campus universitários... E aconteceu isso com diversos campus da UEG, porém, falando especificamente da ESEFFEGO o sucateamento foi tanto que nós alunos trocamos de campus com uma premissa de um lugar melhor, porém, isso aconteceu juntamente com um golpe nas eleições que não passou de uma lista triplice onde o governador escolheu Marconi Perillo a dedo o diretor.
    Já no novo campus (alugado) localizado no Setor Aeroporto onde se localiza o estádio olímpico e com o novo governador após as eleições de 2018, Ronaldo Caiado, houve grande desfalque na educação, pois váris decisões foram tomadas sem consultar a comunidade universitária e uma das decisões de maior impacto foi a demissão de diversos funcionários temporários, incluído excelentes professores que dominavam a matéria cujo davam aula. E logo após, veio a pandemia de COVID-19, onde as aulas foram continuadas sem nenhum momento de pausa para o atendimento e organização da universidade em questão das aulas remotas; situação onde diversos alunos foram prejudicados pela falta de acesso à internet e equipamentos para o acesso da mesma. A falta de recursos e apoio necessário à comunidade acadêmica é cada vez maior a cada gestão que passa pela UEG desde minha entrada em 2017/2, isso torna-se reflexo do jogo de poder para com a universidade em decorrência com a preocupação da contribuição científica da mesma.
    Aluno: Lucas de Aquino.

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  37. Como é bem dito no texto, o descaso com a Educação, não apenas a Educação Física, mas ela como um todo não é um mero despreparo, mas sim um plano que busca controlar a população, afinal, quanto menos conhecimento se tem, mais fácil é para aqueles que o possuem te manipularem na visão do que é certo e errado pra eles.
    Fica nítido quando, a todo momento, são tomadas decisões que favorecem apenas um grupo, o grupo que controla, como no caso do aumento de campis para fins políticos, populismo, ou a escolha do novo diretor através da lista tríplice ignorando por completo a democracia que uma universidade deveria possuir, a falta de tranparência dos reitores com sua gestão, dentre outros diversos fatores responsáveis pela deterioração do ensino público. Ainda mais nítido, quando você se encontra no papel da vítima desse plano, pois quando falta a infraestrutura necessária, já que ficou, para o governo, complicado distribuir a renda, isso quando o faz de forma eficiente, para os 44 campis que possue, ou seja, tornando o ensino ainda mais excludente para com aqueles menos favorecidos, ainda mais nesse tempo de pandemia.

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