quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Quando não se deve iniciar as aulas presenciais durante a pandemia?

 



(Escrito por Renato Coelho)

No atual momento da pandemia no Brasil, com mais de 220 mil mortes (fevereiro de 2021), e quando a pandemia ainda se encontra totalmente fora de controle, um tema vem novamente ao debate: o retorno das aulas presenciais nas escolas do país. Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), são cerca de 44 milhões de estudantes fora das escolas somente no Brasil (OPAS, 2020). Ainda segundo dados da UNICEF são inúmeros os problemas mentais e psicológicos que podem afetar as crianças devido ao tempo prolongado de fechamento das escolas:


O fechamento das escolas tem impactos profundos na vida de crianças e adolescentes. Com o início da pandemia no Brasil, em março, estima-se que 44 milhões de estudantes ficaram longe das salas de aula. Tendo em vista as diferentes realidades brasileiras, as opções de atividades para a continuidade das aprendizagens em casa não estão se dando de forma igual para todos. Manter as escolas fechadas por muito tempo pode agravar ainda mais as desigualdades de aprendizagem no país, impactando em especial meninas e meninos em situação de vulnerabilidade (Bauer, F. apud OPAS (2020))

 

Sabe-se, no entanto, que a retomada das aulas presenciais, sejam em escolas, creches ou universidades depende exclusivamente do controle da pandemia no país, a fim de garantir a segurança do convívio entre alunos, professores e todos os familiares envolvidos. São evidentes os vários problemas psicológicos, emocionais e que também afetam o desenvolvimento das crianças e jovens pelo fato das escolas ainda estarem fechadas, porém, uma atitude irresponsável e insana seria autorizar o reinício das atividades presenciais em escolas no ápice de uma segunda onda da covid-19 no Brasil e agravado por uma nova mutação do vírus Sars-Cov-2 (B.1) encontrada primeiramente em Manaus, mas que já possui transmissão comunitária em praticamente todo o território nacional, cuja transmissibilidade é cerca de dez (10) vezes maior e as infecções produzidas mais graves do que as experimentadas pelas cepas de 2020.

É importante destacarmos, que antes mesmo de se iniciar a  discussão sobre o retorno das aulas presenciais no Brasil, se torna ainda mais urgente e imprescindível  para toda a sociedade, o debate pleno e aberto sobre a realidade do (des)controle da pandemia em todas as regiões do país, ou seja, o debate sobre a existência das políticas públicas de testagem em massa, sobre a eficácia e gestão do sistema nacional de vacinação, também sobre a importância da continuidade do auxílio emergencial, a distribuição de oxigênio medicinal nos hospitais, o aumento dos leitos de UTI, o aperfeiçoamento das políticas de isolamento social e de uma maior distribuição de renda durante a pandemia. Para o retorno das aulas presenciais é necessário antes o controle eficaz da pandemia, saber onde está o vírus dentro de cada região e cidades do território nacional, possuir mecanismos para mitigar surtos e novos contágios, estratégias de realização de testagem em massa e a universalização do atendimento hospitalar aos infectados. Porém, não é o que se observa atualmente no país, ao contrário, observamos uma obsessão pelo retorno imediato das aulas presenciais nas escolas brasileiras e pelas flexibilizações das regras de isolamento social, pressão essa reproduzida pelos secretários municipais e estaduais de educação, e cuja origem reside nos interesses comerciais e financeiros dos grandes proprietários de escolas privadas, que tiveram seus lucros subtraídos com a  pandemia e que agora pressionam os gestores públicos para a reabertura de todas as escolas, públicas e privadas ao mesmo tempo, independente dos estudos dos índices de transmissão do vírus sars-Cov-2 nas cidades, demonstrando assim, que a pandemia no Brasil (e no mundo todo) se transformou num verdadeiro extermínio de classe, onde os impactos e mortes atingem de forma desproporcional e seletiva as classes mais pobres que não possuem acesso a assistência médico hospitalar de qualidade.

É notória a importância das escolas no desenvolvimento e na aprendizagem de crianças, jovens e adolescentes. As atividades coletivas, as tarefas em grupo e as aglomerações infantis potencializam o desenvolvimento das chamadas funções psicológicas superiores nas crianças, como a memória, o raciocínio, a linguagem e a escrita. Porém, com o início da pandemia do novo coronavírus, a partir do primeiro semestre de 2020, as aulas presenciais em escolas e universidades em todo o país foram suspensas como medida de mitigação de novos contágios pelo vírus Sars-Cov-2. As aglomerações humanas são as principais causas de contágios da covid-19, e as escolas e as universidades possuem uma dinâmica pedagógica e também uma arquitetura própria que tem como objetivo promover e incentivar as aglomerações, já que as atividades em grupo são facilitadores da aprendizagem. A começar pela arquitetura das salas de aula com dezenas de carteiras organizadas em filas paralelas ou em círculos, a organização do pátio e as atividades do recreio são planejadas em função das interações e aglomerações das crianças, a fim de permitir maior interação e sociabilidade. Podemos ainda citar os restaurantes e os banheiros coletivos de escolas que também possuem uma arquitetura que favorece as interações humanas. Entretanto, devido à voraz dinâmica de contágios do vírus Sars-Cov-2, mesmo com o início da Campanha Nacional de Imunização (vacinação) no Brasil, mudanças estruturais profundas deverão ser realizadas dentro da educação escolar em todos os níveis e também na educação superior para a mitigação de novos contágios de Covid-19 e de suas variantes futuras. As mudanças necessárias serão não apenas referentes ao número de alunos por sala, mas também com mudanças estruturais que vão desde a arquitetura das escolas, na dinâmica de horários de funcionamento das aulas, na contratação de novos professores (concursos públicos), maiores investimentos na infraestrutura das escolas como acesso à internet, saneamento, ampliação de salas e na construção de banheiros, quadras, jardins e maiores áreas de lazer e de recreação.

Segundo Tokarnia (2020), em relação às condições atuais das escolas no Brasil em tempos de pandemia, apenas 46,7% possuem saneamento básico, ou seja, mais da metade das escolas do país não possui tratamento de esgoto, água encanada ou coleta de resíduos sólidos. Dentro desta pesquisa apenas 30% das escolas públicas e privadas no Brasil possuem áreas verdes, quadras e áreas de lazer.

Quando se fala sobre o quesito infraestrutura escolar, segundo o Censo Escolar 2017, nas escolas de ensino fundamental no Brasil apenas 65,8% das escolas públicas possuem água encanada (água potável), 46,8% possuem laboratório de informática, 65,6% têm acesso à internet e nas escolas de educação infantil apenas 61,1% possuem banheiro adequado à sua faixa etária. No que se refere às creches, apenas 57,6% possuem parque infantil e para a pré-escola essa porcentagem cai para 42,7%, e menos de 30% das creches e das pré-escolas possuem áreas verdes (MARTINS, 2018).

Essa realidade escolar brasileira é um entrave para a reabertura das escolas e para a flexibilização das atividades de aulas presenciais. Considerando tal contexto em que se insere a maioria das escolas no país, com destaque para a total falta de infraestrutura dos espaços escolares, haverá uma potencialização de novos contágios e de óbitos na reabertura de escolas, creches e universidades durante o período atual de crescimento da segunda onda no país, com altos índices de transmissão do vírus (Rt>1), provocando um aumento expressivo de contaminações e mortes por covid-19 entre os escolares e os seus familiares, agravando mais a espantosa realidade dos números da pandemia no Brasil.


Por que não se deve iniciar as aulas presenciais atualmente no Brasil?

Segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC - https://www.cdc.gov/) sediado nos EUA, a retomada das atividades escolares na forma presencial somente deve ser recomendada quando o índice de transmissão do novo coronavírus estiver abaixo de 50 casos positivos novos (por dia) para cada um milhão de habitantes, pois essa taxa significa que o risco de transmissão do vírus seria baixo para um ambiente escolar e demonstrando também que a pandemia estaria realmente sob controle numa dada região que apresente estes números. Além disso, para a reabertura das escolas de forma segura, seria também necessário um decréscimo contínuo de no mínimo 4 semanas consecutivas nos índices de contágios e de óbitos numa determinada localidade ou município. Os leitos hospitalares de UTI´s para covid-19 também devem possuir um percentual baixo de ocupação (abaixo de 70%). Vemos assim que nenhuma cidade ou estado do Brasil se enquadraria nestes critérios mínimos de segurança para reabertura de escolas. Soma-se a esses dados da pandemia o alto estágio de precarização e de sucateamento em que se encontram atualmente as escolas e universidades públicas do país, que não possuem condições mínimas em promover a higiene e distanciamento dos alunos para prevenção de novos contágios. Portanto, o forte apelo para o retorno imediato das aulas deveria ser substituído pelo debate sobre maiores investimentos nas escolas, ampliação do número de salas de aulas, saneamento e instalação de água potável nas escolas, ampliação da oferta de internet gratuita aos estudantes, realização de novos concursos públicos para docentes e o fornecimento de auxílio financeiro às famílias dos estudantes de escolas públicas durante o período da pandemia.

 

Por que não se recomenda o retorno das aulas presenciais hoje?

No mundo moderno, as escolas são ambientes complexos e locais de aglomerações de pessoas. São espaços singulares e cuja dinâmica espacial e temporal segue uma lógica fordista de funcionamento, com crianças em filas, carteiras enfileiradas, corredores e salas dispostos também de forma linear imitando um ambiente de produção fabril. O advento da pandemia do vírus Sars-Cov-2 colocou em xeque a retomada das aulas presenciais nas escolas e obrigou a continuidade das mesmas no chamado Ensino à Distância (EaD), com a  exclusão e as limitações das aulas virtuais.

Segundo uma recente pesquisa realizada pela Universidade de Granada (UGR) na Espanha sobre a retomada das aulas presenciais naquele país nos trazem números e fatos importantes sobre as relações entre a dinâmica de interações das escolas e o comportamento do vírus Sars-Cov-2 (ARROYO, 2020).

Segundo os pesquisadores da Universidade de Granada, considerando a realidade espanhola, de uma sala de aula com vinte (20) crianças, sendo que a família destas crianças escolares é constituída pelo pai, mãe com um (1) ou dois (2) filhos (nesta simulação do cálculo considera-se que metade dos alunos tenham um irmão que também estuda na mesma escola e a outra metade é composta por crianças consideradas “filho único”). Ao se considerar todos os contatos realizados por uma única criança, apenas no seu primeiro dia de aula, e sem considerar os contatos externos à escola (rua, mercado, ônibus, etc.) será contabilizado 74 contatos com outras pessoas da escola, ou seja, cada criança da escola será exposta a outras 74 pessoas no seu primeiro dia de aula, considerado apenas os contatos exclusivos com sujeitos da sala de aula e da família (ver Figura 01 abaixo).



Figura 01 – Esquema do número total de contatos entre alunos de uma mesma escola.



Para o segundo dia de aula, desconsiderando as regras de distanciamento social, os contatos sobem para 808 interações para cada aluno da classe. Já para o terceiro dia as interações serão de 15.000 para cada aluno. Os números comprovam o grande risco de uma criança da sala estiver infectada com a Covid-19, elevando o grau de contaminação para toda a escola. A partir daí, pode-se ter uma noção dos riscos em se abrir as escolas em período de pandemia, pois é colocado em risco nesta situação, não somente a saúde mental das crianças ou o seu futuro desenvolvimento, mas acima de tudo a própria vida da criança é colocada em risco, principalmente em um retorno às aulas presenciais num momento de alta de casos e de contágios, e ainda com um retorno de forma pragmática e sem planejamento como estamos presenciando. 


Tabela 01 – Número de interações entre alunos durante os primeiros dias de aulas presenciais na escola

Imaginemos então como se daria a replicação destes contatos diários nas escolas brasileiras, onde a massificação de turmas, com médias superiores a 40 alunos por sala, a falta de professores concursados, salas pequenas e com pouca ventilação, banheiros inadequados e sem água potável em muitas escolas do país. Obviamente que as escolas se tornariam assim espaços ou eventos denominados de super-espalhadores, com potencial aumento de surtos e de contágios pelo novo coronavírus entre a sociedade.

Mesmo havendo o uso de máscaras e com as regras de distanciamento social dentro das escolas, não é recomendado o retorno das aulas presenciais quando houver alta de contágios numa cidade, região ou país (Rt>1), pois todos os protocolos de biossegurança neste contexto podem ser ineficazes. Quando se vivencia um momento de alta de contágios e de óbitos, não há outra alternativa, a não ser o isolamento social e a suspensão completa das aulas presenciais. A sugestão é priorizar a vida dos escolares e não as aulas em si, pois o retorno seguro das aulas presenciais no Brasil se dará somente após a efetivação da Campanha Nacional de Imunização (vacinação), já que não temos políticas públicas de mitigação de contágios como testagem em massa, rastreamento de novos conatos, ampliação de leitos de UTI’s e de atendimento médico hospitalar de qualidade para toda a população.

Bibliografia Consultada

ARROYO, J. Colocar 20 crianças numa sala de aula implica em 808 contatos cruzados em dois dias, alerta universidade. Jornal EL PAÍS, jun. 2020.  Disponível em: < https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-06-17/colocar-20-criancas-numa-sala-de-aula-implica-em-808-contatos-cruzados-em-dois-dias-alerta-universidade.html>. Acesso em:03/02/21.

MARTINS, H. Censo aponta que escolas públicas ainda têm deficiências de infraestrutura. Agência Brasil EBC, 2018. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-01/censo-aponta-que-escolas-publicas-ainda-tem-deficiencias-de-infraestrutura>. Acesso em: 03/02/21.

OBSERVATÓRIO COVID-19 BR. Experiência internacional na reabertura de escolas e situação no Brasil: porque não podemos fazer comparações diretas.Set, 2020. Disponível em: < https://covid19br.github.io/analises.html?aba=aba12#>. Acesso em: 03/02/21.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Reabertura segura das escolas deve ser prioridade, alertam UNICEF, UNESCO e OPAS/OMS. Set, 2020. Disponível em: < https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6283:reabertura-segura-das-escolas-deve-ser-prioridade-alertam-unicef-unesco-e-opas-oms&Itemid=812>. Acesso em: 03/02/21

TOKARNIA, M. Quase metade das escolas não tem todos os itens de saneamento básico. Agência Brasil EBC, 2020. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-06/quase-metade-das-escolas-nao-tem-todos-os-itens-de-saneamento-basico>. Acesso em: 03/02/21.

 

 



29 comentários:

  1. Apesar de fatores concretos de que a volta ás aulas é um perigo desnecessário de correr neste momento, várias escolas de ensino fundamental já retornaram em várias partes do Brasil. Sinceramente como futura professora, fico indignada com a má programação quando o valor monetário é mais valioso que uma vida. Devemos considerar que muitas crianças moram com os avós e tem idosos na mesma casa, o que não pode ser letal para a criança é mortal para quem a acompanha. Enquanto não houver organização para a vacinação sair e ser acessível a todos, independente de idade ou cargo profissional, a vida não pode retornar a ser a mesma. E vale ressaltar que, as crianças não possuem compreensão de que o uso da máscara é além de obrigatorio, mas também importante para proteger a saúde dela e da família. Um mundo com mais empatia, já estaria finalizando os casos de Covid em seu país, cidade, estado.

    Thalyta Colangelo - 8° período matutino

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  2. Já foi comprovado o grande risco que se tem o retorno das aulas presenciais neste momento, e mesmo assim ignorando todos esses fatores, várias escolas do país retornaram as suas atividades. Quando se trata das crianças o risco é ainda maior, levando em consideração que as mesmas estão na frente da linha de transmissão, já que os sintomas não são os mesmos que comumente os adultos sentem, fora isso, ainda não conseguem identificar a importância do uso da máscara. Com isso, o risco ainda fica mais evidente, não só para as crianças, mas para a família das mesmas. Acredito que, enquanto não houver um plano eficaz para a vacinação de todos, e o controle de transmissão da covid-19, é necessário mantermos os costumes indicados para nos mantermos em segurança, voltar a vida de antes da pandemia agora, não é prioridade.

    Ana Clara Melo Santos - 8° Período Noturno

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  3. Em pleno cenário da segunda onda de contaminação e do surgimento de uma nova cepa da Covid-19 notamos a enorme pressão social para o retorno das aulas presenciais. Acreditam que só porque o vírus na afeta muito as crianças e os jovens não há riscos, mas esquecem que eles possuem familiares que podem ser do grupo de risco e que indo a escola as/os crianças/jovens poderão se contamminar e levar o vírus para seus familares. Também esquecem da realidade precária das escolas públicas e que muitos estudantes precisam andar de transporte público para chegarem à escola, o que aumenta ainda mais os riscos de contaminação e transmissão do vírus. Além disso, as escolas possuem vários funcionários do grupo de risco e ao voltarem ao trabalhona escola ficariam totalmente expostos ao vírus. Exemplo disso foram algumas escolas particulares que tentarem voltar o ensino presencial, mas tiveram que fecharem novamente por causa de um surto de casos da Covid-19.
    Ademais, embora pressionem o retorno das aulas presenciais, os profisisonais da educação só poderão ser vacinados na quarta fase de vacinaçã. Enquanto isso, ficariam expostos ao enorme risco de contaminação. Em vez de governantes pressionarem o retorno de aulas presenciais, eles deveriam se preocuparem em desenvolver políticas públicas para ajudar e assitir os alunos das camadas populares que possuem maiores dificuldades com o ensino a distância. Essa seria uma medida bem mais eficaz e bem menos arriscada no cenário em que vivemos. No entanto sabemos que eles não estão preocupados com isso, só pensam em seus interesses mercadológicos e econômicos.

    Silas Alberto Garcia - 8° período matutino

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  4. Vemos que ainda não estamos livres desta pandemia, pelo contrário a segunda onda chegou aí. E muitas escolas já retornaram seu ensino presencial, mesmo com alunos reduzido e tomando os cuidados necessários, sabem que não é aconselhado. A maioria são crianças e adolescentes, onde muitas das vezes são consideradas mais "fortes" e não são dos grupos de risco, porém esquecem que são pessoas que podem ter contato ou até mesmo morar com alguém que seja. Enquanto todos não forem imunizados, e não tivermos um grande controle desta doença, é de extrema importância tomar todos os cuidados cabíveis.

    Larissa Oliveira
    8° período noturno

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  5. Com a pandemia e suas milhões de mortes foram tomadas medidas de segurança e entre essas o fechamento de creches, escolas, clubes e todos ambientes que pudesse surgir aglomerações. Neste contexto, hoje fevereiro de 2021 várias escolas já retomaram as aulas presenciais, tal medida que é de bastante irresponsabilidade de várias categorias, sejam dos pais que mandam seus filhos para escola, ou seja, do governo que autoriza a reabertura desses ambientes.
    Estamos convivendo com a mutação deste vírus Sars-Covid-2, com isso o isolamento social é necessário, convivemos diariamente com mortes por falta de oxigênio e leitos de UTIs e a principal preocupação no momento é voltar ao "novo normal".

    Raquel de Paula Vieira
    8° Periodo Matutino
    Educação Física

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  6. A crítica que o texto traz logo no título é de relevância afirmada. Nós estamos em um momento crítico e cogitar a volta às aula presenciais é de uma irresponsabilidade tamanha, na qual coloca -se em risco a vida muitas pessoas.
    É sempre trazido neste blog a questão da biossegurança que não é suficiente para que assegure o retorno de aulas no modelo presencial. A pandemia, pode-se dizer, está fora de controle e permitir tal feito é atestar uma imensurável tragédia.

    Márcia Gabriela 8o período de Educação Física

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  7. Estudos realizados no início da pandemia comprovaram que o isolamento acima de 60 dias poderia comprometer a saúde física e psicológica do ser humano, e que em crianças e adolescentes o isolamento poderia ser ainda mais significativo. Mas, acredito que o retorno das aulas presenciais comprovadamente não é a solução, pelo contrário, é o extermínio em massa de milhões de brasileiros, uma vez que a pandemia no Brasil está sem controle. Há mais de 20 dias que o número de mortes está acima de mil pessoas. Com o retorno das aulas presenciais com certeza esse número será bem maior, como comprova o estudo acima. Em tese, porque, as escolas estaduais, municipais e as universidades públicas do nosso país não tem nem mesmo papel higiênico, sabonete e muitas vezes falta até água. Na escola municipal que fiz estágio só funcionava um sanitário, os outros estavam entupidos; somente uma torneira funcionava e não tinha sabonete, nem papel higiênico. Então a maioria das crianças quando utilizava o sanitário, logo após, saia correndo para brincar sem lavar as mãos. Essa é uma realidade que presenciei com tristeza, pois a vinte anos atrás não era diferente. E acredito que essa é uma realidade das nossas escolas públicas. Uma outra questão é se cada criança ou adolescente vai ficar no seu quadrado, manter distanciamento ou usar a máscara o tempo todo. Têm uma grande pressão das escolas particulares para o retorno das aulas e muitas até já retornaram em Brasília, mas acredito que estão pensando apenas no lucro e não no valor da vida de cada ser humano. Acredito que os pais tem direito de escolha, então cabe a cada um fazer sua escolha, mas que seja uma escolha com responsabilidade e pensando no coletivo. E espero que façam a escolha certa para que não haja arrependimentos futuros.
    Nelcivania P. da Silva - 8º período - matutino

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  8. incrível como no Brasil não se faz nada direito nessa época de pandemia. não tem planejamento em nenhuma etapa. as voltas as aulas devia ser após o controle dos números de mortes e um número expressivo de vacinados, mas fica claro que o dinheiro fala mais alto e o setor privado que tida as ordens.

    Renato Duarte
    8 periodo noturno

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  9. Eduardo Naves Ramos Mota, 8º Período Matutino diz: O processo de adaptação a novos mecanismo de ensino estão tronando-se cada vez mais distantes de uma realidade de ensino como a utilizada convencionalmente. Tal adaptação ao processo de ensino, conflita os indivíduos a mudanças bruscas de realidade, o que levam os mesmo a se revoltarem e pressionarem as instituições de ensino, como as mesmas estão a mercê dos seus clientes, por questão de sobrevivência e de aumento do número de desempregos, as mesmas são coagidas a abrirem suas escolas para atender a sua clientela, apesar de histórico de contaminação do período atual. Não julgo os mesmos, apesar de sabermos que estamos em situações críticas.

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  10. O autor relata uma situação extremamente polemica para o atual momento, estamos vivendo com toda certeza a pior fase de contagio e infecção pelo corona vírus no Brasil e em Goiás, UTIs lotadas, e o povo na rua, não pode escola, mas pode onibus lotado?, não pode escola, mas pode festas para centenas de pessoas? Que país é este? temos que encarar a realidade possível, estamos falando de uma pandemia que pode levar uma década para se ter controle total da situação, e simmm, o isolamento social até o momento é o unico meio seguro e eficaz para o controle deste contagio e redução das mortes, mas infelizmente vivemos em um país de desigualdades onde nem todo mundo tem a mesma condição de acesso a boas escolas, a bons computadores, a bons pacotes de internet que possibilitem que essas pseudo aulas remotas tenham a qualidade esperada. E a saúde fisica e mental de milhares de crianças confinadas, isto não importa? Estudos afirmam que o confinamento aumentou os indices de depressão, estresse, ansiedade e obesidade, entre outros problemas relacionadas à falta do convivio social. São tempos difícies, e todas as decisões também são. Regiane Poleto - 8° período EF - UEG.

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  11. Hugo de Abreu Araujo - 8º período matutino.
    Nota-se que a atual circunstancia na qual encontramos, sem duvidas aparenta o pior momento do estado de Goiás, o autor relata justamente essa questão na qual as festas são disponíveis e as redes de ensino não são, isso é uma falta de responsabilidade e conscientização do Estado. Não é de hoje que sabemos que a desigualdade no Brasil é em grande escala, pois ninguém tem as mesmas condições.
    Diante disso, concluímos que o autor traz justamente essa discussão sobre isolamento, desigualdade e problemas de saúde, pois o índice de problemas psicológicos estão aumentando nos últimos meses por conta desse nosso inimigo invisível.

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  12. Com a ascensão da pandemia, é notório que estamos longe de acabar com esse pesadelo.
    Infelizmente estamos em constante contato com este vírus, e o isolamento social ainda é uma das alternativas eficaz para o controle desta pandemia até que estejamos todos vacinados.

    Nátally Cristiny Rodrigues Tolêdo

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  13. Com toda a falta de decisões políticas eficazes em todos os nível de Governo (Federal, Estadual e Municipal), o Brasil se vê diante de uma segunda onda de Covid-19 (ou seria continuidade da primeira?), na qual o aumento de número de casos e o aumento da transmissibilidade do vírus é alarmante. Diante disso, a discussão sobre a volta às aulas presenciais deveria ser pensada e repensada. De fato, não há segurança para a vida dos trabalhadores da Educação, para as crianças e suas famílias, porque não há controle suficiente que os proteja.
    Mesmo com todas as medidas protetivas e protocolos de biossegurança que as escolas se propõem a adotar, o descontrole da pandemia em território nacional, é indiscutível. A nova cepa brasileira, que em outros países é vista com preocupação, aqui no Brasil essa preocupação fica retida em debates acadêmicos/científicos. Por isso, voltar as aulas presenciais de maneira expressiva, representa um grande risco a um país que já está experimentando o caos do descaso.
    A vacinação em massa ainda é nosso horizonte, distante, a utopia que devemos buscar, que devemos reivindicar, muito embora muitos de nós estejamos anestesiados e nos sentido de mãos atadas quanto a isso. No entanto, é preciso que sejamos capazes de cobrar das autoridades a real segurança para que voltemos aos ambientes escolares, visto que os prejuízos para a educação brasileira, para a maior parte dos alunos do país, já são incalculáveis. Como exemplo disso vimos o que aconteceu no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, que bateu recordes de abstenção.
    Dito isto e considerando todos os dados e reflexões propostas pelo texto acima, fica a pergunta, quando poderemos defender a volta às aulas presenciais, se ainda não conseguimos nos defender de maneira eficaz desse vírus que ronda nossa existência e que se materializa a cada nova morte, a cada nova infecção?

    Aryanna Barbosa de Carvalho

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  14. O texto apresenta a realidade que estamos vivendo no ano de 2021, onde existe uma pressão para a volta normal de todas as atividades, dentre elas o retorno a sala de aula. Realidade que nos goianos entendemos que seria uma péssima escolha, entretanto vemos bares boates pubs e hokas abertos normalmente, como se o vírus já estivesse controlado.
    A realidade que vivemos hoje é que, todas as coisas estão funcionando quase que normalmente, tirando os órgãos públicos que seguem os decretos locais, os demais estabelecimentos insistem em abrir gerando um descontrole no quesito foco ou local de transmissão do vírus SARS-19.
    O testo deixa claro que um aluno contaminado é capaz de infectar uma quantidade surreal de pessoas, é que esse deveria ser um motivo para a não abertura das escolas mas esse dado científico é ignorado pela maioria das pessoas que insistem em não entender que são estudos realizados não “achismo”

    Murilo Santos 8º período noturno

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  15. Neste cenário da segunda onda de contaminação, enfrentamos diariamente grande pressão psicológica. Quase tudo havia voltado ao normal, achávamos que a situação estava sob controle, mas estávamos enganados, a segunda onda veio, e veio com tudo. Governantes estão preocupados coma volta as aulas presenciais, e algumas escolas retornaram, mesmo as organizações de saúde não recomendando. Neste caso esquecem que na maioria dos casos, as crianças adquirem o vírus e transmitem para pessoas de sua família, por na maioria dos casos serem assintomáticos. Os casos aumentaram muito, os leitos de UTIs estão lotados, sem nenhuma vaga. E é diante a esta situação que me pergunto, ate onde vai a ignorância do ser humano? Devemos antes de qualquer coisa, priorizar nossa saúde e de nossa família, infelizmente nós estudantes, estamos com um prejuízo perante as aulas remotas, pois não é a mesma coisa. Porém, o momento é delicado, não devemos priorizar certas coisas, e sim abrir mão de outras, para que no final possamos sair dessa crise, ilesos e com nossa família bem, para que assim possamos correr atrás dos “prejuízos”.

    Aluna: Amanda dos Santos Costa

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  16. Agora estamos vivendo uma segunda onda de contágios da COVID-19, e as escolas não tem condições de retornarem com as aulas presenciais. Pois as mesmas não possuem estrutura para o retorno das aulas. Além das escolas provocarem aglomerações e por mais que se tente evitar os contatos entre os alunos isso acabará sendo inevitável, ainda mais entre as crianças, outra questão importante de se abordar seria os riscos que os deslocamentos para a escola poderiam proporcionar, pois muitos usam o transporte público, e este mesmo sem as aulas acontecendo continuam superlotados, imagina ainda com uma grande quantidade de alunos indo e retornado da escola.

    Raynara Rodrigues
    8° Período Noturno

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  17. Estamos enfrentando uma segunda onda de contaminação e do surgimento de uma nova variante da Covid-19 e mesmo assim existe uma grande pressão para o retorno das aulas presenciais. Os estudos mostram que as crianças são as menos afetadas, mas isso não quer dizer que elas estão resistentes a pegar o vírus e transmitir para os mais velhos, pois eles possuem familiares que podem ser do grupo de risco e que indo a escola poderão se contamminar e levar o vírus para seus familares, muitos estudantes precisam andar de transporte público para chegarem à escola, o que aumenta ainda mais os riscos de contaminação e transmissão do vírus. Algumas escolas particulares tentarem voltar o ensino presencial, mas tiveram que fecharem novamente por causa de um surto de casos da Covid.

    Taisa Rocha Gomes da Silva
    8º Período Noturno

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  18. No momento que vivemos a solução é nos mantermos o mais precavidos possível. E o isolamento social continua por ser umas das ferramentas importantíssimas, para evitar a propagação desse vírus que continua a crescer com o aumento de casos. Agora não se encontra no momento certo para volta as aulas presenciais, onde vemos gestores e governantes se equivocando por quererem restabelecer essa volta as aulas de forma presencial. Sem contar que os contatos dos alunos não estabelecem só dentro dos “muros das escolas” e demais instituições de ensino, mas também em outras ocasiões que podem gerar aproximações, e até mesmo aglomerações de grupos de alunos como no caso da entrada e saída do horário da aula, e no meio de transporte público, que é muito utilizado pelos estudantes para irem e voltarem da escola. Ônibus e terminais que acaba por ser outro problema, onde muitos se veem obrigados a utilizarem esse meio de transporte que se encontram cheios principalmente nos horários de pico, que por sinal é o mesmo horário onde se encontram alunos indo e voltando da escola.

    Jean Moreira da Cruz - 8° Período Noturno

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  19. Dias sombrios nos aguarda se não houver uma estruturação urgente das políticas públicas. Triste viver em um país onde as pessoas, dentre elas os pais, de crianças e adolescentes, que mesmo com o crescente número de mortalidade por conta do vírus, anseiam o quanto antes a retomada das aulas presenciais.
    Rahaby Nayanne V. Carvalho

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  20. Realmente é uma ideia insana o retorno das aulas presenciais nesse momento, pensando que os ônibus publicos, que já estão lotados, irão lotar mais ainda, e a propagação será maior. Infelizmente não há uma preocupação com a população no geral, apenas em arrecadação de dinheiro, com o aumento dos produtos. Por isso se torna imprescindível o retorno do auxílio, já que com essa segunda onda, e com uma nova onda de fechamentos dos comércios e industrias várias pessoas fiquem sem seus empregos, novamente.
    Com tudo isso, fica bem difícil o retorno das aulas, pensando em distanciamento e infraestrutura dentro das escolas, já que as mesmas não tem espaço suficiente para todos os alunos. E pensando nisso, os casos só iam aumentar para uma população que não irá vacinar tão cedo contra esse infeliz vírus. O que ocasiona outro problema, e se esses infectados tiverem um agravamento da doença, onde irão colocar essas pessoas, já que os vagas de leitos de UTI estão quase inexistentes?
    Com tudo apresentado acima, tanto no texto quanto nesses meus pensamentos, torn-se impossível o retorno das aulas presenciais, mesmo em escalonamento, nas escolas e creches, tanto públicas quanto privadas.

    Karollyne Plácido da Silva - 8º noturno

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  21. O texto trás contribuições significativas para pensarmos o contexto das aulas presenciais durante a pandemia. Pode parecer incoerente, mas sim, aulas presenciais durante a pandemia estão ocorrendo em diversos locais do país, e assim, acende um sinal de alerta para todos. Atualmente, diversas regiões estão com altas taxas de contaminação, com número alarmante de óbitos, e mesmo assim, as instituições publicas e privadas funcionam perfeitamente, como se não tivesse pandemia. Por mais que os especialistas em educação falam que o espaço escolar é seguro, entra-se em uma grande contradição, visto que, os professores estão em contato com diversos alunos, de varias realidade e contextos, e assim, essas crianças podem serem portadoras do vírus (assintomáticas) e com isso, contaminar professores e demais pessoas do espaço escolar. O momento é de cautela e acho que uma maior abertura nos espaços escolares ocasionará um colapso no sistema de saúde brasileiro.

    Daniel Monteiro do C. Braga - 8° período (matutino)

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  22. O texto nos trás a importância das escolas no desenvolvimento e na aprendizagem de crianças, jovens e adolescentes. É que dos cuidados que devemos ter com o retorno das aulas presenciais e quando retornar.
    Acredito que devido à pandemia do coronavírus, a volta deve acontecer em formato híbrido (quando há uma mescla entre atividades a distância e presenciais), dando prioridade a estudantes de determinadas séries ou conforme um esquema de rodízio entre os alunos. Tomando todos os cuidados necessários.

    Willian da Silva Lima 8 período Noturno.

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  23. Ainda é muito perigoso e precoce pensar em retorno as aulas. O texto de forma clara apresenta que o risco é grande e a disseminação do vírus pode aumentar em grande escala rapidamente. Sabemos que as escolas não estão preparadas para oferecer condições totalmente seguras para os alunos. Enquanto o vírus não for contido, mesmo com máscara o ideal é manter o isolamento social, pois as UTI's estão lotadas, profissionais de saúde sobrecarregados. O momento é de ter calma e respeitar as medidas de segurança, tentando dar qualidade ao ensino, e ter momentos de socialização mesmo que a distância.

    Thays Kéllen Rodrigues de Souza - 8P Matutino

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  24. O risco de contágio ainda é muito grande, e a variação do virús da covid ta deixando as pessoas com mais medo ainda, acredito que ainda não seja hora de voltar as aulas presenciais, ja que a UTI está com a ocupação de 97 %
    Maíra Cirqueira 5 periodo

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  25. O texto traz fatos que infelizmente se tornam comuns hoje em dia. O índice para o retorno das aulas está explicito e vemos que a cada dia a curva só sobe, se distanciando dessa possibilidade segura de volta as aulas. Estamos no pior momento da pandemia e isso com certeza foi pela flexibilização que se deu tanto nos âmbitos escolares, quanto em vários outros.
    A situação já mostra o quanto estamos regredindo então é bem claro que não é hora de mandar as crianças para escola, pois com a nova onda o numero de crianças infectadas tem crescido e também porque no momento existem outras prioridades infelizmente.

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  27. Ainda estamos em um momento que não é viável o retorno das aulas presenciais, pois o contágio ainda é acelerado, ainda há problemas na saúde, falta de leitos, UTI, vacinação em processo lento. Sabemos que é importante para a criança, para o jovem o processo de estar na escola para seu desenvolvimento, para sua aprendizagem, mais diante deste cenário é preciso mantê -los em casa até que haja uma diminuição do contágio ou grande parte da população esteja imunizada.

    Ryane Fernandes- Noturno

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