(Escrito por Renato Coelho)
No atual momento da pandemia no Brasil, com mais de 220 mil mortes (fevereiro de 2021), e quando a pandemia ainda se encontra totalmente fora de controle, um tema vem novamente ao debate: o retorno das aulas presenciais nas escolas do país. Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), são cerca de 44 milhões de estudantes fora das escolas somente no Brasil (OPAS, 2020). Ainda segundo dados da UNICEF são inúmeros os problemas mentais e psicológicos que podem afetar as crianças devido ao tempo prolongado de fechamento das escolas:
O fechamento das escolas tem impactos profundos na vida de crianças e adolescentes. Com o início da pandemia no Brasil, em março, estima-se que 44 milhões de estudantes ficaram longe das salas de aula. Tendo em vista as diferentes realidades brasileiras, as opções de atividades para a continuidade das aprendizagens em casa não estão se dando de forma igual para todos. Manter as escolas fechadas por muito tempo pode agravar ainda mais as desigualdades de aprendizagem no país, impactando em especial meninas e meninos em situação de vulnerabilidade (Bauer, F. apud OPAS (2020))
Sabe-se, no entanto, que a retomada das aulas presenciais, sejam em escolas, creches ou universidades depende exclusivamente do controle da pandemia no país, a fim de garantir a segurança do convívio entre alunos, professores e todos os familiares envolvidos. São evidentes os vários problemas psicológicos, emocionais e que também afetam o desenvolvimento das crianças e jovens pelo fato das escolas ainda estarem fechadas, porém, uma atitude irresponsável e insana seria autorizar o reinício das atividades presenciais em escolas no ápice de uma segunda onda da covid-19 no Brasil e agravado por uma nova mutação do vírus Sars-Cov-2 (B.1) encontrada primeiramente em Manaus, mas que já possui transmissão comunitária em praticamente todo o território nacional, cuja transmissibilidade é cerca de dez (10) vezes maior e as infecções produzidas mais graves do que as experimentadas pelas cepas de 2020.
É importante destacarmos, que antes mesmo de se iniciar a discussão sobre o retorno das aulas presenciais no Brasil, se torna ainda mais urgente e imprescindível para toda a sociedade, o debate pleno e aberto sobre a realidade do (des)controle da pandemia em todas as regiões do país, ou seja, o debate sobre a existência das políticas públicas de testagem em massa, sobre a eficácia e gestão do sistema nacional de vacinação, também sobre a importância da continuidade do auxílio emergencial, a distribuição de oxigênio medicinal nos hospitais, o aumento dos leitos de UTI, o aperfeiçoamento das políticas de isolamento social e de uma maior distribuição de renda durante a pandemia. Para o retorno das aulas presenciais é necessário antes o controle eficaz da pandemia, saber onde está o vírus dentro de cada região e cidades do território nacional, possuir mecanismos para mitigar surtos e novos contágios, estratégias de realização de testagem em massa e a universalização do atendimento hospitalar aos infectados. Porém, não é o que se observa atualmente no país, ao contrário, observamos uma obsessão pelo retorno imediato das aulas presenciais nas escolas brasileiras e pelas flexibilizações das regras de isolamento social, pressão essa reproduzida pelos secretários municipais e estaduais de educação, e cuja origem reside nos interesses comerciais e financeiros dos grandes proprietários de escolas privadas, que tiveram seus lucros subtraídos com a pandemia e que agora pressionam os gestores públicos para a reabertura de todas as escolas, públicas e privadas ao mesmo tempo, independente dos estudos dos índices de transmissão do vírus sars-Cov-2 nas cidades, demonstrando assim, que a pandemia no Brasil (e no mundo todo) se transformou num verdadeiro extermínio de classe, onde os impactos e mortes atingem de forma desproporcional e seletiva as classes mais pobres que não possuem acesso a assistência médico hospitalar de qualidade.
É notória a importância das escolas no desenvolvimento e na aprendizagem de crianças, jovens e adolescentes. As atividades coletivas, as tarefas em grupo e as aglomerações infantis potencializam o desenvolvimento das chamadas funções psicológicas superiores nas crianças, como a memória, o raciocínio, a linguagem e a escrita. Porém, com o início da pandemia do novo coronavírus, a partir do primeiro semestre de 2020, as aulas presenciais em escolas e universidades em todo o país foram suspensas como medida de mitigação de novos contágios pelo vírus Sars-Cov-2. As aglomerações humanas são as principais causas de contágios da covid-19, e as escolas e as universidades possuem uma dinâmica pedagógica e também uma arquitetura própria que tem como objetivo promover e incentivar as aglomerações, já que as atividades em grupo são facilitadores da aprendizagem. A começar pela arquitetura das salas de aula com dezenas de carteiras organizadas em filas paralelas ou em círculos, a organização do pátio e as atividades do recreio são planejadas em função das interações e aglomerações das crianças, a fim de permitir maior interação e sociabilidade. Podemos ainda citar os restaurantes e os banheiros coletivos de escolas que também possuem uma arquitetura que favorece as interações humanas. Entretanto, devido à voraz dinâmica de contágios do vírus Sars-Cov-2, mesmo com o início da Campanha Nacional de Imunização (vacinação) no Brasil, mudanças estruturais profundas deverão ser realizadas dentro da educação escolar em todos os níveis e também na educação superior para a mitigação de novos contágios de Covid-19 e de suas variantes futuras. As mudanças necessárias serão não apenas referentes ao número de alunos por sala, mas também com mudanças estruturais que vão desde a arquitetura das escolas, na dinâmica de horários de funcionamento das aulas, na contratação de novos professores (concursos públicos), maiores investimentos na infraestrutura das escolas como acesso à internet, saneamento, ampliação de salas e na construção de banheiros, quadras, jardins e maiores áreas de lazer e de recreação.
Segundo Tokarnia (2020), em relação às condições atuais das escolas no Brasil em tempos de pandemia, apenas 46,7% possuem saneamento básico, ou seja, mais da metade das escolas do país não possui tratamento de esgoto, água encanada ou coleta de resíduos sólidos. Dentro desta pesquisa apenas 30% das escolas públicas e privadas no Brasil possuem áreas verdes, quadras e áreas de lazer.
Quando se fala sobre o quesito infraestrutura escolar, segundo o Censo Escolar 2017, nas escolas de ensino fundamental no Brasil apenas 65,8% das escolas públicas possuem água encanada (água potável), 46,8% possuem laboratório de informática, 65,6% têm acesso à internet e nas escolas de educação infantil apenas 61,1% possuem banheiro adequado à sua faixa etária. No que se refere às creches, apenas 57,6% possuem parque infantil e para a pré-escola essa porcentagem cai para 42,7%, e menos de 30% das creches e das pré-escolas possuem áreas verdes (MARTINS, 2018).
Essa realidade escolar brasileira é um entrave para a reabertura das escolas e para a flexibilização das atividades de aulas presenciais. Considerando tal contexto em que se insere a maioria das escolas no país, com destaque para a total falta de infraestrutura dos espaços escolares, haverá uma potencialização de novos contágios e de óbitos na reabertura de escolas, creches e universidades durante o período atual de crescimento da segunda onda no país, com altos índices de transmissão do vírus (Rt>1), provocando um aumento expressivo de contaminações e mortes por covid-19 entre os escolares e os seus familiares, agravando mais a espantosa realidade dos números da pandemia no Brasil.
Por que não se deve iniciar as aulas presenciais atualmente no Brasil?
Segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC - https://www.cdc.gov/) sediado nos EUA, a retomada das atividades escolares na forma presencial somente deve ser recomendada quando o índice de transmissão do novo coronavírus estiver abaixo de 50 casos positivos novos (por dia) para cada um milhão de habitantes, pois essa taxa significa que o risco de transmissão do vírus seria baixo para um ambiente escolar e demonstrando também que a pandemia estaria realmente sob controle numa dada região que apresente estes números. Além disso, para a reabertura das escolas de forma segura, seria também necessário um decréscimo contínuo de no mínimo 4 semanas consecutivas nos índices de contágios e de óbitos numa determinada localidade ou município. Os leitos hospitalares de UTI´s para covid-19 também devem possuir um percentual baixo de ocupação (abaixo de 70%). Vemos assim que nenhuma cidade ou estado do Brasil se enquadraria nestes critérios mínimos de segurança para reabertura de escolas. Soma-se a esses dados da pandemia o alto estágio de precarização e de sucateamento em que se encontram atualmente as escolas e universidades públicas do país, que não possuem condições mínimas em promover a higiene e distanciamento dos alunos para prevenção de novos contágios. Portanto, o forte apelo para o retorno imediato das aulas deveria ser substituído pelo debate sobre maiores investimentos nas escolas, ampliação do número de salas de aulas, saneamento e instalação de água potável nas escolas, ampliação da oferta de internet gratuita aos estudantes, realização de novos concursos públicos para docentes e o fornecimento de auxílio financeiro às famílias dos estudantes de escolas públicas durante o período da pandemia.
Por que não se recomenda o retorno das aulas presenciais hoje?
No mundo moderno, as escolas são ambientes complexos e locais de aglomerações de pessoas. São espaços singulares e cuja dinâmica espacial e temporal segue uma lógica fordista de funcionamento, com crianças em filas, carteiras enfileiradas, corredores e salas dispostos também de forma linear imitando um ambiente de produção fabril. O advento da pandemia do vírus Sars-Cov-2 colocou em xeque a retomada das aulas presenciais nas escolas e obrigou a continuidade das mesmas no chamado Ensino à Distância (EaD), com a exclusão e as limitações das aulas virtuais.
Segundo uma recente pesquisa realizada pela Universidade de Granada (UGR) na Espanha sobre a retomada das aulas presenciais naquele país nos trazem números e fatos importantes sobre as relações entre a dinâmica de interações das escolas e o comportamento do vírus Sars-Cov-2 (ARROYO, 2020).
Segundo os pesquisadores da Universidade de Granada, considerando a realidade espanhola, de uma sala de aula com vinte (20) crianças, sendo que a família destas crianças escolares é constituída pelo pai, mãe com um (1) ou dois (2) filhos (nesta simulação do cálculo considera-se que metade dos alunos tenham um irmão que também estuda na mesma escola e a outra metade é composta por crianças consideradas “filho único”). Ao se considerar todos os contatos realizados por uma única criança, apenas no seu primeiro dia de aula, e sem considerar os contatos externos à escola (rua, mercado, ônibus, etc.) será contabilizado 74 contatos com outras pessoas da escola, ou seja, cada criança da escola será exposta a outras 74 pessoas no seu primeiro dia de aula, considerado apenas os contatos exclusivos com sujeitos da sala de aula e da família (ver Figura 01 abaixo).
Figura 01 – Esquema do número total de contatos entre alunos de uma mesma escola.
Para o segundo dia de aula, desconsiderando as regras de distanciamento social, os contatos sobem para 808 interações para cada aluno da classe. Já para o terceiro dia as interações serão de 15.000 para cada aluno. Os números comprovam o grande risco de uma criança da sala estiver infectada com a Covid-19, elevando o grau de contaminação para toda a escola. A partir daí, pode-se ter uma noção dos riscos em se abrir as escolas em período de pandemia, pois é colocado em risco nesta situação, não somente a saúde mental das crianças ou o seu futuro desenvolvimento, mas acima de tudo a própria vida da criança é colocada em risco, principalmente em um retorno às aulas presenciais num momento de alta de casos e de contágios, e ainda com um retorno de forma pragmática e sem planejamento como estamos presenciando.
Tabela 01 – Número de interações entre alunos durante os primeiros dias de aulas presenciais na escola
Imaginemos então como se daria a replicação destes contatos diários nas escolas brasileiras, onde a massificação de turmas, com médias superiores a 40 alunos por sala, a falta de professores concursados, salas pequenas e com pouca ventilação, banheiros inadequados e sem água potável em muitas escolas do país. Obviamente que as escolas se tornariam assim espaços ou eventos denominados de super-espalhadores, com potencial aumento de surtos e de contágios pelo novo coronavírus entre a sociedade.
Mesmo havendo o uso de máscaras e com as regras de distanciamento social dentro das escolas, não é recomendado o retorno das aulas presenciais quando houver alta de contágios numa cidade, região ou país (Rt>1), pois todos os protocolos de biossegurança neste contexto podem ser ineficazes. Quando se vivencia um momento de alta de contágios e de óbitos, não há outra alternativa, a não ser o isolamento social e a suspensão completa das aulas presenciais. A sugestão é priorizar a vida dos escolares e não as aulas em si, pois o retorno seguro das aulas presenciais no Brasil se dará somente após a efetivação da Campanha Nacional de Imunização (vacinação), já que não temos políticas públicas de mitigação de contágios como testagem em massa, rastreamento de novos conatos, ampliação de leitos de UTI’s e de atendimento médico hospitalar de qualidade para toda a população.
Bibliografia Consultada
ARROYO, J. Colocar 20 crianças numa sala de aula implica em 808 contatos cruzados em dois dias, alerta universidade. Jornal EL PAÍS, jun. 2020. Disponível em: < https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-06-17/colocar-20-criancas-numa-sala-de-aula-implica-em-808-contatos-cruzados-em-dois-dias-alerta-universidade.html>. Acesso em:03/02/21.
MARTINS, H. Censo aponta que escolas públicas ainda têm deficiências de infraestrutura. Agência Brasil EBC, 2018. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-01/censo-aponta-que-escolas-publicas-ainda-tem-deficiencias-de-infraestrutura>. Acesso em: 03/02/21.
OBSERVATÓRIO COVID-19 BR. Experiência internacional na reabertura de escolas e situação no Brasil: porque não podemos fazer comparações diretas.Set, 2020. Disponível em: < https://covid19br.github.io/analises.html?aba=aba12#>. Acesso em: 03/02/21.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Reabertura segura das escolas deve ser prioridade, alertam UNICEF, UNESCO e OPAS/OMS. Set, 2020. Disponível em: < https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6283:reabertura-segura-das-escolas-deve-ser-prioridade-alertam-unicef-unesco-e-opas-oms&Itemid=812>. Acesso em: 03/02/21
TOKARNIA, M. Quase metade das escolas não tem todos os itens de saneamento básico. Agência Brasil EBC, 2020. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-06/quase-metade-das-escolas-nao-tem-todos-os-itens-de-saneamento-basico>. Acesso em: 03/02/21.
(Escrito por Renato Coelho)
Atualmente
as crianças estão sendo uma das maiores vítimas da pandemia da Covid-19 em todo
o mundo. Talvez sejam as que mais estão sendo afetadas pelas regras de
isolamento social decretada por diversos países ao redor do planeta, já que as
crianças constituem o grupo que mais tempo tem experimentado o confinamento de
forma contínua em casa, haja visto o fechamento de escolas e creches há quase
um ano. Não há dúvidas que para a maioria das crianças, o isolamento social
afeta drasticamente o seu desenvolvimento motor, cognitivo e social, já que as
interações e os relacionamentos coletivos nesta faixa etária são primordiais
para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores da mente.
Várias
escolas e creches de vários países distintos ensaiaram o retorno às aulas
presenciais, mas devido ao alto número de surtos e contágios pelo novo
coronavírus e de suas mutações mais transmissíveis e contagiosas, tais escolas
fecharam novamente os seus portões, seja na Europa, Ásia, Oceania, África ou na
América. O retorno às aulas presenciais no atual momento da pandemia no Brasil
se torna algo totalmente impossível, sejam quais forem os protocolos de
segurança sanitária, pois as novas variantes do vírus são cerca de dez (10)
vezes mais contagiosas, tornando inevitáveis surtos entre crianças escolares,
pois as escolas são por natureza ambientes de aglomerações.
O que
fazer então com as nossas crianças?
No
caso específico da cidade de Goiânia, que atualmente experimenta uma segunda
onda com índice de transmissão superior a um (01) Rt>1, e com previsões de
pico de contágios provavelmente para os meses de março e abril, o recomendado
neste contexto é ainda o isolamento social e a adoção somente de aulas virtuais
(on-line), ao contrário do que diz em as autoridades locais que estão
permitindo a abertura de escolas com 30% de ocupação e sistema de rodízio de
alunos e de turmas.
Neste
momento tão complexo, difícil e delicado, sugerimos alternativas para a
promoção de um estilo de vida mais saudável e humanizado para as crianças
durante a pandemia. Ainda que as crianças estejam em aulas remotas e sem aulas
presencias, é possível criar uma rotina saudável, lúdica e humanizada para as
crianças em tempos de isolamento social na pandemia.
Uma
das principais considerações e argumentos para a manutenção das aulas
presencias para as crianças na pandemia, diz respeito ao atraso no
desenvolvimento infantil, e podendo produzir sequelas no desenvolvimento e na
aprendizagem das crianças. Porém, o que os defensores desta tese desconsideram,
são as sequelas ainda piores e mais agressivas provocadas pela covid-19 em
crianças, ou seja, as síndromes pós covid-19, além de graves e duradouras,
sejam em crianças ou em adultos, possui um outro importante agravante, tais
sequelas e síndromes são totalmente desconhecidas a longo prazo, podendo gerar
doenças crônicas, ou seja, que até o presente momento não possuindo cura pela
medicina. Portanto, colocando tudo na balança, é notório que ser contaminado
por covid-19 pode acarretar danos e problemas maiores do que aqueles provocados
pelo isolamento social em si e pela ausência às aulas presenciais. A verdade é
que os problemas relacionados ao retardo no desenvolvimento ou na aprendizagem
podem ser sanados e recuperados a curto ou médio prazos, porém, as sequelas e
os danos da covid-19 ainda são uma grande incógnita e a ciência ou a medicina
não podem garantir nada sobre este tema novo e recente relacionado às
consequências da covid-19 a longo prazo na infância.
A
sugestão é não levar as crianças às aulas presenciais nas escolas, e sim criar
atividades lúdicas em casa a fim de provocar um desenvolvimento infantil capaz
de amenizar os danos provocados pelo isolamento social intermitente. Obviamente
que nada substitui as interações sociais entre as crianças e é sabido por todos
a péssima qualidade e exclusão das aulas remostas (EaD), porém, as ações lúdicas
sugeridas para as crianças se refere ao período atual da pandemia, que deverá
ainda perdurar por alguns duros anos. A nossa proposta é baseada na Teoria
Histórico Cultural de Vigotski sobre o lúdico e a infância. Seja em casa, no
quintal, na praça, na rua ou nos parques infantis, estes são ambientes mais
seguros do que as escolas para as crianças, desde que as visitas a estes ambientes
estejam autorizados pelas autoridades sanitárias e que sejam escolhidos
horários com menor fluxo de pessoas, e também mantendo os contatos somente com
sujeitos da mesma família, com o uso de mácaras, álcool em gel e com
distanciamento social (sem aglomerações). As escolas são projetadas em função das
aglomerações, e por natureza são ambientes de múltiplos contatos, e que em
tempos de pandemia podem propiciar novos surtos e acelerar os contágios.
A Criança, o Brincar e a Teoria Histórico
Cultural
O
enfoque histórico-cultural se fundamenta essencialmente no fato de que o
desenvolvimento psicológico humano é um processo complexo, cujas origens se
encontram nas condições e organizações do contexto social e cultural,
construídos ao longo das vivências do indivíduo.
A
análise histórico-cultural elaborada por Vygotski foi altamente influenciada
pelas concepções do materialismo histórico dialético de Marx e Engels, de onde
ele extraiu os conceitos sobre atividade, mediação semiótica e a ideia central
de que o ser social determina a consciência social.
Vygotski considerava ainda a
dupla dimensão do ser humano, sujeito e sujeitado, dando grande importância à
participação do outro no processo de significação e constituição do sujeito,
sem negar a efetiva participação do Eu, social e historicamente produzido.
(ZANELLA e ANDRADA, 2002, p.127).
Vygotski
lutou durante toda a vida para mudar todo o paradigma de sua época, ao explicar
que o psíquico humano não era apenas algo inerente ao desenvolvimento
biológico, era na verdade uma realidade complexa e dinâmica entre o biológico,
o social e o cultural.
Vigotski
esclarece que o desenvolvimento é um processo dialético, marcado por etapas
qualitativamente diferentes determinadas pela atividade mediada, justamente o
que o promove. Via atividade o homem (entendido enquanto sujeito genérico) é
capaz de transformar sua própria história e a história da humanidade, posto que
por seu intermédio transforma o contexto social em que se insere e ao mesmo
tempo se transforma. (ZANELLA E ANDRADA, 2002, p.128)
Para Vygotski o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores não são idênticos, nem redutíveis aos fatores que
explicam os processos psicológicos elementares, com os quais estão relacionados
os processos de desenvolvimento natural. Os processos psicológicos superiores
se firmam a partir da participação dos sujeitos em atividades sociais
valendo-se de instrumentos de mediação.
O
ensino deve servir então como elemento inerente aos processos de
desenvolvimento da criança. E é durante tal desenvolvimento dessas relações
organizadas que evoluem as funções psíquicas superiores da criança.
A
partir da compreensão de que o bom ensino deve operar sobre as conquistas de
desenvolvimento ainda em aquisição e adquiridas com auxílio do outro, surge o
conceito de desenvolvido por Vygotski de Zona de Desenvolvimento Iminente (ZDI):
A distância entre o nível
evolutivo real determinado pela resolução independente do problema e o nível de
desenvolvimento potencial determinado pela resolução de um problema sob a
orientação de um adulto ou em colaboração com os colegas mais capazes.
(VYGOTSKY, 1998, p.86).
Este é
um dos conceitos centrais da teoria de Vygotski, é a chamada zona de
desenvolvimento iminente, que é a distância que existe entre o que a criança
sabe fazer sozinha e o que pode fazer com a ajuda do outro.
As atividades
quando inseridas dentro da Zona de Desenvolvimento Iminente (ZDI) permitem
trabalhar sobre as funções ainda em desenvolvimento, que não foram plenamente
consolidadas, criando uma estreita conexão entre aprendizagem e
desenvolvimento, contribuindo para a formulação de indicadores didáticos e
avaliativos para o desenvolvimento infantil, quando favorecido pela construção
de um cenário de aula que considere o contexto sócio-histórico dos alunos.
As
teorias de Vygotski se tornam fundamentais para a compreensão e o resgate do
valor e importância do jogo e do brinquedo. A contribuição principal de
Vygotski sobre o jogo ou o brinquedo, é a sua valorização, acrescida pela
estreita relação que este autor estabelece entre o jogo e a aprendizagem.
Uma
das situações que se apresentam como importantes para a análise do processo de
constituição do sujeito é a brincadeira infantil. Rompendo com a visão
tradicional de que a brincadeira é a atividade natural de satisfação de
instintos infantis, Vygotski apresenta o brincar como atividade em que tanto
significados sociais e historicamente produzidos são veiculados quanto novos
podem ali emergir. (ZANELLA e ANDRADA, 2002, P.128).
As
intenções e ações lúdicas no jogo possibilitam a criação da Zona de
Desenvolvimento Iminente (ZDI), promovendo a internalização do real e o
desenvolvimento cognitivo.
Logo,
o brincar da criança passa a ser uma transformação criadora, ela também tem a
possibilidade de criar, mesmo sob diferentes escalas, mas cria a partir do que
conhece e das oportunidades oferecidas, dentro de suas próprias necessidades e
preferências. Dentro do jogo resgata-se na criança sua posição de sujeito
histórico e social, pois ela cria, ela imagina, ela pode participar ativamente
do processo lúdico.
Portanto,
os jogos e brincadeiras possuem papel fundamental para a formação da
plasticidade cerebral através de processos criativos, que irão transformar
qualitativamente as funções cerebrais.
Considerações Finais
O
resgate dos elementos lúdicos através de atividades de jogos e de brincadeiras
é de fundamental importância para o desenvolvimento pleno das crianças. O
brincar é essencial para o desenvolvimento e para a vida da criança. A
sociabilidade e a aprendizagem realizada de forma coletiva permitem a criação
da Zona de Desenvolvimento Iminente (ZDI), onde os jogos e brincadeiras se
constituem em elementos fundamentais para este processo de ensino e
aprendizagem na infância. Portanto, mesmo em tempos de pandemia, sem as aulas
presenciais em escolas ou creches, é possível a promoção do desenvolvimento e
da aprendizagem infantil, onde o outro que brinca com a criança pode também ser
o pai, a mãe, irmãos, ou seja, todos os indivíduos do seu lar ou mesmo grupo
familiar. Vemos assim que as aulas presenciais nas escolas poderão ser
postergadas até que se garanta completa segurança para o retorno das crianças,
sendo substituídas por atividades lúdicas em casa e junto com os familiares. A
atual pressão obstinada pelo retorno imediato à aulas presenciais por
determinados grupos, visam apenas atender aos interesses de empresas da área
educacional e também de donos de escolas particulares que colocam os lucros
acima da vida dos alunos. Assistimos atualmente em pleno ápice da pandemia, a
tentativa insana da imposição de uma normalidade impossível, e o funcionamento
das escolas na forma presencial, assim como o retorno precoce das atividades esportivas,
visam apenas a criação deste falso normal para a manutenção e continuidade da
reprodução do capital, ao custo da saúde e da vida dos trabalhadores e dos filhos
dos trabalhadores, caracterizando assim um verdadeiro extermínio de classe.
Evidencia-se assim a urgência na superação deste atual modelo de mundo pautado
na exploração, na exclusão, no individualismo e na destruição da natureza.
Referências
VYGOTSKY,
L.S. A Formação Social da Mente: o
desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.
ZANELLA,
A.V.; ANDRADA, E.G.C. Processos de Significação no Brincar: Problematizando a
constituição do sujeito. Psicologia em
Estudo, Maringá, v.07, n.02, p.127-133, jul/dez. 2002.
Concordo plenamente com o texto. É inviável o comparecimento das crianças nesse momento nas escolas, elas irão correr grande risco, sem falar de seus familiares. E nesse momento que aos leitos de UTI estão atingindo o seu máximo, fica impossível o retorno dessas crianças.
ResponderExcluirFaz-se necessário as brincadeiras e até jogos em casa, e é possível sim. Pode ser até por meio das aulas de Educação Física. Eu mesma estou no Estágio 3, e estamos elaborando brincadeiras para os alunos da instituição Peter Pan, e todos com um intuito do aumento de habilidades motoras.
Parte também dos familiares, devem incentivar a criança na prática de brincadeiras.
Karollyne Plácido da Silva - 8º noturno
ExcluirSou de extrema concordância com o texto!
ResponderExcluirAs crianças precisam sim do lúdico, do contato, do brincar, do divertir e do brinquedo, mas nos enquanto responsáveis por estes pequenos não podemos deixar que estas vidas sejam postas em risco em nome de uma falsa normalidade e de uma manutenção do capital!
As crianças podem se desenvolver com atividades e brincadeiras propostas e feitas dentro no lar ou nas suas proximidades, com todos os cuidados necessários!
A escola é feita por meio da aglomeração e as crianças gostam de brincar juntas, aglomerado de verdade, mas além, gostam de trocar sandálias, dividir brinquedos e lanches, por mais que tentem, uma hora trocam as máscaras, dividem a comida é bebem o suco na mesma garrafa, pegam algo no chão e sem lavar as mãos continuam a fazer o que estavam fazendo.
Não é apenas o estar em ambientes com muitas pessoas, mas a forma como a criança se relaciona, a proximidade que elas dispõem umas com as outras. O brincar está no interagir, abraçar, pegar, rolar no chão, o brincar é o estar livre na ludicidade. A escola nesse atual momento não possibilita tal ação!
Marcia Gabriela Pereira De Melo 8° matutino
O texto trás contribuições significativas para compreendermos o contexto dos alunos durante a pandemia. Foi observado no texto a impossibilidade de aulas presenciais, o que afeta diretamente a interação do aluno com o conteúdo. De acordo com VYGOTSKY, as crianças aprendem a partir da ZDI (zona de desenvolvimento iminente), de modo que, por meio da interação e sociabilidade ocorre a troca de experiências, podendo ser elas: lúdicas ou educacionais. Nesse contexto, torna-se insustentável as aulas presenciais, e assim, afeta o desenvolvimento dos alunos.
ResponderExcluirDaniel Monteiro do C. Braga - 8° período (matutino)
É fato que o isolamento social trouxe diversas consequências e entre essas podemos destacar que afetou de forma drástica o desenvolvimento das crianças, sendo que esse foi um dos principais motivos para a reabertura de colégios.
ResponderExcluirMuito se preocupa com esse atraso que essas crianças estão sofrendo e se esquecem da realidade que estamos vivendo, desse vírus que assola o mundo, são consequências que podem ser irreversíveis.
Para fundamentar mais a importância do brincar, do jogo e do desenvolvimento infantil, o texto traz alguns conceitos de VIGOTSKI para especificar tal área, isso com o intuito de nós mostrar que mesmo com o isolamento social, é possível trabalhar e adaptar esses desenvolvimentos para incluir esses na vida de uma criança.
Raquel de Paula Vieira-8° Período matutino
Realmente é um período muito delicado, onde a ida das crianças as escolas fica sendo inviável. Porém é de extrema importância a participação dos pais nesse período. O desenvolvimento e a aprendizagem infantil, pode ser desenvolvida com a ajuda dos pais, e/ou responsáveis, trabalhando de forma lúdica e facilitando o aprendizado.
ResponderExcluirLarissa Oliveira
8°período noturno
Inevitável dizer o quanto o período pandêmico é complexo, o mesmo segue afetando a vida de milhões de brasileiros diariamente, não isentando as crianças dessa realidade. Neste momento de crise sanitária, em um país onde 1910 mortes aconteceram em 24 horas devido ao coronavírus não é normal se pensar que é prioridade retornar as crianças para as escolas. É legítimo que toda criança precisa de socializar, brincar e consequentemente experimentar o lúdico, mas isso não se restringe ao ambiente escolar, é possível que este trabalho seja feito dentro de casa (em segurança). Infelizmente, o ambiente escolar ainda apresenta grande risco no cenário atual, tanto para as crianças, quanto para seus familiares, além disso as mesmas não conseguem dimensionar tamanha gravidade do que vem acontecendo seguem sendo um grande vetor na transmissão do vírus.
ResponderExcluirAna Clara Melo Santos - 8° Período Noturno
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ResponderExcluirComo bem colocado ao longo do desenvolvimento do texto a alternativa menos prejudicial e mais apropriada nesse contexto de pandemia é que as crianças continuem estudando pelo ensino remoto a partir de atividades lúdicas. O universo infantil necessita o lúdico do brincar, pois como já evidenciou Vigotski por meio do brincar as crianças aprendem, avançam em seu desenvolvimento e são capazes de aprenderem coisas que vão além do nível de seu desenvolvimento. Portanto o brincar atua na zona de desenvolvimento iminente das crianças. O mais profícuo para esse momento seria propor atividades lúdicas, porém, em decorrência do legado do ensino tradicional e da falta de conhecimento, quando se propõem atividades lúdicas os pais não querem fazer, acham perda de tempo. Digo isso por experiência própria como monitor de CMEI, infelizmente quase sempre que as professoras propõem atividades lúdicas os pais as relegam e repudiam.
ResponderExcluirSilas Alberto Garcia - 8° período matutino
Sabemos que a qualidade das aulas remotas não são as mesmas que de uma aula presencial. E que as crianças estão sofrendo com a desigualdade educacional e com o isolamento social, sendo que muitas dessas crianças não possuem se quer espaços em suas casas para brincarem. No entanto, sabemos que tal medida no atual momento é necessário pois maior serão os danos se as crianças retornarem para as escolas nesse atual momento. Sabemos que as interações sociais entre as crianças são fundamentais para o seu desenvolvimento e que a brincadeira atua como um importante instrumento para o desenvolvimento da criança, mas como o texto nos deixa claro, nesse momento as crianças devem ser estimuladas em casa ao invés de irem para as escolas pois nas escolas a uma grande chance das crianças se contaminarem e provocarem danos em sua saúde irreversíveis.
ResponderExcluirRaynara Rodrigues
8° Período Noturno
O texto traz uma discussão muito importante que deveria ser feita com os pais que tem filhos retornando para a sala de aula presencial. Acredito que este não é o momento mais adequado, considerando que as crianças não possuem consciência do perigo no qual vivemos dentro dessa pandemia sem previsão de final. A presença dos pais são indispensaveis para que as crianças não regressem os aprendizados, a educação está a mercê da família, como antigamente para aqueles que moravam nos interiores.
ResponderExcluirThalyta Colangelo
8° período matutino
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ResponderExcluirEsse cenário atual em que o Brasil está passando, com o número de mortes e infectados só aumentando diariamente, já tinha sido previsto por especialistas e infectologistas caso houvesse flexibilização da quarentena. A retomada das aulas, a reabertura de inúmeros setores da economia, a falta de higiene, a postura da sociedade e a falta de cuidados pessoais contribuíram para uma segunda onda de infecção e infectados bem mais agressiva do que na primeira onda, com o surgimento de novas variantes da covid-19 e também com o número crescente de infectados, abrangendo todas as faixas etárias, inclusive jovens e crianças. Há também uma grande pressão das escolas e escolinhas de esportes, principalmente as particulares, para a reabertura, pensando apenas em lucro e ignorando a vida. Tem também pais que estão loucos para esse retorno, pois sou testemunhas de frases como: "não aguento mais essas crianças" ou "meu filho vai ficar para trás no aprendizado, etc,"! Estamos numa sociedade em que tempo é dinheiro e que até aos cinco anos a criança precisa está alfabetizada, falar inglês, ser o melhor no futebol, etc. A criança da sociedade contemporânea não tem tempo para jogos e brincadeiras, inclusive conheço inúmeras delas que têm tarefas escolares o dia todo. As brincadeiras e momentos de interação com os pais são tão importantes e necessárias para a vida quanto o próprio conhecimento em si. Momentos de brincadeiras e interação com os pais são atualmente tão escassos na vida da criança, independente de pandemia ou não. Como citado no texto, a brincadeira infantil, o jogo e/ou a partir do que é apresentado para a criança, a criança cria, configura, modifica, associa, tudo com muita agilidade e criatividade, o que significa que há um desenvolvimento motor, cognitivo e sócio afetivo. E a relação entre o que a criança faz sozinha e o que faz com a supervisão de um adulto vai depender do que é oferecido, das oportunidades oferecidas. E hoje temos muito mais acesso ao conhecimento, às opções de brincadeiras e jogos, o que contribui para oferecer ao seu filho a melhor maneira e as diferentes possibilidades de desenvolvimento.
ResponderExcluirNão tem como discordar do texto. A pandemia foi um grande baque para todos, atingiu muitos de formas negativas, não estávamos e nunca fomos preparados para esse tipo ou qualquer outro tipo de doença. O foco do mundo e principalmente do Brasil sempre foi o dinheiro á cima de tudo e de todos, essa é a nossa educação, essa é a base que a educação foi desenvolvida. O egoísmo sempre foi cultuado em nós e isso sempre trouxe consequencias sociais. A pandemia não é e nem vai ser a única responsável por má desenvolvimento cognitivo nas crianças, isso sempre vai acontecer pela má qualificação de um professor, ou pela má estruturação de um PPP, ou por desinteresses econômicos ou pessoais. A questão agora é pensar como fazer com que essas crianças se desenvolvam de forma correta, válida e educativa para os pais e para as crianças. Como fazer os pais entenderem a importância das atividades lúdicas e de sua participação nessas atividades, para um obter um desenvolvimento cognitivo melhor dos seus filhos nesse momento tão delicado.
ResponderExcluirAdrielle Catarine - 8° P - Mat
O texto relata de forma muito importante o drama vivido por pais, educadores e crianças durante este longo período de pandemia, os adultos saem pra trabalhar, pra ir ao supermercado, mas as crianças em sua grande maioria amargaram um longo e prejudicial isolamento social, foram privadas das brincadeiras e companhia dos amigos, primos e familiares, além de serem muitas vezes privados do ensino. Devemos entender que é uma situação ímpar e que quase todas as perdas são passíveis de restauração, menos a perda de uma vida..
ResponderExcluirRegiane Poleto - 8° Período matutino
Antes as crianças iam para a escola e lá brincavam e tinham um relacionamento social com os colegas de turma. Mas neste período de onde a pandemia tomou conta de tudo, é importante que as crianças continuem em casa, pois não é o momento de voltar as aulas, pois o vírus está fora do controle. O ideal é que seja desenvolvido atividades e brincadeiras para que as crianças possam fazer em casa, brincadeiras que envolvam movimento corporal e que principalmente ocupem parte do seu tempo . As crianças precisam desse momento de diversão, faz parte do seu desenvolvimento.
ResponderExcluirThays Kellen Rodrigues de Souza - 8P Matutino
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ExcluirAs crianças são a parte mais vulneráveis, estão pagando o preço da aula online, mas os estudantes da escola pública são os mais prejudicados, sem instrumentos e muito menos internet para acompanhar as aulas, sem falar na parte da merenda. Com as crianças em casa fazendo todas as refeições o custo aumenta, nem todos os pais estão conseguindo suprir no financeiro.
ResponderExcluirMaíra Cirqueira 5 periodo
Agora estamos vivenciando a segunda onda,infelizmente não temos condições agora do retornos as aulas presencial,infelizmente as instituições não tem estrutura pra investir em medidas preventivas,além dos cuidados com o distanciamento social, higiene constante das mãos e uso de máscara para minimizar o risco de transmissão do novo coronavírus, é preciso também ter um cuidado especial com a parte emocional de cada estudante, já que muitos voltam desmotivados.Para manter a motivação em casa, os pais devem continuar prestando suporte, observando se estão atentos às aulas, elogiando a cada aprendizado novo.
ResponderExcluirAmanda Garcia Rodrigues de Souza
8 período
É importante entendemos o momento que passamos, nos seguintes criterios: Leitos de UTI, momento eoconimico, e uma crise politica.
ResponderExcluirA partir disso encontramos grupos que sofrem mais com essa pandia, dentre esse grupo encontramos as crianças, que em sua maioria nao entende o que está acontecendo visto que falta conheicimento previo sobre o que seria a pandemia.
Falando isso temos a pressão para a volta as aulas demonstra uma irresponsabilidade, já que querendo ou não, as crianças nao entendem a risca a importancia da utilização de mascara, sem falar do numero crescente de pessoas que são assintomaticas.
Apontado tudo isso ficaria inviavel a volta dos mesmos para a aula presencial, já que o objetivo é a diminuição dos casos, não o aumento.
O titulo do texto já faz jus para o momento que estamos vivendo. Como sabemos e os apontamentos do texto mostram, o aprender precisa da convivência escolar para atingir diversos âmbitos, porém esse processo tem que ser repensado quando o assunto é uma pandemia que está matando milhares por dia e principalmente quando está escancarado os interesses pessoais e financeiros dentro de tudo isso.
ResponderExcluirEstamos vendo nos noticiários dizendo que empresários estão entrando com pedidos judiciais pra que volte as escolas com as "restrições", mas será porque? Com certeza é para manter seus capitais enquanto a saúde dos envolvidos está em jogo. Se com as "medidas" já tomadas até o momento não adiantaram, porque ainda insistem em achar que nesse momento lugar da criança é na escola? ainda mais crianças, que estão tão propícias ao contato e aglomeração.
Wesley Ferreira de Almeida Carvalho - 8 período