quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Os Velhos Problemas da Educação Física e o Novo Coronavírus




Foto 01 - Centro de Excelência dos Esportes - ESEFFEGO (Goiânia Goiás)


(Escrito por Renato Coelho)

Neste atual momento de Pandemia, com a descoberta de uma nova e mais contagiosa variante (Ômicron) faz-se necessário e urgente a problematização sobre as práticas em Educação Física, a fim de se tentar   vislumbrar novos caminhos e alternativas para o ensino e aprendizagem dos elementos importantes e fundamentais da cultura corporal dentro de um contexto de precarização do trabalho e das contradições do chamado Ensino à Distância (EaD). Em um panorama de  descontrole do vírus Sars-Cov-2 e suas inúmeras variantes, impõe-se novos hábitos para a humanidade como a vida em confinamento, lockdown, quarentenas, distanciamento social, uso contínuo de máscaras, testagens e etc. , escancarando e potencializando também o crescimento exponencial da miséria, da violência contra mulheres, do racismo, da exclusão digital, da fome e do desemprego.

Mas para entendermos melhor o atual momento da Educação Física e da pandemia, é necessário sobretudo entendermos e resgatarmos um pouco sobre o percurso histórico da Educação Física desde o seu surgimento na Europa do século XIX, passando pelo novo modelo de reestruturação produtiva, o chamado toyotismo, iniciado nas últimas décadas do século XX e chegando ao atual século XXI, século este que passa a ser  inaugurado pela chamada pandemia do novo coronavirus.

A Educação Física, desde as  suas origens durante o século XIX na Europa, contribuiu para moldar o corpo e a vontade do trabalhador dentro dos preceitos da eugenia e do higienismo. Desde seu surgimento na Europa do século XIX até meados dos século XX, a Educação física era considerada como importante componente curricular das escolas, pois servia como instrumento imprescindível para formação de corpos sadios, úteis, fortes, disciplinados e obedientes, características estas importantíssimas para a reprodução da lógica capitalista no ambiente fabril. Porém, após as mudanças no mundo do trabalho, com a introdução da microeletrônica, da robótica, das tecnologias virtuais, de computadores no sistema de produção, se produziu também a exigência de um novo tipo de trabalhador polivalente, empreendedor e flexível, dentro de uma nova planta fabril horizontal, pautada na qualidade, no desempenho e na captura da subjetividade do próprio trabalhador. Sendo assim, impõe-se uma nova educação do corpo. A educação física então passa a ser secundarizada como componente curricular, dando lugar às disciplinas relacionadas à informática, às linguagens e às matemáticas. A Educação Física vai sendo extinta da escola, assim como a filosofia e as artes, seja na forma de diminuição contínua de sua carga horária ao longo dos anos, seja também na forma mais drástica como a implantação de reformas ou de Políticas Públicas (Lei nº 13.415/2017) por parte do governo federal.

 

O Movimento Ginástico Europeu e o nascimento da Educação Física

 

A Educação Física que surgiu na Europa durante o século XIX, a partir do chamado Movimento Ginástico Europeu era alicerçada sobre os paradigmas eugênicos e higienistas e com a intenção de formar, disciplinar e controlar o corpo dos trabalhadores. Ela se torna o principal instrumento para a formação de corpos fortes, obedientes, disciplinados, úteis e sadios para as fábricas em plena expansão. A falsa promessa da chamada promoção da saúde através dos exercícios ginásticos era realizada sem, no entanto, modificar as condições sociais e sanitárias dos emergentes centros urbanos. A chamada ginástica se torna neste período disciplina obrigatória e também o componente curricular mais importante nas escolas, trazendo para si a  responsabilidade de se transformar no “remédio e na cura” para todas as mazelas sociais. (SOARES, 1997)

A formação de um corpo servil, forte e eficiente se fazia essencial e imprescindível para a própria produção e reprodução do capital urbano-industrial em plena expansão na Europa do século XIX. A ginástica moderna, que posteriormente passará a ser denominada de Educação Física passa então a cumprir e efetivar o seu importante papel como instrumento de controle e adestramento do corpo do trabalhador. Não somente preparar o corpo para o trabalho, mas também o treinamento para a guerra e ainda a formação de um padrão de corpo nacional pautado nos paradigmas eugênicos, na preparação de um “tipo” de corpo de correspondesse à  “beleza” da nação e à “força” do fascismo na  representação do Estado Nacional. (SOARES, 1997)

 

Para se legitimar e ser aceita como componente curricular dentro da escola, a ginástica se apropria dos paradigmas e pressupostos das ciências naturais. As leis da mecânica, da biologia e da fisiologia passam a reger as aulas de ginástica. O corpo cartesiano é então todo “dissecado” e “esmiuçado” pelas ciências positivas e passa a ser compreendido como objeto a ser estudado, medido e analisado sob a luz do saber sistematizado da ciência moderna. Um corpo matemático, econômico, utilitário, com movimentos precisos e controlados é produzido pela ginástica do século XIX, para posteriormente ser totalmente aniquilado, mutilado e subsumido no chão das fábricas europeias.

Ao mesmo tempo em que a física e a fisiologia são incorporadas às aulas de ginástica, os movimentos e a artes circenses também passam a ser apropriados aos conteúdos das aulas, porém de forma diferente, sendo ressignificados e reelaborados com novos sentidos relacionados à racionalização e à mecanização do movimentar humano.

As atividades circenses eram carregadas do lúdico, do improviso, da espontaneidade e do descontrole. Corpos de malabaristas, palhaços, funâmbulos eram considerados subversivos à nova moral da burguesia urbano industrial. O circo com sua característica nômade, representava  o avesso da vigilância, controle e rigidez das fábricas. Corpos livres, criativos e engraçados geravam contraditoriamente espanto, diversão, medo, lágrimas, risos e pânico ao público nas ruas e praças das cidades. Em contrapartida, o capital continuava cada vez mais sedento por corpos subservientes e disciplinados, ao ponto de classificar o circo como atividade marginal, subversiva e ilegal.



             Foto 02 - Aula de Educação Física: ginástica solar (sueca) no Colégio D. Pedro II na cidade do Rio de Janeiro


A ginástica já incorporada à lógica da produção capitalista e com a importante função de formar e amoldar o corpo do trabalhador à desumana rotina fabril, passa então a incorporar os variados movimentos do circo, porém dando-lhe novos sentidos e significados. O “salto mortal” dos trapezistas passa a ser analisado e explicado sob o olhar da anatomia e da física. A famosa “parada de dois” dos palhaços do circo passa a ser interpretada pela mecânica newtoniana. O equilibrista agora é estudado  a partir  do posicionamento exato do seu centro de massa. Os corpos “bizarros” das mulheres barbadas, dos anões e siamesas são explicados pela biologia e pela genética mendeliana.

Vê-se assim a o surgimento da ginástica ou da Educação Física Moderna em um contexto de preparação do corpo do trabalhador para a produção fabril capitalista durante o século XIX. Era fundamental neste período efervescente do capital a máxima exploração do trabalhador  na extração do mais valor. No entanto, era fundamental também adestrar, controlar e disciplinar este corpo do trabalhador para esta nova fase de exploração do sistema capitalista de produção. Aqui entra em cena a ginástica com o importante papel de sistematizar e racionalizar o uso deste corpo nas fábricas. Moldar e adestrar o corpo para em seguida aniquilá-lo completamente para a produção e manutenção do capital.

Durante o século XIX e até meados do século XX,  a Educação Física Moderna, anteriormente denominada de ginástica, cumpre efetivamente o seu importante papel como instrumento de controle e de disciplina sobre o corpo do trabalhador. Ao se apropriar dos métodos das ciências positivas, a Educação Física se legitima dentro e fora das escolas. A racionalidade dos movimentos, a exatidão dos gestos, as performances precisas, a ergonomia postural e a economia de energia na realização dos movimentos, garantem à Educação Física posição de destaque frente às demais disciplinas do currículo escolar.

A nova reestruturação capitalista (Toyotismo)  e a desestruturação da Educação Física

Já durante o século XX e o pleno desenvolvimento da chamada reestruturação fordista-taylorista, o corpo é ainda capturado e reconfigurado segundo as imposições da produção linear, mecanizada e repetitiva das fábricas e de suas potentes máquinas. Mais uma vez a Educação Física continua com seu importante papel em robotizar braços e pernas dos trabalhadores. A promoção dos corpos fragmentados e dilacerados a se posicionarem servilmente em frente às infinitas esteiras de produção.  A partir deste mesmo século, a Educação Física escolar experimenta um forte processo de esportivização, onde o conteúdo esporte passa a ter grande hegemonia sobre os demais conteúdos da cultura corporal. Entretanto, o esporte também não deixa de cumprir a importante tarefa de promoção do corpo do trabalhador para o trabalho, reproduzindo também nas aulas o discurso de disciplina, saúde e utilidade.

Se torna fundamental a cooptação do trabalhador especializado  nas fábricas, a fim de conformar seu corpo e sua mente a um cotidiano sem sentido, sem prazer e sem descanso. O trabalhador se transforma em “apêndice das máquinas”, se vê obrigado a vender o seu próprio corpo em troca de um mísero salário, capaz de garantir apenas a sua sobrevivência para continuar a trabalhar o dia seguinte. Nos primeiros anos da escola, a Educação Física já se torna a responsável em inculcar no corpo infantil os fundamentos e as bases de um movimento racionalizado, eficiente, rápido e útil ao novo mundo do trabalho composto por máquinas, hierarquias, cronômetros e esteiras. Conteúdos alicerçados em paradigmas higienistas e eugênicos habilitam a educação física para a formação de corpos disciplinados, servis e obedientes, ainda sob a justificativa de proporcionar uma legítima “saúde” aos seus praticantes, e ao mesmo tempo negando as péssimas condições de vida e de miséria da maioria da população brasileira.

As chamadas “crises” ajudam a fortalecer ainda mais o sistema de exploração e que fazem parte, por sua vez, da própria natureza do capitalismo. As reestruturações econômicas e educacionais são também  impostas à sociedade  durante estes períodos de “crises” justamente para manutenção e fortalecimento do próprio capital. Ao final, quem realmente paga a “crise” é sempre o próprio trabalhador com a ampliação das políticas de austeridades fiscais que resultam sempre em cortes de direitos, diminuição de salários e no aumento do desemprego.

Porém, a partir das últimas décadas do século XX, o sistema capitalista entra em uma nova e forte crise provocada pela disparada dos preços do barril de petróleo em todo o mundo, com a estagnação da economia de todos os países capitalistas (“Crise do Petróleo”). Esta crise obriga a uma nova reconfiguração dos processos de produção, ou seja, se inaugura uma nova reestruturação a fim de evitar as quedas dos lucros das empresas e ainda garantir e perpetuar a própria lógica de reprodução capitalista, lançando sobre os ombros dos trabalhadores todos os prejuízos e ônus da crise. A reestruturação capitalista em vigor neste período altera radicalmente a planta das fábricas  e a própria organização e execução do trabalho humano.


                        Foto 03 - Aula de Educação Física em escola pública de Rio Verde Goiás na década de 1940.


O advento de novas e avançadas tecnologias na produção fabril como os robôs, computadores e a internet, e também a nova reconfiguração da arquitetura da produção, não  mais seguindo necessariamente a linearidade das esteiras e nem tão pouco a ultra especialização fordista, mas adotando o desenho em forma de círculos (ciclos de produção) e o trabalho polivalente, obriga assim a formação de um novo tipo de trabalhador capaz de se adaptar à nova realidade da chamada produção em Gestão de Qualidade Total ou Toyotista.

Dentro desta nova realidade produzida pela reconfiguração toyotista, este novo trabalhador passa a assumir novas características adequadas à reestruturação imposta pelas mudanças na configuração e morfologia fabril. A polivalência do trabalhador passa a ser uma das novas exigências do trabalho flexível, alterando drasticamente o modelo fordista de trabalhador ultra-especializado. A chamada polivalência do trabalhador implica na apropriação de novas competências, que são saberes relacionados à produtividade, à competitividade e à qualidade da produção de mercadorias, com o objetivo primordial de manter a hegemonia do capital na produção. Um trabalhador polivalente é aquele capaz de operar de forma simultânea várias máquinas e ainda acessar várias tecnologias ao mesmo tempo, sendo ainda capaz de renovar continuamente seus conhecimentos em prol da valorização do capital.

Estas novas exigências também chamadas de “competências” se caracterizam pelo conhecimento de novas linguagens, informática, protocolos de gestão, matemática e microeletrônica. A imposição destas novas competências ao trabalhador se relaciona também com o processo de globalização dos mercados mundiais e particularmente também com a recente revolução tecnológica representada pela internet e a nanotecnologia. As novas competências adquiridas pelo trabalhador flexível toyotista não se referem à apropriação de um conhecimento profundo capaz de levá-lo a autonomia, mas diz respeito basicamente a um saber superficial e pragmático, capaz de qualificar minimamente e momentaneamente o trabalhador, adequando-o aos modismos e ao pragmatismo do mercado.

Uma das principais características da ideologia toyotista é a captura da subjetividade do trabalhador, estando corpo e mente integrados e subsumidos à produção capitalista. O consentimento operário e a cooptação do trabalhador formam a chave para o controle e a super-exploração da classe trabalhadora e ainda para a otimização da produção. O pensamento, a postura e toda subjetividade humana são de forma coercitiva e violenta canalizadas para cooperarem com a reprodução do capital, auxiliando e colaborando para o melhor funcionamento e na maior lucratividade da fábrica ou empresa. A alma, o consciente, o inconsciente, a imaginação e o próprio tempo de sono do trabalhador são obrigados a se sujeitarem e a participarem integralmente da produção do mais valor.

A cada reestruturação produtiva do capital exige-se a formação de um novo tipo de trabalhador, logo a educação em geral, que no sistema capitalista de produção tem a função de formação de mão de obra barata que atenda as exigências do mercado, irá de pronto sofrer também a sua própria reestruturação através de reformas curriculares, construção de parâmetros curriculares nacionais, aligeiramento dos conteúdos, fragmentação das disciplinas e também na criação e extinção de cursos. A reestruturação da educação sempre vai a reboque da reestruturação do mercado. Enquanto as fábricas e as empresas passam a exigir um novo tipo de trabalhador polivalente, flexível, altamente precarizado, eficiente e submisso, a educação institucional em contrapartida, cumprirá o seu fiel papel de formar e equipar o trabalhador com estas novas demandas e características, mesmo sendo para um mercado altamente precarizado e caracterizado pelo desemprego estrutural. As contínuas reformas curriculares permitem a efetivação das adequações necessárias para formação  e capacitação do trabalhador, de forma a impor-lhe a entrada no mercado flexível, instável e precarizado. Estas constantes e contínuas mudanças curriculares, que vão desde a educação básica aos cursos universitários de graduação e de pós-graduação, evidenciam a estreita correlação entre educação e mercado dentro da sociedade capitalista, ratificando a sua “nobre” função em formar mão de obra barata para o trabalho precário, o subemprego e para o desemprego estrutural.

Percebe-se assim, que diante das novas investidas do capital globalizado sobre a educação, ocorre uma total reconfiguração de disciplinas e de conteúdos,  seja dentro da escola ou nas próprias universidades. Diante das  novas demandas e exigências do mercado vão sendo criados novos saberes e disciplinas dentro das matrizes curriculares que convergem basicamente para a formação das chamadas novas competências do trabalhador flexível, como a inclusão de informática, matemática financeira, línguas estrangeiras no ensino médio, e em paralelo outros conteúdos clássicos ou mesmo componentes curriculares importantes vão sendo completamente extintos ou tendo a sua carga horária subtraída ao máximo, como foram o caso das disciplinas de Educação Física, Artes, Filosofia, História e Geografia.

Dentro do novo contexto da chamada reestruturação produtiva do toyotismo se privilegiaram as disciplinas estritamente voltadas às demandas imediatas do mercado globalizado, como as linguagens, as matemáticas e a informática. Aqueles outros saberes e conhecimentos tradicionais que não atendiam diretamente a esta nova formação pragmática, empreendedora, flexível e polivalente se tornam secundarizados e totalmente descartáveis dentro dos novos currículos construídos e adequados à esta nova formação do trabalhador. Como exemplo atual se destaca a própria disciplina de Educação Física, e ainda as Artes, Geografia, História e a Filosofia. Estas disciplinas vem sofrendo ao longo dos últimos anos a diminuição de suas cargas horárias nas escolas diante da  implementação das políticas públicas educacionais de origens neoliberais, na forma de parâmetros curriculares nacionais e as consequentes mudanças nas matrizes curriculares tanto nas escolas quanto nas universidades.  Ressalta-se ainda a própria exclusão total destas disciplinas nos currículos escolares, pois não atendem às características exigidas na formação do novo tipo de trabalhador flexível, polivalente, servil e útil do século XXI. O interesse do mercado flexível de cariz toytista é um trabalhador altamente submisso, dócil, servil e alienado, que colabore pró-ativamente na produção do mais valor, cooperando para a reprodução do capital e para a própria exploração e aniquilamento do trabalhador. Sob o olhar do capital, não é importante o conhecimento da história, dos saberes filosóficos, das produções artísticas ou a aprendizagem da cultura corporal, pois todos estes conteúdos, na ótica do capital, oneram e produzem mais gastos para a educação formal, além de demandar também mais tempo para a preparação do trabalhador, tendo a máxima capitalista: “Tempo é dinheiro”. E além de tudo, quanto mais alienado o trabalhador, melhor será o controle e mais efetiva a sua exploração.

A ênfase que se tinha na formação do trabalhador fabril do século XIX e posteriormente na organização fordista do século XX com características de formação de um corpo forte, disciplinado, obediente e saudável vai perdendo força para a formação de um corpo de novo tipo, ou seja, pró-ativo, polivalente e  para o desempenho. As novas exigências agora passam a ser uma atitude cooperativa, pensamento colaborativo com a produção, operar plataformas virtuais, apertar botões e vigiar as máquinas robotizadas. Secundarizando assim aquela antiga Educação Física de outrora, ligada à aptidão física e ao paradigma do corpo forte, saudável e disciplinado.

A disciplina de Educação Física, assim como as demais já citadas, sofreram ao longo das primeiras décadas deste século as consequências deste rápido processo de esvaziamento de conteúdos e da multiplicação dos chamados “currículos mínimos”, que foram construídos em larga escala, principalmente na época da ditadura militar brasileira, mas que voltam à cena neste atual século XXI, período marcado pela precarização da vida e de barbárie no trabalho. Porém, a Educação Física sofre também outros ataques, como por exemplo, a mercantilização do corpo através da indústria do fitness, através da promoção da ditadura da beleza e do culto ao corpo como formas de ampliação do mercado do mundo fitness/welness, utilizando-se da privatização das práticas corporais nas formas de mega academias de ginástica. Assim sendo, as práticas corporais dentro das aulas de Educação Física na escola vão sendo deslocadas para o campo não escolar, ou seja, para o mercado privado e excludente das academias de ginástica, que até então, experimentavam um período de grande expansão em todo o mundo antes de iniciar a pandemia do novo coronavírus.

 

Os velhos desafios da Educação Física e o novo coronavírus

 

A pandemia do novo coronavírus não somente descortina os velhos problemas e desafios da educação física, mas também potencializam essas nossas mazelas de forma exponencial. Aumentaram os problemas relacionados ao chamado Ensino à Distância (EaD), que impossibilita a práxis pedagógica das atividades relacionadas à cultura corporal, através das limitações e da precariedade das plataformas digitais de mediação de aulas, e em paralelo fez explodir um problema que já existia antes da pandemia, ou seja, a exclusão digital de milhões de estudantes que ficaram sem acesso às chamadas aulas on-line. Não somente isso, mas as aulas de educação física eram sempre planejadas e executadas com prioridade aos contatos e se realizavam normalmente em aglomerações humanas. É fato porém, que não existem aulas de futebol, basquete, voleibol, natação, dança, ginástica sem os centenas de milhares de contatos entre alunos. Aglomerações e contatos são essenciais em aulas de educação física. Não é à toa ou mera coincidência que as aulas de educação física são as preferidas de crianças e adolescentes nas escolas brasileiras. Os contatos e aglomerações são as marcas mais importantes da humanidade. Sem os contatos físicos e as aglomerações sociais não existiriam a história e nem a vida humana na Terra. O grande dilema não diz respeito apenas à realização do distanciamento social, que é fundamental e necessário para a diminuição de contágios e consequentemente de mortes pelo vírus Sars-Cov-2, mas sim pelo total descontrole e tragédia que vem se configurando a  pandemia no Brasil. Países que conseguiram conter a pandemia durante o ano de 2020, mas que atualmente em 2021, enfrentam as chamadas terceiras e quartas ondas mais intensas do que aquelas. As vacinas tem cumprido bem o seu papel, porém, somente ações farmacológicas ou regras de biossegurança aplicadas de forma isoladas tem se mostrado ineficazes no combate às altas transmissões virais. 

Os problemas atuais não dizem respeito apenas à educação física ou à educação brasileira em geral, este problema atual do descontrole da pandemia se tornou um problema mundial, que correlaciona saúde, educação, economia, cultura, política, ecologia e a vida de bilhões de pessoas que moram em países pobres como o Brasil, e que estão em grande risco, neste atual contexto de pandemia do vírus Sars-Cov-2.

A discussão atual não deve jamais se resumir  apenas sobre quais os melhores critérios de biossegurança para a realização de aulas de educação física, matemática ou de geografia. A grande questão é a total impossibilidade de reinício de qualquer atividade escolar no momento em que a maioria das crianças brasileiras ainda não foram vacinadas. Segundo os dados apresentados pelo próprio Ministério da Saúde (www.saude.gov.br), os óbitos por covid-19 entre crianças representam 0,4% do total de mortes, ou seja, mais de 2.500 crianças e adolescentes já perderam a vida na pandemia no Brasil, este que é um dos maiores índices de mortalidade infantil por covid-19 em todo o mundo. Tais números cresceram no ano de 2021 quando iniciou a maior flexibilização das atividades econômicas e principalmente com a abertura das escolas e creches em todo o Brasil.  O reinício das aulas, sem a vacinação de crianças e adolescentes pode ajudar também a iniciar uma nova terceira onda de contaminações, como ocorre hoje em grande parte dos países europeus.

Repensar sobre o futuro da educação física não se resume apenas em definir ou escolher os protocolos mais seguros e eficazes para a realização das atividades, mas é levar o debate muito além disso, é refletir também sobre a precarização e sucateamento das escolas públicas, onde muitas não possuem água nos banheiros para lavagem das mãos, é discutir sobre o processo de exclusão digital que faz aumentar ainda mais o abismo entre ricos e pobres, é discutir sobre a saúde emocional e física das crianças em isolamento social, debater também sobre o desemprego e a fome que atinge milhões de famílias em todo o país.

Sabemos que atualmente uma voraz e rápida terceira onda de contágios avança sobre países de diversas regiões do planeta, mesmo em países com a cobertura vacinal bastante adiantada, como Portugal, Espanha, Alemanha, e que tomaram as medidas corretas no seu devido tempo, porém, os índices de contágios (não de óbitos, graças às vacinas) voltaram a subir de forma drástica e descontrolada nestas mesmas regiões, provando que o vírus é muito mais perigoso do que se imaginava. Entretanto, estes países, além de terem reduzido o número de óbitos e de contágios durante o primeiro semestre deste ano, conseguiram ganhar mais tempo para lidarem com a pandemia, preparando melhor o sistema de saúde, entendendo a complexidade do comportamento do vírus e os procedimentos mais adequados de tratamento aos infectados. 

Sendo assim, fica claro que não se deve abrir escolas sem a vacinação das crianças e adolescentes em Goiás. Os números, mesmo sendo subnotificados, apontam que os contágios ainda estão totalmente fora de controle na capital e cidades do interior de Goiás. A questão não é somente  escolher qual o protocolo de segurança mais seguro e adequado que se deve construir para um projeto de aulas de educação física, mas sim promover a abertura das creches e escolas com o reinício das aulas somente após a vacinação completa de crianças e adolescentes.

Segundo os critérios criados pela própria OMS (Organização Mundial de Saúde) e que podem nortear a abertura de escolas são: o primeiro critério, segundo a OMS, diz que a cidade ou região deve possuir um sistema de saúde capaz de identificar, testar, isolar, rastrear todos os contatos e tratar as pessoas infectadas. O segundo critério é a garantia de que os locais de trabalho e os demais ambientes  frequentados por todas as pessoas sejam locais seguros  contra os contágios. O terceiro critério diz respeito a adoção de barreiras sanitárias para atender os casos de pessoas já contaminadas e cuja origem seja de fora da cidade ou do país (casos importados). O quarto critério é o controle de eventuais surtos em locais estratégicos como hospitais e casas de repouso. O quinto critério é a adoção de medidas preventivas para a conscientização da população com relação à pandemia e suas formas de contágio. O sexto e último critério sugere que a reabertura e flexibilização das atividades econômicas, sociais e culturais  devem ocorrer somente quando as taxas de contágios estiverem em queda, ou seja, somente quando a pandemia estiver controlada.

Duas regras importantes para a flexibilização das atividades e que não foram listadas pela OMS é a adoção de políticas econômicas robustas de fomento para as empresas e para todos os trabalhadores de atividades não essenciais que foram obrigados a participarem do isolamento social, e ainda a cobertura vacinal completa (>90% da população).

Assim sendo, vemos que em Goiás e em Goiânia, os governos não adotaram e continuam  não adotando de forma integrada nenhuma dessas medidas para a reabertura. O que presenciamos são flexibilizações precoces e aligeiradas que são os grandes responsáveis pelo número exagerado de contágios e mortes. E os professores de Educação Física e todos os demais trabalhadores em geral, estão arriscando as suas próprias vidas para a manutenção diária de suas necessidades materiais e financeiras, porque não existe no Brasil nenhuma ação coordenada para a promoção do controle da pandemia por parte dos governos (Municipal, Estadual e Federal), e somente priorizar o programa de vacinação será uma ação insuficiente frente à complexidade da pandemia e de suas consequências. 


                            Foto 04 - Academia de ginástica ESEFFEGO com ventilação natural e espaço arejado


As academias do Brasil já estão funcionando na maioria das cidades e capitais do país e foram criados diferentes  protocolos de saúde e segurança em vários estados para evitar o contágio entre os frequentadores destes estabelecimentos comerciais, como uso de máscaras, tapetes sanitizantes, álcool em gel, distanciamento entre os equipamentos, criação de horários alternativos e de forma escalonada. Porém, o que se observa em muitas academias de Goiânia é o total descumprimento destes protocolos sanitários. Também em conversas e entrevistas com professores de educação física que trabalham em academias, há relatos de muito estresse e apreensão pelo medo do contágio, pela sobrecarga de trabalho, desvio de funções quando professores tem que medir a temperatura de alunos na entrada da academia, grande número de alunos por turmas, que impossibilita o distanciamento social, alunos com a máscara no queixo e etc. A arquitetura da maioria das academias, que não permite a circulação natural do ar, e as intensas atividades aeróbicas e anaeróbicas realizadas pelos alunos no seu interior, infelizmente tornam as academias de ginástica os locais mais propícios para o contágio pelo vírus Sars-Cov-2. Haja visto que uso de termômetros para medição de temperatura corporal e tapetes sanitizantes são totalmente inócuos para combate da Covid-19, o que de fato protege contra os contágios são o uso adequado das máscaras, o distanciamento social seguro e a vacinação, destacando que as vacinas evitam casos graves e mortes, sendo que está também comprovado que pessoas vacinadas transmitem menos o vírus do que as não vacinadas.

Todas essas questões devem ser debatidas e levadas em consideração, evitando cair naquela vela armadilha da falsa dicotomia “Saúde X Economia”. O que se coloca na mesa é a realidade de um país que não possui nenhuma política pública nacional, coordenada e integrada no combate ao covid-19 e que atualmente aposta erroneamente apenas na vacinação, como a única arma de combate à pandemia. Ou fazemos esse debate hoje ou seremos cúmplices das necropoliticas praticada pelo Estado Brasileiro no atual contexto da pandemia do novo coronavírus. E essa discussão não deve se circunscrever apenas ao debate educacional, mas ao engajamento político em prol das milhares de vidas de brasileiros que estão sendo abreviadas pelo atual modelo de mundo em que vivemos, caracterizado essencialmente pela exploração do homem pelo homem e pela destruição insaciável da natureza. O que está em jogo é a nossa própria sobrevivência como seres humanos nas circunstâncias da barbárie atual.

 

 

 

                 

Bibliografia

 

BRASIL. Lei nº13.415 de 16 de fevereiro de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13415.htm. Acesso em: 10 de maio. de2017.

______. Medida Provisória nº 746 de 22 de setembro de 2016. Disponível em : http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=48601-mp-746-ensino-medio-link-pdf&category_slug=setembro-2016-pdf&Itemid=30192 . Acesso em: 10 de maio de 2017

NOZAKI, H.T. O Mundo do Trabalho e o Reordenamento da Educação Física Brasileira. Revista da Educação Física UEM. v. 10 n. 01,n p. 3-12 1999.

SOARES, C.L. Imagens do Corpo “Educado”: um olhar sobre a ginástica no século XIX. In: FERREIRA NETO, A. Pesquisa Histórica em Educação Física. Vitória: CEFD/UFES, 1997.

 

29 comentários:

  1. Durante toda a historia da Educação Fisica, esta foi uma ferramenta usada para seguir e formar padrões estabelecidos, por exemplo, no século XIX era uma forma de fazer corpos fortes para o trabalho e hoje é algo para estética. Ou seja, a educação nunca desempenhou seu real papel que é no geral produzir saúde e pensando nisso, este não é um problema da Educação Fisica mas sem de toda uma estrutura social.
    Pra muitos a educação fisica é essencial, para outros ela é inútil, isto porque apenas criamos conceitos e opiniões através de informações e não conhecimento. Com isso, vivemos exatamente um momento em que acontece isso, a maioria das coisas no cenário atual de pandemia tem se movido através de apenas informações que muitas vezes não são comprovadas, ao invés de se basear em conhecimentos provados, além de existir um problema estrutural nos sistemas brasileiro, seja politico, educacional, econômico, etc.
    Aluna: Alicy Moreira de Faria

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  2. A Educação Física no século XIX era visto como saúde e higiene, como disciplina para os trabalhadores, uma forma de fazer os trabalhadores ficarem "saudáveis" para ter melhor rendimento. Nos dias atuais a educação física é ainda usada para a saúde, porém levando não só para os trabalhadores de industrias como para a população geral, não sendo obrigatória, mais um ponto importante para a saúde e para o bem estar psicológico e físico. Em relação a pandemia, acho que deve voltar as atividades escolares de acordo com a vacinação de cada faixa etária, então no momento deve-se voltar somente os adultos e um pouco dos adolescentes que já foram vacinados. Levando em consideração que as escolas e faculdades tenham o dever de disponibilizar álcool 70 e panos descartáveis para a higienização das cadeiras, aparelhos da academia entre outros. Seria ótimo também disponibilizar testes de COVID para os estudantes e funcionários. Ai sim podem voltar as atividades gradualmente com os já vacinados com a segunda dose á diante.

    Aluna: Hallerandra Nahra Oliveira brito

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  3. A Ginástica sempre foi proposta como prática corporal nos mais diferentes locais e períodos históricos. O termo Ginástica veio ganhando diferentes definições de acordo com épocas, culturas e interesses diversos. Em alguns momentos, chegou a designar toda e qualquer atividade física sistematizada, abrangendo desde exercícios militares até práticas esportivas. No século XIX, passou por um processo de sistematização, denominado de Movimento Ginástico Europeu, que objetivava romper seus vínculos com práticas populares, além de disciplinar a população moral e fisicamente. Deste processo, resultaram os Métodos Ginásticos. Tais métodos foram os precursores da ginástica atual, assim como de diversas práticas da Educação Física. Em relação aos tempos atuais, primeiramente, vale destacar que a transição do ensino presencial para o ensino remoto desencadeou sentimentos de medo,angústia, ansiedade e a necessidade de se superar que constituíram-se como um desafio para os docentesDe fato, a natureza das aulas presenciais de educação física é por essência coletiva, um grupo de alunos se reúne com o professor para aprender sobre as práticas corporais que em sua maioria são atividades coletivas: os esportes, as danças, as lutas, as brincadeiras e jogos,etc. No ensino remoto os alunos e o professor se reúnem no ambiente virtual, mas este não permite uma interação corporal tal qual nas aulas presenciais.

    Aluno: Rafael Lemos de Araújo 8º período matutino

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  4. A educação física no contexto precarizado em que estamos passando com o ensino a distância, faz da disciplina mais excludente. Em suas origens no século XIX, com a considerada no componente curricular com importância para as escolas, na formação de corpos sadios e fortes, e logo passa a não ter tanta importância no componente curricular.
    A educação física é produzida pela ginástica mas com o passar do tempo, com a modernização é totalmente esquecida.
    A valorização do corpo do trabalhador, vai sendo tomado pela restruturação capitalista; a importância na formação de corpos disciplinados e com saúde vai se perdendo aos caos da miséria com o capitalismo.
    Com a globalização dos mercados mundiais e a revolução tecnológica, o modismo toma conta e as grandes empresas exigem um novo homem, um novo trabalhador, mais flexível e a educação institucional é obrigado à formar e equipar esse trabalhador que os novos saberes e novas competências para esse trabalhador, que atenda essas novas características exigidas do século XXI.
    Ao longo dessas décadas e as consequências desse processo de desvalorização, a pandemia do novo corona vírus chega para desafiar ainda mais a Educação Física.
    Com problemas como aulas online, impossibilitando a práxis pedagógica da Educação física precariza ainda mais as atividades relacionadas à disciplina. O ensino à distância dificulta as aulas. A exclusão digital de milhões de alunos deixam a disciplina só no planejamento, no papel. A falta doa contato, falta da vacina, esse isolamento se tornou um problema não somente para a Educação Física, mas também a qualquer atividade escolar. O perigo ronda todas as áreas, as escola se tornaram vazias, alunos desinteressados, professores impossibilitados de executarem suas atividades diárias por diversos motivos, como a falta de intimidades com as novas tecnologias e o caos na educação fica cada vez maior. E com a Educação física, definir meios eficazes de atuar na execução da atividade evita contágios. São realmente muitos critérios para que tudo possa correr bem. Com as escolas trabalhando com aulas remotas e as academias funcionando com critérios e protocolos, o descumprimento é real e com isso não evitam casos graves que chegam a morte.
    As políticas públicas são falhas e a nossa sobrevivência está pela misericórdia Divina.
    Ana Leila Cardoso - Educação física/noturno
    Obs. Professor desculpa pela demora na postagem da atividade. Tinha decidido para a curso por problemas particulares, mas resolvi continuar. Obrigada!!!

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  5. Historiadores desvendaram que no Oriente os humanos logo começaram a se tornar mais civilizados devido aos exercícios que tinham um sentido moral preparatório para a vida. Na Índia, a atividade física estava completamente unida com o ensino e a religião daquela sociedade. Algumas práticas na China conferiam a guerra de forma a aprimorar as qualidades físicas e motoras dos guerreiros. O berço dos esportes, remota à sociedade grega antiga, em um momento onde a atividade física era muito importante e estava ligada a intelectualidade e a espiritualidade em forma de mitologia e de filosofia de vida, onde o corpo bem definido possuía bons olhares, tais como vitalidade, destreza, saúde e é claro, força. Foi nesta época em que os próprios gregos criaram os Jogos Olímpicos, onde os mesmos faziam homenagens aos seus deuses com a prática de competições. A importância de um estilo de vida ativo para a saúde, bem estar e qualidade de vida apresenta-se bem estabelecida na literatura e é considerado um fator de prevenção e auxilio no tratamento de diversas doenças. Como prevenção a prática de atividade física atua no combate a obesidade, resistência à insulina, diabetes, síndrome metabólica, doença arterial coronariana, doença arterial periférica, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, depressão, ansiedade, osteoporose, dentre tantos outros. Embora os benefícios de um estilo de vida ativo sejam conhecidos, a prevalência de indivíduos que não atendem as recomendações para a prática de atividades físicas no Brasil e no mundo é elevada, o que se agrava devido pandemia da COVID-19, que impôs a necessidade de restrições de circulação e distanciamento social, dentre outras medidas, para conter o contágio do vírus. Estudos já reportaram redução nos níveis de atividade física de intensidade moderada a vigorosa e aumento do comportamento sedentário, bem como, de outros comportamentos de risco à saúde, considerando os hábitos dos participantes antes e durante a pandemia.

    Aluno: GUILHERME YULE, EDUCAÇÃO FÍSICA MATUTINO, 8° PERÍODO

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  6. A educação física existe desde os primórdios das civilizações, é importante ressaltar que a pratica de exercícios sempre existiu. Portanto sistematizando e contextualizando, a educação física em suas primeiras aparições surgiu de forma higienista, que segregava sujeitos e trabalhava a saúde do sujeito, com o foco de melhorar sua eficiência laboral. É necessário frisar que o trabalhador sempre foi refém do chefe, portanto era sempre sujeito a praticar atividades com o foco apenas de não se adoentar e desfalcar o ambiente de trabalho, o patrão não pensava na saúde de seu trabalhador por que era bom, mas sim porque necessitava da mão de obra.

    Aluno: Gabriel Montalvão Tavares

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  7. A educação física a partir do século XIX era usada para a domesticação dos corpos, fazendo com que esses corpos serviriam somente para longas jornadas de trabalho. Essa relação não mudou tanto quando pensamos nos dias atuais, percebemos que com a pandemia mesmo ainda tendo números grandes de contagio e novas variantes aparecendo o trabalho foi priorizado e os trabalhadores foram expostos ao novo corona vírus e dependendo do local de trabalho da pessoa pode causar muita insegurança, pois o ambiente pode ser insalubre e com pouca segurança sanitária para evitar de contrair o vírus.


    Aluno: Paulo Cezar

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  11. Muito interessante esse texto, estou fazendo meu trabalho de conclusão de curso relacionado a esse assunto. Se olharmos para trás e buscarmos na história, é possível ver que no ano de 1800, em diferentes regiões da Europa haviam várias maneiras diferentes de exercitar o corpo. Essas diferentes formas de exercitar o corpo foram batizadas como: métodos ginásticos.ginástica é uma modalidade bem antiga praticada desde os tempos da Pré-história, através de movimentos naturais, para facilitar alguns de seus desafios e costumes diários, tinha um papel importante para a sobrevivência do homem pré-histórico. A ginástica se encontrava presente em ritos, jogos e festividades, fazendo assim surgir a ginástica como movimentos naturais para pratica de acrobacias (RAMOS, 1982). O ser humano utilizava seu próprio corpo, através de movimentos, para fugir de situações de risco.

    Atualmente, devido a PANDEMIA da covid-19, foi comprovado que aumentaram os casos de sedentarismo, embora já estejamos com vários estabelecimentos abertos, ainda prevalecem os casos de pessoas que não possuem o hábito de se exercitar, definitivamente isso aumenta os índices de obesidade. O que me faz refletir muito em relação a pandemia, acredito que seria muito bom se tivéssemos um apoio maior do governo, onde pudéssemos contar com testes de covid para eventos esportivos, de certa forma incentivar o público, aplicar aulas de funcional ao ar livre para comunidade. Para assim conseguirmos voltar a normalidade, onde as pessoas gostam e precisam de se exercitar, precisam estudar, trabalhar, enfim, viver.

    Aluna: Geovanna Lissa

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  12. Observa-se que no século XIX a educação física era compreendida por exercícios físicos para preparação do corpo, hoje já o que se busca com a prática é em maioria por estética deixando até mesmo a saúde em segundo plano.

    Assim, a educação física não conseguiu apresentar sua real função como prática. Com a chegada da COVID e com início de um novo normal com aulas remotas, sem contato com a prática, com a universidade, as coisas se tornaram mais superficiais no que tange ao conhecimento. Diante disso não acredito que as universidades públicas em especifico (UEG )estão aptas a retornarem suas rotinas presenciais, uma vez que sempre se viu descaso por parte do governo com nossa estrutura, segurança, higiene e limpeza. Voltar as aulas presenciais é uma necessidade para garantir melhor qualidade de formação, mas nosso anseio não nos torna imortais diante ao vírus , então devemos ter cautela com o retorno, nos vacinar e buscar de forma gradual e precavidos o retorno presencial.
    Aluna : Dennize Luiza

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  13. A pandemia que dá abertura ao século XXI, a de Covid19, trouxe consigo diversos desafios à humanidade e uma adaptação no dia-a-dia foi forçadamente imposta, principalmente a respeito do contato social e interações presenciais. Mudou-se também as formas da relação com o trabalho e destacou os desafios e comprometimentos do ensino à distância. A Educação Física em sua esteira cronológica também vem passando por diversas modificações desde sua criação no século XIX. Visto que, foi criada com base numa moral capitalista e burguesa, como uma forma de deixar os corpos saudáveis, mas com real intenção de usá-los para um trabalho mais eficiente. O principal desafio da Educação Física no século XXI é sua permanência dentro das escolas, com as novas configurações onde a tecnologia se tornou essencial no dia-a-dia, como sempre, a preparação para o trabalho agora tem outra visão, menos ao corpo e à mente, mais às informações que formarão bons profissionais tecnológicos. Visto que a retirada da Educação Física do currículo escolar vem sendo sutil, se escancarando nessa nova disposição social.
    O capitalismo utiliza a Educação Física como forma de dominar a sociedade e a transformar em mercadoria de valor, como força de trabalho.Os valores surgidos com a Educação Física transformam a prática corporal sob uma análise mais formal e menos livre. Dão uma leitura fragmentada à cultura corporal e, a partir daí, consolidam a prática corporal como disciplinadora e preparatória como mão-de-obra forte e eficaz.
    Nesse novo contexto do século XXI, o maior desafio da Educação Física é a privatização das práticas corporais influenciadas pelo mercado fitness, onde o culto ao corpo e padrões estéticos ditam uma nova forma de mercantilizar a própria Educação Física. Desse modo, a ela é vista como ineficaz dentro escolas, e aos poucos é substituído seu papel essencial na construção educacional pela necessidade apenas de um corpo belo que atenda aos padrões impostos pela sociedade, valorizando as grandes companhias de espaços de prática corporais. Visto a atual situação que se encontra o mundo, diante da Covid19, com terceira e quarta ondas em andamento, a Educação Física se vê diante de problemas antigos e novos que obriga uma nova adaptação, como o ensino à distância. O ensino da Educação Física está prejudicado devido às normas de contenção de transmissibilidade do vírus como o distanciamento social e quarentena importantíssimas nesse momento.
    A educação se vê diante de uma situação de exclusão de alunos que não têm acesso à internet e influenciam ainda mais no abismo social que se encontra nosso país. Além disso, é visto que a reabertura das escolas e flexibilização da economia reacenderam o contágio de Sar-Cov-19, e apesar da eficácia das vacinas na contenção de óbitos, sabemos que um novo surto pode influenciar negativamente nos dados apresentados. A abertura deste século se dá não apenas pelo contexto de pandemia, mas também ao limiar do sistema capitalista como ordem mundial. A ultra exploração dos recursos naturais, dos trabalhadores, um mínimo de pessoas ricas e a sua maioria pobre. A falácia que a revolução tecnológica iria acabar com a pobreza onde o número de pessoas em situação de pobreza extrema aumentou. É a partir daí que devemos nos apropriar da reflexão do rumo que esse sistema está levando a humanidade à extinção.

    MAYCON KARLLOS NAPOLITANO DA SILVA

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  14. Um texto muito interessante e rico em informações. A educação Física passou por diferentes cenários desde o século XIX até os dias atuais. Atualmente no contexto de pandemia em que vivemos todas as áreas da vida cotidiana tiveram que se ajustar às exigências e restrições da pandemia.
    O texto destaca principalmente três etapas da Educação. O surgimento da Educação Física no século XIX a partir do Movimento Ginástico Europeu como forma de controle sobre os corpos dos trabalhadores, para corpos fortes e disciplinados para a rotina de trabalho das fábricas. Isso se estende até o fim do século XX, momento em que se instaura a “Crise do Petróleo" e uma nova reestruturação no processo de produção é necessária. O avanço das novas tecnologias chegam ao mercado de trabalho, se instauram nas empresas e faz com que o trabalhador tenha que se adequar às novas exigências. Neste cenário é necessário um trabalhador, flexível, que se adeque rapidamente às mudanças, que aprenda rápido, opere máquinas, tenha conhecimento de informática e línguas. Neste cenário, a educação física perde espaço, ficando secundarizada no ambiente escolar, perde espaço para outras disciplinas consideradas “mais importantes”.
    No século XXI o ano de 2020 se inicia com a notícia de uma pandemia que rapidamente se torna global. Um vírus que se alastrou por todos os continentes e deixou um rastro de doença e óbitos, fazendo com que o mundo pare e seja necessário isolamento social a todo custo. Meses se passaram e hoje no ano de 2022 ainda estamos com índices alarmantes de casos de Covid-19. Para a Educação Física é um cenário totalmente inusitado, as aulas não se adequam ao ambiente virtual, como trabalhar a educação física sem contato e aglomeração?
    Tão pouco estamos perto de acabar com a disseminação do coronavírus, as medidas tardias de proteção prolongaram a pandemia, apenas a vacina por mais importante que seja não é suficiente para conter o contágio sem medidas sanitárias rigorosas.

    ALUNA: Ana Beatriz Marques Guimarães

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  15. Esse texto é muito interessante devido a pandemia covid -19 complicado a vida a classe dos trabalhadores eu acho durante o século XXI, a classe trabalhadores sofreu mais por caso lockdown, quarentenas ECT, aumentou a miséria,muita gente ficou desemprego,não tem condições para continua Ensino à Distância Educação Física no período da pandemia não tem rede para algumas pessoas que facilitem o movimento do aluno que vai assistir a aula através da tela de celular.,é importante ter política de proximidade para evitar de transmissão do Sars -Cov-2 durante a pandemia devem ser adotados procedimentos necessário que permitam de diminuir a velocidade de transmitir do vírus não esquecer também nova e mais contagiosa variante Ômicron se foi aulas presencias.
    Aluno Lokenson Flerius

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  16. A educação Física tem todo uma história de altos e baixos, onde cada etapa se reflete nos dias de hoje, a partir da questão que a educação física não tem um direcionamento concreto e deixa seu verdadeiro papel em questionamento, sobre seus objetivos. Devido os novos acontecimentos que o mundo está passando se reflete na educação física , pois sua prática exige presença, é na pandemia não se pode haver aglomerações, portanto a pratica de exercícios fica um pouco em falta, porém a pratica de atividades física ajuda a melhorar do sintomas do vírus e diminui o estresse, depressão e entre outras particularidades.
    Sabemos que a nova variante Ômicron é mais forte e seu contagio e maior, então os cuidados devem ser maiores e ter mais cautelas .
    Millena Sousa Gomes

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  17. Desde o seculo XIX até os dias atuais na educação física se da a um pradrão e direcionameto de de um corpo forte para uma demanda de trabalho, sendo assim com a chegado da covid 19, os funcionarios além de se cuidar contra o contágio da doença, exigem a pratica de exercicios fisicos para melhoras e sequelas que a doença acaba deixando em algumas pessoas, sendo assim todos cuidados devem ser tomados para que tudo volte de forma gradual.


    Erick Araujo Machado

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  18. No século XIX a educação física tinha apenas uma finalidade, que era um rotina de exercícios para preparação do corpo, hoje nos dias atuais a educação física é buscada por muitos para fins estéticos, e com isso a saúde muita das vezes fica em segundo plano.

    Em relação da prática de educação física nesse novo mundo que vivemos, não consegui-se que sua prática em tempos de ensino remoto seja executado com qualidade em prol de adquirir o conhecimento em torno do que se espera, pois a educação física como cultura corporal, teve de fato sua praticidade meramente prejudicada nesse tempo de pandemia e aulas remotas principalmente de disciplinas práticas não conseguiu atender o que se espera. Diante a isso creio que as universidades ainda não estão aptas para um volta presencial também, a UEG antes da pandemia já não tinha boa estrutura em relação à proporcionar um ambiente totalmente higienizado, e agora muito menos com a exigências sanitárias por conta da Covid-19, então se haver uma volta será de forma precária.

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  19. A educação física desde o seu surgimento, passou por diversas mudanças, que foram tornando a educação fisica em alguns momentos, como apenas uma ferramenta para deixar o corpo pronto para os trabalhos pesados e etc. Pois sabemos da importância da atividade física para a saúde, e está diretamente relacionada à melhoria da qualidade de vida, reduzindo consideravelmente os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, problemas relacionados a baixa imunidade, além dos transtornos de fundo emocional.
    Porém temos de ter cuidado para finalidades da educação física não apenas ficar preso a essas circunstancias, pois a mesma tem muito mais a oferecer para a população em geral.

    Aluno: Matheus Ribeiro Teixeira

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  20. É importante ressaltar que no século XIX a educação física com exercícios físicos teve um papel importante como preparação do corpo. Além disso, durante esse século iniciar-se a era das doenças infeciosas, no entanto a importância do exercício físico para a saúde. Atualidade a saúde (exercício físico) tem um bom trabalho ao corpo, sendo assim criando diversos aspectos como bem-estar, saúde mental e social. Porém com a chegada do COVID, o EAD, se tornou um meio de ensino remoto, que pode criar problemas principalmente para o ensino com práticas corporais e culturais, assim impedindo diversas praticas a qual a Educação Física abordava.

    Aluno: Hiago Luiz Guimaraes Oliveira

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  21. A educação física escolar era formada pelo viés higienista de formar corpos fortes para o trabalho, saudáveis, obedientes e disciplinados. Se utilizou muito o esporte para atingir esse objetivo e, como abordo no meu tema de TCC, ainda hoje a educação física está muito atrelada a um discurso biofisiológico, acreditando que que a principal função da educação física escolar é melhorar a aptidão física. Com a renovação do mercado de trabalho, a escola precisa acompanhar essa transição e formar indivíduos que estejam preparados para tal, ou seja, que saibam manusear tecnologías, sejam criativos e trabalhem em prol do aumento do capital. Por isso, as aulas de EF e de outras matérias como história, artes, filosofia, estão perdendo espaço para outras matérias consideradas "mais importantes" para os dias de hoje. Matérias que não formam o sujeito na sua plenitude, mas provavelmente o tornar um ser que questiona menos e vende seu corpo para o trabalho por um menor preço. Outro assunto abordado no meu TCC, é justamente essa redução da carga horária, que prejudica o tempo dedicado a exercícios e à apropriação cultural, ocasionando perda de qualidade das aulas e cada vez menos credibilidade da área. Ademais, essa redução do número de aulas implica numa maior privatização das práticas corporais, as quais nas empresas privadas como academias e centros de alto redimento costumam ser excludentes. Com a chegada do covid e consequentemente do ensino à distância, tornou-se mais difícil a aplicação das aulas, com os alunos impossibilitados de de reunirem, trocarem e vivenciarem experiências únicas que são vividas nas aulas práticas de EF. A ausência de políticas públicas para um verdadeiro controle do contágio da covid-19 (e da sua nova variante: omicron) mais o baixo número de crianças vacinadas dificultam a volta às aulas.

    Aluno: Nicolas Molina Linhares, EDUCAÇÃO FÍSICA MATUTINO, 8° PERÍODO

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  22. No século XIX houve intervenções de médicos higienistas que divulgavam a importância da saúde e educação corporal incluindo o exercício físico como um dos meios e, fazendo com que enxergassem o esporte como uma referência para que pudessem adquirir e desenvolver virtudes e aptidões herdadas hereditariamente, a fim de que a saúde de homens e mulheres fosse impactada positivamente. Pensando hoje, a educação física nesse cenário pandêmico que vivemos, em vez de estar construindo corpos saudáveis, a educação física pode estar invertendo os papeis quando por exemplo as academias não seguem os protocolos necessário de biossegurança, ou quando as escolas voltam com as aulas de educação física presenciais mesmo com a baixa vacinação de suas crianças, aumentando o risco de contaminação do vírus.

    Aluna: Ana Isabela Ramos Malheiro

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  23. A Educação Física surgiu em um contexto aonde era usada exclusivamente como uma forma de atender ao capitalismo. Nas escolas ela era usada para tornar as pessoas fortes, úteis, saudáveis e obedientes. Com o decorrer das décadas isso continuou e até mesmo hoje pode-se afirmar que essa demanda da Educação Física ainda continua.

    Com o surgimento da tecnologia a Educação Física vem cada vez mais sumindo dos currículos escolares. Deve-se ressaltar que tal acontecimento não comete apenas a Educação Física, mas várias outras matérias. Outra detalhe a ser exposto é que por conta da nova necessidade do capital, novas matérias vem sendo cada mais inseridas na escola. Uma frase interessante para explicar essa situação é esta: " A restruturação da educação vai a reboque da restruturação do mercado".

    Com o surgimento da pandemia, a Educação Física passou a sofrer com novos problemas. Como exposto no texto, as aulas da matéria são realizadas em grande parte em aglomerações e com diversos toques entre os alunos. A quase impossibilidade da Educação Física ser realizada de maneira online e a não certeza de que os alunos terão a tecnologia necessária para fazerem uso das aulas, os novos avanços e necessidades do Capitalismo me faz pensar em uma pergunta: "Será que um dia a Educação Física será completamente extinta ?

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  24. A Educação Física surgiu em um contexto aonde era usada exclusivamente como uma forma de atender ao capitalismo. Nas escolas ela era usada para tornar as pessoas fortes, úteis, saudáveis e obedientes. Com o decorrer das décadas isso continuou e até mesmo hoje pode-se afirmar que essa demanda da Educação Física ainda continua.

    Com o surgimento da tecnologia a Educação Física vem cada vez mais sumindo dos currículos escolares. Deve-se ressaltar que tal acontecimento não comete apenas a Educação Física, mas várias outras matérias. Outra detalhe a ser exposto é que por conta da nova necessidade do capital, novas matérias vem sendo cada mais inseridas na escola. Uma frase interessante para explicar essa situação é esta: " A restruturação da educação vai a reboque da restruturação do mercado".

    Com o surgimento da pandemia, a Educação Física passou a sofrer com novos problemas. Como exposto no texto, as aulas da matéria são realizadas em grande parte em aglomerações e com diversos toques entre os alunos. A quase impossibilidade da Educação Física ser realizada de maneira online e a não certeza de que os alunos terão a tecnologia necessária para fazerem uso das aulas, os novos avanços e necessidades do Capitalismo me faz pensar em uma pergunta: "Será que um dia a Educação Física será completamente extinta ?

    Aluno: Alex Pereira de Souza. Turno vespertino

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  25. De acordo com o texto, é evidente que a Educação Física passa por vários processos a chegar na qual é proposta atualmente. Sendo assim, mostra o percurso onde era necessária apenas para treinar os corpos e disciplina-los para hoje onde é vista como meio educacional e também esta presente no lazer e na estética.
    Mediante a isso, quando relacionamos as aulas de Educação Física e a atual situação pandemica, pode-se perceber como evidente no texto que, a educação física é feita atraves do contato humano e da aglomeração. Sendo assim, inviável realiza-la de forma presencial. Entretanto, gostaria de expor uma experiência onde atuei como professora-estagiária de educação física em uma escola municipal de Goiânia. Inicialmente gostaria de enfatizar a real dificuldade dos alunos em manterem as normas de segurança, tendo em vista que é uma escola de ensino fundamental. Contudo, durante as aulas de educação física foi buscada estratégias para ministrar a disciplina de forma que o contato físico não estivesse presente, e caso existisse, a disponibilização do alcool estava presente. Sendo assim, mostra-se a adaptação e o desdobramento da disciplina em si para a realidade atual, tendo em vista que, é nitido os deficts existentes na educação física pela falta de contato e interação física.

    Aluna: Izadora Teles Carvalho 8ºp- Matutino.

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  26. A Educação Física passou por diversos momentos ao longo da história, por muito tempo o foco esteve voltado para a produção de corpos saudáveis, fortes e disciplinados aptos para o trabalho. A pandemia veio para mostrar os problemas e desafios enfrentados pela Educação Física, como também aumentá-los, pois sabemos que a disciplina em si exige contato entre os sujeitos e muitas vezes se desenvolve a partir de aglomerações, pois muitas das atividades são desenvolvidas coletivamente, o que dificulta a sua prática levando a mudança para o ensino remoto. O ensino a distância acaba prejudicando as vivências e o ensino, pois o aprendizado não é o mesmo que as aulas presenciais. O retorno presencial acaba não sendo totalmente seguro, pois as crianças e adolescentes não estão totalmente vacinadas, alem disso, sabemos que nem todas respeitam fielmente os protocolos de segurança facilitando o contágio. No entanto, como o retorno não foi algo a ser escolhido, mas apenas imputado, nos resta encontrar meios para aplacar a situação por mais desafiadora que seja.

    Aluna: Morghanna Chrystinne Sousa Rodrigues 8ºP - matutino

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  27. A Educação Física desde um princípio esteve ligada a saúde. Em seu inicio quando relacionada com o eugenismo foi utilizada como ferramenta para a melhoria da qualidade da mão de obra ao se preocupar em formar corpos saudáveis e fortes para o capitalismo. No que diz respeito a Educação Física como componente curricular a mesma luta cada vez mais com o passar do tempo para ter seu reconhecimento e sua valorização em comparação aos outros componentes curriculares presentes no ambiente escolar. Além de que, quando a mesma está relacionada com a pandemia do coronavírus perde ainda mais seu reconhecimento por ser uma disciplina em sua maioria prática e que esteve impossibilitada de realizar suas atividades no período de ensino remoto.
    Aluna: Júllia Nery da Silva Alves.

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