(Escrito por Renato
Coelho)
Em plena pandemia do novo coronavírus
temos assistido a multiplicação de manifestações anti-racistas em vários países
do mundo, e não é por menos, pois com o surgimento da pandemia houve também um
aumento exponencial da violência contra os negros. A pandemia não somente tem
escancarado a existência do racismo estrutural na sociedade capitalista, assim
como também tem feito aumentar a exclusão e a morte de negros.
Temos como exemplos emblemáticos a
morte brutal do trabalhador norte americano George Floyd na cidade de
Minneapolis, assassinado por agentes da polícia local. E mais recente a morte
do soldador João Alberto no interior de um hipermercado da cidade de Porto
Alegre, também morto covardemente por
agentes de segurança. Ambas as mortes demonstram a existência de um racismo
estrutural na sociedade, onde o negro é sempre tratado de forma
discriminatória, desumana e com ações violentas, recebendo um tratamento
diferenciado e desproporcional em relação aos brancos.
Atualmente tem-se constado um número gigantesco de contágios e de mortes por covid-19 no Brasil, sendo computados até o dia de hoje cerca de 16 milhões de contágios e mais de 430 mil mortos (www.saude.gov.br). Esses números são absurdamente altos, mesmo sabendo que as estatísticas oficiais são todas subnotificadas. Tais números na verdade evidenciam e demonstram um extermínio de classe no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus, onde pobres, desempregados, ambulantes, negros, idosos e índios são as maiores vítimas da covid-19. Sabemos ainda que todas essas mortes se devem essencialmente à falta de assistência médico hospitalar às vítimas da covid-19 e à total ausência de políticas prevenção mastigação contra os novos contágios. Não somente no Brasil, mas em todo o mundo, sejam em países ricos ou pobres, o atendimento médico hospitalar se transformou apenas em negócio, onde a saúde humana sempre foi tratada apenas como mercadoria e vendida por um alto preço por empresas de planos de saúde, farmácias, indústrias de remédios, redes de hospitais e fabricantes de vacinas, ficando os pobres e trabalhadores totalmente excluídos do acesso ao atendimento de saúde (ver gráficos 01 e 02 abaixo IBGE PNAD 2020).
No gráfico 01 acima observamos que apenas 2 milhões de pessoas com sintomas de Covid-19 no Brasil buscaram atendimento médico-hospitalar. Em contrapartida, segundo o gráfico 02 abaixo, 6,3 milhões de pessoas com sintomas da Covid-19 não buscaram atendimento de saúde. As estatísticas comprovam que a ausência de atendimento de saúde às vítimas da pandemia no Brasil é uma realidade alarmante e causa influência direta no grande quantitativo de mortes no país causado pela pandemia do novo coronavírus.
Gráfico 02 – Providências tomadas por aqueles que não buscaram por
atendimento de saúde e que apresentavam sintomas da covid-19 no Brasil (fonte: https://covid19.ibge.gov.br/pnad-covid/saude.php)
O sistema capitalista não possui nenhum compromisso com a qualidade ou acesso à saúde pelos trabalhadores em geral. E quando a saúde das pessoas se transforma apenas em mercadoria, o que se vislumbra no presente é a exclusão e o extermínio de classe entre os trabalhadores pobres em todo o mundo, seja em países ricos como os EUA ou em países pobres, como no caso do Brasil. Mesmo possuindo um sistema público e gratuito de saúde (Sistema Único de Saúde – SUS), que atende uma grande parte da população mais pobre e carente, que não possui condições de pagar um plano de saúde privado, a pandemia contabiliza milhares de vítimas entre a classe mais pobre. Tal sistema público brasileiro, o SUS, encontra-se atualmente sucateado, com precarização das condições de trabalho e ainda com baixa remuneração dos trabalhadores da saúde. Diante desta triste realidade, não podemos nunca dizer que a covid-19 é uma doença “democrática”, pois ela atinge de forma distinta, as diferentes classes sociais, porém, com impactos, consequências e índices de mortalidade bastante diferenciados (ver gráfico 03 abaixo). No gráfico abaixo do IBGE PNAD 2020 podemos analisar que a maior parte das pessoas contaminadas pelo novo coronavírus no Brasil possuem um rendimento familiar per capta inferior a dois (2) salários mínimos. Já a população com renda superior a quatro (4) ou mais salários mínimos per capta foi a que menos se contaminou pelo vírus Sars-Cov-2. Quando se observa e analisa os números da pandemia no Brasil, vê-se claramente que a pandemia é capaz de desmascarar mazelas e injustiças latentes no seio da sociedade brasileira, como as disparidades e abismos sociais, a violência de gênero e ainda o racismo estrutural.
Gráfico 03 – Distribuição dos casos positivos de covid-19 por faixa salarial. (fonte: https://covid19.ibge.gov.br/pnad-covid/saude.php)
Em agosto de 2020 o Brasil ultrapassou
a marca de 100 mil mortes por covid-19 e com mais de 3 milhões de contágios,
ficando atrás somente dos EUA em termos numéricos. Estes não são apenas
números, a covid-19 é um agente social, e por trás desta complexa e
macabra matemática dos números na pandemia, existem nuances, significados
e sentidos em que apenas a matemática não é capaz de explicar sozinha, pois
exige um olhar mais acurado e interdisciplinar para uma situação tão caótica em
que vive o Brasil neste período atual de início de uma grande e avassaladora terceira onda de contágios, onde a pandemia ainda encontra-se sem controle e em
aceleração contínua.
Segundo a OMS o índice estimado de
letalidade do novo coronavírus no mundo é de 0.6%, ou seja, para cada
grupo de 1.000 contaminados, 6 pessoas acabam indo a óbito. Este índice é
considerado altíssimo, e demonstra que o vírus é altamente mortal. Para se ter
uma ideia, o vírus da gripe A (H1N1) na pandemia de 2009 possuía um índice de
letalidade igual a 0,01%. O índice de letalidade pode variar de região para
região e também pode alterar em distintas fases da pandemia. O número de
pessoas contaminadas pelo vírus Sars-Cov-2 no Brasil é muito grande, porém, o
percentual de letalidade não é igual para todos os grupos de pessoas
infectadas. Observou-se que o percentual de mortes entre pessoas negras
internadas com a covid-19 é maior do que em brancos também contaminados.
Constatou-se também que a mortalidade entre pacientes de hospitais públicos no
Brasil que tratam da covid-19 é bem maior do que em hospitais privados. A
explicação para essas diferenças não se dá através da genética destes
pacientes, mas sim através de suas origens de classe social.
Pesquisas recentes divulgadas pelo NOIS
(Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde, 2020) da PUC do Rio de Janeiro (https://sites.google.com/view/nois-pucrio),
constataram que mais da metade dos negros internados por Covid-19 em hospitais
no Brasil morreram. Segundo estes estudos, foram analisados 29.933 casos de
covid-19, deste total 8.963 eram negros e 54,78% deles morreram. Na mesma
pesquisa dos 9.998 brancos internados 37,93% morreram com diagnóstico de
covid-19. Analisando os números da pesquisa, pessoas negras entre 30 e 39 anos,
tem 2,5 vezes mais chances de morrerem ao serem internadas por Covid-19 do que
pessoas brancas da mesma idade (ver gráfico 04 abaixo). A explicação da
origem destas disparidades numéricas se dá através do chamado racismo
estrutural existente no Brasil que promove as diferenças sociais entre pessoas
brancas e negras no país. Pesquisas realizadas nos EUA também apontam um índice
maior de letalidade pela covid-19 entre negros daquele país.
O racismo estrutural existente no
Brasil é o responsável pelos tristes e nefastos números da pesquisa acima. Por
mais de 500 anos os negros no Brasil sofreram e ainda sofrem discriminação e
exclusão aos meios de acesso ao trabalho, saúde, lazer, estudo e moradia. A
herança escravocrata, as imensas desigualdades de classe e a legitimação do
racismo e da miséria pelo sistema capitalista, são os principais promotores da
alta de letalidade por covid-19 entre os negros brasileiros. Obviamente que as
pessoas negras no Brasil que possuem menor acesso às políticas públicas de saúde com qualidade, à moradia digna, ao saneamento básico, e que
possuem menores salários e renda do que os brancos, que tem maiores
dificuldades de acesso à escola e ao ensino superior, que são também excluídas
do lazer e de uma alimentação completa e de qualidade em comparação com os
brancos, consequentemente terão maiores comorbidades como pressão alta,
diabetes, sobrepeso e várias outras doenças que podem agravar o estado de saúde
ao contrair o novo coronavírus, aumentando assim o chamado índice de letalidade
em relação à covid-19.
Pretos e pardos no Brasil possuem o maior índice de letalidade da covid-19 em internações, e também segundo o IBGE, formam a maioria dos trabalhos de menor remuneração, o que evidencia mais uma vez a questão do racismo estrutural no Brasil e a sua relação com a pandemia, já que as pessoas mais expostas são aquelas que exercem trabalhos mais precarizados, como vendedores ambulantes, vigias, atendentes, balconistas, entregadores e etc., e estas são as que possuem maior facilidade de serem contaminadas pelo vírus e adquirirem a covid-19. Enquanto uma minoria de classe mais alta faz o chamado trabalho remoto de suas casas, a maioria formada pelos mais pobres é obrigada a trabalhar no “front” da pandemia, usando diariamente o transporte coletivo, trabalhando nas ruas, supermercados, nas indústrias e no comércio em geral, possuindo as funções ou cargos de entregadores de app, vigias de supermercados, motoristas de ônibus, funcionários de limpeza, balconistas, operadores de telemarketing, operários, garis, vendedores ambulantes e etc.
Na tabela acima (OBSERVATÓRIO COVID-19 BR, 2021) vemos a relação de mortalidade por covid-19 segundo a distribuição de renda no município de São Paulo. Observa -se nesta tabela que na medida em que se aumenta a pobreza (menor o salário) o risco de óbito por covid-19 aumenta, chegando a ser duas vezes maior entre a população mais pobre.
Tabela 02 - Relação de mortalidade por covid-19 e número de moradores por domicílio na cidade de São Paulo.(OBSERVATÓRIO COVID-19 BR, 2021)
Na tabela 02 acima (OBSERVATÓRIO COVID-19 BR, 2021) tem-se a relação do número de moradores por domicílio (densidade domiciliar) e a mortalidade por covid-19. Notamos na tabela que a medida em que se aumenta a densidade domiciliar a mortalidade também aumenta de forma significativa, chegando a ser a mortalidade 62% maior em domicílios com mais moradores residentes em comparação com domicílios com média inferior a 2,7 moradores por casa (ver tabela 02).
A pandemia escancara as injustiças
sociais no Brasil, colocando em evidência o racismo estrutural brasileiro e as
suas consequências. O Brasil é um dos
países mais racistas do mundo, o vírus Sars-Cov-2 não mata de forma igual e
democrática, o vírus carrega a marca das injustiças e misérias sociais como o
racismo, e acaba matando mais os trabalhadores pobres e também os trabalhadores
pretos, que são as principais vítimas da exclusão social e também agora as
principais vítimas da pandemia.
Bibliografia
O texto deixa em evidência muito
ResponderExcluirgrande a diferença entre classes sociais e entre raças, onde o corona vírus veio para deixar isso com mais evidência.
Vimos aí dois negros recentemente serem mortos por policiais, que se fossem pessoas brancas, isso não teria acontecido.
Observamos também os maiores casos de contaminação e morte pelo corona vírus, vindo de classes sociais mais baixas, uma vez que os mesmos não tem acesso a rede privada, muitas vezes não conseguem o atendimento na rede pública e outros nem chegam a procurar atendimento. Outro fator que também contribuí para o aumento do vírus na classe social mais baixa, é a luta pelo emprego de todos os dias, bem como mencionado no texto, muitos tem que sair todos os dias, e ficam diretamente expostos aí vírus, enquanto a classe privilegiada, pode ficar trabalhando em casa.
Existe também uma grande aglomeração de pessoas nesses bairros mais carentes, fazendo com que a proliferação aumente entre eles.
De fato que a condição social e a cor, tem contribuído bastante para que o número de mortos pelo vírus estejam bem a frente das pessoas com condições sociais acessíveis.
Em minha opinião, o Racismo sempre existiu, mas muitas vezes fica velado, ou pela vítima, com medo de sofrer algum abuso, ou até mesmo por omissão da Justiça.
ResponderExcluirEssa pandemia nos mostrou o quão importante é ter assistência a saúde gratuita, mas infelizmente, nem todos concordam com isso. Recentemente, quase as Unidades Básicas de saúde seriam transformadas em privadas. Graças a voz do povo, o responsável por essa ideia horrível, retrocedeu, mas até quando?
Segundo a fisiologia, pessoas negras são mais propícias a doenças cardiovasculares e respiratórias, no entanto, como é citado nesse texto, há uma nítida diferença social nítida, infelizmente presente no nosso meio. Mas devemos nos perguntar, porque o Negro é diferente do branco? Porque é tão discriminado?
Em minha opinião, o Racismo sempre existiu, mas muitas vezes fica velado, ou pela vítima, com medo de sofrer algum abuso, ou até mesmo por omissão da Justiça.
ResponderExcluirEssa pandemia nos mostrou o quão importante é ter assistência a saúde gratuita, mas infelizmente, nem todos concordam com isso. Recentemente, quase as Unidades Básicas de saúde seriam transformadas em privadas. Graças a voz do povo, o responsável por essa ideia horrível, retrocedeu, mas até quando?
Segundo a fisiologia, pessoas negras são mais propícias a doenças cardiovasculares e respiratórias, no entanto, como é citado nesse texto, há uma nítida diferença social nítida, infelizmente presente no nosso meio. Mas devemos nos perguntar, porque o Negro é diferente do branco? Porque é tão discriminado?
Karollyne Plácido da Silva - 8° período matutino
É interessante a colocação das evidências de desigualdades, sejam de raça, sejam de classe que atravez do covid-19 foram escancarados no mundo e para o mundo a real cara da sociedade capitalista, onde sempre se tenta ser e parecer melhor que o outro, sempre hierarquizado e classificando de acordo com padrões elitizados. Para mim a disciplina de mundo do trabalho trazer um debate deste é de suma importância para cituar os alunos já concluintes do curso das dicotomias das posições privilegiadas e as menosprezados dentro deste sistema.
ResponderExcluirÉ necessário que saibamos onde estamos nos enfiando, numa luta por trabalho onde como pré requisito cobra classe, cor e aparência.
Márcia Melo 8° período matutino -E.F
Logo após a chegada do novo coronavírus no país, o Brasil já vinha passando por um momento onde mortes e agressões ocasionadas por questões raciais estavam ganhando maior visibilidade na mídia, como no caso do jovem João Pedro, de 14 anos que foi morto dentro de casa durante uma operação policial em São Gonçalo-RJ e o garoto Miguel, de apenas 5 anos de idade, que caiu do 9° andar de um prédio em Recife-PE. Se tratando do novo coronavírus, a cada dia que passa, fica mais evidente quem são as pessoas que estão sendo mais afetadas com a pandemia, e por mais que agora, existem casos de desigualdade (seja ela por qual motivo for) que estão sendo noticiados, é possível se pensar que, a maior parte delas, ninguém fica sabendo. As minorias e a classe trabalhadora infelizmente não é algo de relevância para quem “comanda” o país, sendo assim, é muito difícil evidenciar uma parcela da população que já é tão injustiçada e marginalizada.
ResponderExcluirAna Clara Melo - E.F 8° período noturno.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirInfelizmente o negro vem sofrendo desde a sua chegada a essa terra que se chama Brasil para ser escravo. Um país que mesmo com o passar dos tempos continua a ser preconceituoso de várias formas inclusive racista. Sociedade que se diz moderna mais com conceitos atrasados, onde que as diferenças são motivas para que uns achem que são melhores que os outros. O texto traz o exemplo que estamos vivendo na atualidade, em relação ao sars-cov-2, que realmente é real e faz a classe baixa, sofrer de várias maneiras, como ter que sair de casa para trabalhar e o difícil acesso para ter os cuidados necessários caso tenham sintomas ou até mesmo o contágio com essa doença. É notável a diferenças de classe entre brancos e negros no Brasil, não excluindo a presença de pessoas brancas pobres que constituem a classe trabalhadora, que notavelmente existe e não é pouca em nosso país. Mais a quantidade de negros serem maiores nessa situação se dá até mesmo por conta do conceito histórico que nosso país passou e vem passando, desde da lei áurea, acabando por deixar os negros as margens, onde tiveram que si virar para sobreviver, fazendo que a maior parte de pobres e classe trabalhadora seja constituído por pardos e negros, sendo assim essa população acabam por sofrer mais com a falta de estrutura para se “esconder” ou se livrar dessa doença, e outras coisas que sempre existiram e dificultaram para essa classe de indivíduos, além de lutar contra o preconceito racial.
ResponderExcluirNo nosso país, vivemos uma desigualdade social, devido a pandemia do novo coronavirus, pessoas negras são as pessoas que tem menos chance de vida, devido o preconceito racial Vemos nos jornais violência contra os negros e falta de oportunidade, até mesmo no mundo do trabalho as pessoas que são negras trabalham para se sustentar assim mesmo e toda a sua família e uma pessoa que tem covid-19 ou seja coronavirus, acaba internado tem alguma chance de voltar e continuar com este trabalho às vezes por parte da política com uso de remédio, principalmente por conta da miséria pessoas negras e pessoas pobres, as pessoas que possui uma renda superior Ou seja pessoas brancas Têm a maior chance de vida assim como relata o livro, nessa pandemia podemos observar que as pessoas negras é que tiveram mais casos the coronavirus e o desemprego social
ResponderExcluirPor conta da política podemos observar que não é fácil lutar principalmente nessa época de pandemia, e é o que se torna mais Tabor devido preconceito racial, uma pessoa negra enfrenta as dificuldades principalmente como a violência seja violência verbal ou violência física, percebemos que precisamos de novos projetos para que os negros tenham mais oportunidade de vida assim como todo, e não podemos desanimar durante uma pandemia de lutarmos contra o preconceito racial, temos que lutar pelos nossos direitos porque todos os ser humanos têm direito de ir e vir
O racismo e a divisão de classes é sem dúvida um assunto polêmico e totalmente atual, o negro e as desigualdades sociais nunca estiveram em tão alta evidência como neste período atual da história do nosso país e do mundo, a Pandemia colocou em evidência um problema social que a história nunca conseguiu superar, o negro, pobre, excluído e mal remunerado, este mesmo negro que sempre esteve em condição inferior perante a sociedade racista, com trabalhos considerados inferiores e salários mal pagos, os que não tem acesso a qualidade de vida e saúde, o que os deixam a mercê das políticas públicas que não são capazes de suprir as necessidades de todos, em consequência disso temos um número alto de acometidos e de mortes, seja por violência, seja pelo Covid 19. Regiane Poleto - 8° matutino.
ResponderExcluirO Racismo e a desigualdade social nesse país sempre existiram. A Pandemia veio para deixar isso ainda mais evidentes, as oportunidades não são as mesmas, e os "direitos" também não, mesmo que a lei diga ser, sabemos que não é. É fácil de perceber isso se nos fazemos as seguintes perguntas: "Se fosse o filho da patroa que tivesse caído do 9° andar qual seria o desfecho da história?", "E se fosse um segurança negro matando um homem branco qual seria o desfecho da história". Um outro ponto que a pandemia veio deixar ainda mais evidente também é a violência contra a mulher, pois foi comprovado que os números de agressões as mulheres cresceu ainda mais. E a respeito disso faço outro questionamento, como a justiça brasileira pode considera que o estuprador de Mariana Ferrer não deteve a intenção de estupra-la? Será que é porque ele é um homem branco muito rico? Sendo assim automaticamente ele se torna "inocente" perante seus crimes?
ResponderExcluirQuanto ao grande número de casos e mortes por COVID-19 em negros sabemos que a desigualdade social existente no país é enorme. E a população mais pobre não teve condições de realizar o isolamento social, pois ou trabalhavam ou morriam de fome. E se falarmos dos enormes aumentos dos preços dos alimentos, com o arroz chegando a quase R$ 30,00. As pessoas mal conseguem se alimentar, como irão conseguir realizar o isolamento social, ou buscarem por tratamento caso infectados, pois nem condições para a compra de medicamentos as pessoas têm. O que me deixa horrorizada é o fato de existirem pessoas que acham que tudo isso é apenas "tempestade em copo d'agua", pessoas que fecham seus olhos perante fatos concretos.
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ResponderExcluirO racismo sempre existiu no nosso país, e com a pandemia muita coisa veio a tona, inclusive o racismo antes velado e agora escancarado para quem quiser vê.
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ResponderExcluirO Brasil infelizmente é um país muito racista. E a violência contra negros não é somente física, mas principalmente psicológica. Vários negros são barrados por polícia, segurança de banco, de supermercado, de shopping, entre outros, apenas por serem negros, recebem ofensas diariamente apenas por serem negros. Em pleno séc. XXI com tanta informação, tantos acontecimentos a respeito do assunto "racismo", não vejo evolução, não vejo mudanças no comportamento do ser humano. Observo injúrias e narrativas raciais diariamente de negros sendo humilhados, barrados e injustiçados. O negro infelizmente ainda é visto como um ser inferior ao branco. Muitos filmes mostram essa realidade (Luta por justiça/ Raça e redenção...). E com essa pandemia com certeza os negros e pobres estão sendo os mais afetados. No EUA por exemplo, se o indivíduo não paga assistência, não é atendido. Isso explica a quantidade de mortes por lá. O sistema capitalista funciona assim: só visa o lucro. No Brasil não será diferente, tudo está sendo privatizado, até mesmo os serviços essenciais como educação, saúde, transporte, etc. E quando os serviços essenciais são privatizados os mais prejudicados são os pobres, pois só utiliza se pagar. Um exemplo disso são as rodovias privatizadas "se você não pagar pedágio, vc não passa". E o direito de "ir" e "vir"? O dever do Estado é cuidar do seu povo e não passar para outro cuidar. O Estado alega que não tem dinheiro para saúde, educação, creio que é porque além de vender as nossas empresas e nossos recursos naturais, vende por preço de banana.
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ResponderExcluirAo falarmos de racismo, precisamos ter um olhar bem cético. O racismo na sociedade capitalista sempre existiu, inclusive foi justificado pela ciência. foi em nome da ciência que, por muito tempo, se justificou o processo de racismo (racismo científico), isto, que por sua vez, serviu de sustentáculo para o estabelecimento dos “[...] regimes coloniais de acumulação de riqueza e poder baseados na exploração do trabalho escravo [...]” (FERREIRA JUNIOR; RUBIO, 2019, p. 184).
ResponderExcluirEsses fatos são ofuscados pelos fiéis da ciência. A ciência capitalista é uma das grandes responsáveis pelo estabelecimento da ideologia racista.
Marcuse (1973; 1975) – talvez o representante mais controverso da Teoria Crítica – asseverou que a irracionalidade (advinda da racionalidade capitalista) é um traço marcante da sociedade capitalista na sua totalidade. Segundo ele, a produtividade do capitalismo provoca a aniquilação do livre desenvolvimento das necessidades e dos recursos do ser humano. Deveras, a sociedade capitalista ao ser orientar para atender as necessidades antropomórficas do mercado deteriora e destrói as necessidades humanas, tanto é que nem mesmo as necessidades de sobrevivência mais básicas não são garantidas a todos os seres humanos.
Para Marcuse (1973), um dos pontos mais tenebrosos da sociedade capitalista é o feitio racional de sua irracionalidade. Essa racionalidade disfarçada e alienante permite ao sistema e aos seus gerenciadores (dominadores da produção) realizar o controle social repressor de modo a ofuscar e dissimular os prejuízos e a destruição que o capitalismo. acarreta. Neste contexto, perigo se torna segurança, destruição representa o caminho para a construção e desenvolvimento, guerra se transforma em paz e alienação transfigura-se como libertação.
Essas passagens de Marcuse (1973), nos permite compreender que o autor sustenta que a ciência e as tecnologias são utilizadas pelo capitalismo tardio como aparatos para tornar possível a consolidação da dominação cada vez mais efetiva do homem e da natureza. Em virtude disso, fica evidenciado a função política que racionalidade científica-tecnológica exerce ao se transformar em um excelente veículo de dominação que faz ser viável um universo totalitário no qual o corpo social, a natureza, o corpo e mente, estão condicionados a um regime de contínua mobilização defensiva deste universo.
Sendo assim, a partir dos contributos teóricos de Marcuse, podemos dizer na generalidade que a ciência – como todas as demais atividades humanas – e as tecnologias na sociedade capitalista estão, prioritariamente, a serviço do deus mercado, e não em prol do ser humano. Em decorrência disso, temos um processo de subversão de valores e de orientação de mundo. A existência humana é colocada em segundo plano, a vida humana só tem valor se ela for rentável ao mercado, caso contrário, ela é relegada.
Portanto, não é nenhuma surpresa (lastimavelmente) que no contexto da pandemia os negros e as pessoas de menor renda sejam os mais afetados....
Covid 19 é doença que expõe, de maneira radical, a desigualdade na sociedade brasileira e o fato da população negra, assim como a indígena, ser mais vulnerável, é justamente porque ela quem está muito mais concentrada na periferia das cidades onde os acessos aos serviços de proteção sanitárias, conforme a recomendação da Organização Mundial da Saúde, não chegam. Boa parte dessa população negra se vê ainda obrigada a ir para o seu trabalho precarizado, sobretudo as empregadas domésticas, as diaristas, que estão mais vulneráveis tendo em vista que as patroas brancas dificilmente as dispensam do trabalho. Basta a gente lembrar do caso ocorrido com um garoto de cinco anos que morreu ao cair do 9º andar de um prédio, depois que a mãe, negra e diarista, teve que deixar o filho com a patroa para sair para o passeio do cachorro da madame. Outro fator é que geralmente as residências dessa população contam com um maior número de pessoas, onde não se tem condição de fazer isolamento. Ainda há uma questão que agrava que são as subnotificações ou as não notificações da Covid -19, que é uma forma, inclusive, de mascarar o racismo estrutural no qual nós vivemos. Hoje a gente vive numa sociedade em que a branquitude é um privilégio enquanto que em relação a negritude, a sociedade ainda se assenta no fosso muito profundo das desigualdades raciais.
ResponderExcluirDaniel Monteiro do Carmo Braga - 8° período (matutino)
Essa pandemia causada pelo COVID-19, reforçou ainda mais os inúmeros problemas de desigualdades que nossa sociedade enfrenta diariamente. Com tudo que estamos vivendo se torna ainda mais evidente que o racismo é muito forte em nosso meio, e que as pessoas de baixa renda se encontram ainda mais vulneráveis a este vírus, por conta de viverem nas periferias, e assim ficarem mais carentes de saneamento básico e atendimentos em postos de saúde e hospitais.
ResponderExcluirBoa parte das o pessoas negras e de baixa renda são os mais afetados, pois pelo fato de na maioria dos casos viverem em periferias, são esquecidos.
Aluna Amanda dos Santos Costa
8* matutino
A pandemia causada pelo Sars-CoV veio para escancarar para todos, o que sempre existiu em um país desigual como o Brasil. O racismo e o descaso com os mais pobres, sempre foram características marcante da nossa sociedade e agora com casos em que mostram o pobre não tendo lugar em leitos de hospitais, e o rico conseguindo, essa desigualdade social vem à tona, além disso existe também os casos de racismo, onde recentemente um homem foi morto dentro de um grande hipermercado, assim como dezenas de outros casos que acontecem no dia-a-dia e que a mídia não mostra, infelizmente vivemos a mercê deste sistema desigual.
ResponderExcluirAluno: Igor Barbosa Silva
8º Noturno
É fato que o racismo estrutural sempre existiu e sempre está escancarada nos meios sociais em que vivemos. Somos julgados á todo momento, seja pela cor da pele, condição de vida ou opção sexual. Com o Sars-Cov-2 estão sendo mais expostos o racismo que os negros sofrem. Seja em supermercados, shoppings, bancos, entre outros. Muito se sofre e pouco se resolve, são mortes e mais mortes, como se vidas negras não importassem, é um descaso tremendo.
ResponderExcluirInfelizmente vivemos e somos alvos de uma sociedade preconceituosa, na qual é mais relevante o capital o dinheiro, o lucro, o rendimento do que vidas.
Raquel de Paula Vieira
8° Matutino Educação Física
Eduardo Naves Ramos Mota, 8º Período Matutino
ResponderExcluirEssa postagem abre nosso olhos sobre a desigualdade social e como as lideranças políticas reforçam essa herança social ultrapassada e desumana. Devemos nos atentar e lutar para que esse paradigma social histórico seja quebrado o mais rápido possível. A luta deve ser constante para que as autoridades tragam benefícios na prevenção e no reforço do sistema imune de todos, desde o auxílio alimentício e de higiene, até a pratica de atividades físicas para todos os indivíduos. Nós como cidadãos também podemos contribuir auxiliando os mais necessitados, Faça o bem e juntos vamos superar essa fase.
No Brasil, esse período de pandemia do coronavírus tem aclarado, de maneira inequívoca, o racismo estrutural seja pelo número exponencialmente maior de negros que têm morrido em decorrência da doença, seja nos cada vez mais divulgados, episódios de violência contra negros. Por isso, é preciso ter um olhar sensível para a realidade, para os dados que dela podem ser abstraídos e isso o texto consegue nos fazer enxergar. O que a realidade nos mostra, e isso é minunciosamente apontado no escrito, é o escancaramento do racismo e o aumento de mortes de pessoas negras em território brasileiro, pela Covid-19 e pela repressão social relacionada à cor da pele.
ResponderExcluirA pandemia do vírus Sars-Cov-2 trouxe à tona aquilo que geralmente o capitalismo e sua fetichizante ideia de liberdade. Ora, as relações são desiguais e a “liberdade”, tal qual se prega, não é dada para todos. A classe trabalhadora tem sua liberdade condicionada, e quando se fala de Brasil, essa classe tem cor. Abordar a pandemia considerando-a para além dos números é um exercício de sensibilidade. Os dados mostram que a pandemia atua de maneira distinta a depender da classe na qual os sujeitos pertencem. Ela tem matado mais pobres e negros, como corroboram os dados apresentados no texto. Como bem considerado pelo professor em seu artigo, discutir e entender o racismo estrutural e o quanto ele é determinante para as diferenças sociais estabelecidas e o grande abismo social que existe nesse país é o mínimo. Compreender que “o hoje” brasileiro é uma herança da escravidão e que ela não foi superada, pelo contrário, atua fortemente no extermínio de uma classe (a que vende sua força de trabalho), só nos é possível se desvelarmos as contradições e determinações impostas pelo sistema capitalista. Esse sistema mediado, de forma preponderante, pela troca de mercadorias, na qual a força de trabalho é uma delas, coisifica, desumaniza e ataca a classe trabalhadora fortemente. No capitalismo, cujo modo de vida está condicionado pela troca mercantil, não tem compromisso com os trabalhadores e com a vida, por isso legitima o racismo e a miséria, e mais que isso, se estrutura a partir deles. O capitalismo reduz tudo à mercadoria, assim como a saúde, que nesse sistema não é um direito de todos. No Brasil, o Sistema Único de Saúde – SUS, apesar de precarizado (intencionalmente), tem evitado que a tragédia seja ainda maior, seus trabalhadores têm que conviver com a falta de materiais e baixos salários, uma desvalorização que reflete na capacidade e na qualidade do atendimento.
Por fim, os dados são importantes porque consubstanciam o real e, olhar para a realidade a partir deles, pode permitir compreender a totalidade de um determinado fenômeno, como no caso da situação do Brasil e os desdobramentos da pandemia, bem como apreender o conjunto de determinações que o constituem. A realidade como a nossa precisa ser mais que diagnosticada, precisa ser transformada, para isso é preciso desvelar o que a estrutura e a faz ser tão hostil para com alguns. Dito isso, as pessoas não são apenas números e é preciso humanizar o humano, dar sentido e significado à nossa existência, especialmente em momentos em que a luta de classes aparece de maneira tão acirrada. A pandemia do coronavírus desnuda, de maneira categórica, quem está perdendo nesse embate.
Aryanna Barbosa de Carvalho
O presente estudo, nos trás uma reflexão sobre o racismo presente no mundo e deixa evidente a diferença de classes. E com a pandemia da Covid-19 deixou evidente toda essa injustiça social. O racismo sempre existiu, é algo presente no cotidiano de muita gente, mais é algo que acaba sendo deixado de lado por muitos, exceto quando ocorre algum tipo de "Tragédia" que tem a cobertura da grande mídia, e acaba sendo tratado de maneira diferente das demais ações. Com a chegada da pandemia, boa parte das pessoas já estavam cientes que o sistema publico de saúde não iria suportar e entraria em colapso, coisa que veio a acontecer em algumas cidades do Brasil e do mundo. Dessa forma, quem tinha um poder aquisitivo maior conseguia pagar por um leito de UTI e lutar pela vida, o pobre infelizmente tinha que lutar primeiro por uma vaga da UTI, para depois conseguir lutar pela vida, dessa forma muitos acabaram morrendo na fila de espera.
ResponderExcluirWillian Lima
8º Periodo Noturno.
Essa abordagem pontuado no texto reforça ainda mais os problemas causados pela COVID-19, incluindo a desigualdade social.
ResponderExcluirA partir das observações contidas no texto, nas redes sociais e na rede televisa, podemos notar que o racismo ainda é vivo e fortemente presente em nossa sociedade e as pessoas de baixa renda se encontram cada vez mais vulneráveis ao vírus, já que as pessoas que vivem em bairros periféricos são esquecidas, já que a carência de atendimento hospitalar, o saneamento básico e o cuidado da saúde desses indivíduos se tornou cada vez mais precária.
Nátally Cristiny Rodrigues Tolêdo
8° período Matutino
O racismo sempre foi um assunto abordado e causador de muitas mortes no Brasil e no exterior, mas com a pandemia, percebemos o grande número de pessoas que estão sendo discriminadas e abandonadas em hospitais, nas periferias e o descaso com as mesmas. Todos precisam adaptar a fase na qual estamos vivendo, mas as pessoas mais prejudicadas são justamente as negras, pobres, perifericos etc.
ResponderExcluirThalyta Colangelo
8° período matutino
Ao longo da pandemia, as desigualdades se aprofundaram e o espaço entre população negra e direitos fundamentais nunca ficaram tão distantes, de forma ainda mais dramática, as consequências de se manter uma parcela tão grande de pessoas à margem de garantias que deveriam ser universais. Com a pandemia muitos problemas antigos vieram a tona, a dificuldade de acesso da população negra à saúde básica, às estruturas sanitárias e hospitalares, aliada à inabilidade das instituições governamentais no que diz respeito à disseminação eficaz de informações para a população periférica (em sua maioria negra) quanto ao perigos da pandemia e à impossibilidade para essa população de praticar o chamado isolamento social, sob pena de não poder garantir sua subsistência.
ResponderExcluirSe não bastasse todo horror constituído a partir da pandemia, notamos que ao invés de progredir, o ser humano, mais uma vez, exalta seu lado inumano, cruel e nefasto de ser. O racismo estrutural existente novamente se engrandece, se torna forte, concretizado pela exclusão aos meios de acesso ao trabalho, saúde, lazer, estudo e moradia resultando em mortes, de milhares de vítimas dessa sociedade hipócrita.
ResponderExcluirO racismo é um assunto de extrema importância, de fato, ao longo dos anos, temos índices que demonstram que o Brasil é um país racista e um dos países mais desiguais do mundo, a pandemia do novo corona vírus evidenciou isso ainda mais, ao mostrar. conforme o texto, que a covid-19 não é uma doença “democrática”, pois ela atinge de forma distinta, as diferentes classes sociais, porém, com impactos, consequências e índices de mortalidade bastante diferenciados.
ResponderExcluirO esclarecimento para essas diferenças não se dá através da genética destes pacientes, mas sim através de suas origens de classe social, ou seja, as pessoas mais expostas ao vírus são trabalhadores mais precarizados, como o autor pontuou, a saber: vendedores ambulantes, vigias, atendentes, balconistas, entregadores etc.
Dessa forma, nota se que o racismo é presente no Brasil e é a classe que mais sofre as consequências, sejam elas referidas a cor, raça ou classe social.
Um texto claro e de uma importância significativa diante do atual cenário mundial, o racismo é um tema bastante debatido a muito tempo e a cada dia percebe-se que o numero de casos deste preconceito vem aumentando ainda mais e associado a esse nosso novo inimigo, chamado corona Vírus esses atos raciais estão mais exposto, visto que inúmeras pessoas negras estão sendo deixadas de lado em hospitais e com isso perdendo suas vidas, pois a sociedade racista vê essas mesmas como pessoas que não se deve ter prioridade, o que é um pensamento totalmente errado e maldoso. O texto traz muito bem as questões raciais em seu conteúdo, seria importante que mais pessoas tivesse acesso a informações como deste texto para que pudesse se conscientizar e acordar para a vida de forma racional, a cada dia o munda está ficando mais feio e sujo com determinadas atitudes.
ResponderExcluirAluno: Hugo de Abreu Araujo
8º Período - Matutino Educação Física
Vivemos em uma sociedade em que a desigualdade social se torna cada vez mais evidente, e o racismo também vem sendo declarado em muitos momentos. E com a chegada da pandemia (covid-19) podemos ver com clareza o quanto essas atitudes se expandem cada vez mais. Tendo como exemplo, em que maioria das mortes por essa maldita doença, afetaram os negros e pobres, devido a grande exclusão social que eles enfrentam, desde sempre.
ResponderExcluirLarissa Oliveira
8°período noturno
Texto bem explicativo e que aborda muito bem os fatos que vem sendo ocorridos na atualidade e até mesmo o que vem sendo trago por gerações.
ResponderExcluirO racismo é algo que infelizmente ainda esta longe de ser extinto, pois como explicitado no texto, o capitalismo faz com que várias atitudes humanas sejam esquecidas. Os números apresentados na leitura são claros e muitos ainda tem a coragem de dizer que racismo não existe no Brasil (Os hipócritas dos nossos políticos). Os pobres e negros estão e sempre estiveram em situação de vulnerabilidade, essa doença só deu mais visibilidade a isso pelo fato das pessoas estarem mais conectadas, porém muitos infelizmente ainda fecham os olhos pra isso.
Wesley Ferreira de Almeida Carvalho
8 Periodo - Noturno
Tudo começou quando o povo preto foi “libertado”, mas de que adianta essa dita libertação se não lhes deram possibilidades e oportunidades para construírem uma vida longe da escravização? Assim temos um povo marginalizado e discriminado, que não consegue um emprego, não tem onde morar, e por muitas vezes o que comer, o mesmo vale para a manutenção da saúde. A verdade é que a escravidão “acabou” mas as agressões diversas ao povo preto continuou, vivemos em um país extremamente racista no qual todos os dias no noticiário está estampado a foto de um preto ou uma preta que foi vítima de agressão e até morto, simplesmente pela cor de sua pele. Essas discriminações são cada dia mais atenuadas na sociedade capitalista em que vivemos. Vamos falar sobre o espaço de fala e representatividade, podemos dizer que os espaços estão sendo ocupados e que melhorou um pouco, mas já parou para reparar que na maioria dos comerciais ou espaços de fala temos um ou dois pretos rodeados de brancos? Algo desproporcional se levarmos em conta que a maioria da população brasileira é formada por pessoas pretas e pardas. Ainda sobre isso é preciso ser falado que o capitalismo se apropria de tudo para gerar o capital, se apropria das culturas, se apropria da cor da sua pele, e até mesmo se apropria dos movimentos contrários a ele. Um exemplo disso é o Streetball, mais conhecido como basquete de rua, que surgiu para se contrapor ao Basquete em sua forma hegemônica em tal época. Mas como dito anteriormente, o capitalismo se apropria de tudo, assim como se apropriou desse movimento e esporte. Sendo assim, hoje em dia em uma rápida pesquisa no google pelo termo “streetball” você irá encontrar milhares de imagens de tênis e propagandas associadas ao termo, ou seja, o movimento contrário a hegemonia presente no capitalismo agora é vendida pelo mesmo.
ResponderExcluirVivemos atualmente um momento crítico, a Pandemia da COVID-19. E pode-se afirmar com toda a certeza que quem mais vem sendo prejudicado nesse instante é a classe trabalhadora, classe que não pode se dar ao “luxo” de ter o mínimo na atual situação. E o mínimo que eu falo é garantir a integridade da sua saúde e da saúde da sua família. (Há se toda a classe trabalhadora parasse um dia sequer para cuidarem de si, vocês não sabem o poder que têm!). A extrema desigualdade social em nosso país está aí, escancarada e acentuada nessa crise da saúde. Mais uma vez o povo da classe trabalhadora é o principal atingido, povo que não pode parar ou mesmo fazer home office, povo que em sua maioria está nos subempregos, povo que é o maior acometido pela COVID, uma doença muito letal, e esse mesmo povo com as mínimas condições de se tratar, vem a Óbito. Mas esse é o retrato da desigualdade social presente na sociedade capitalista, sociedade essa que se reafirma e se mantem de pé baseada na desigualdade e na luta de classes, como diria Karl Marx: “A história da sociedade até os nossos dias é a luta de classes”.
Beatriz Francisca da Silva Matos
8° período Matutino
A imagem de um negro com uma mascara de sacolinha de supermercado no começo do texto já chama a atenção por si só. mas o texto nós chama ainda mais a atenção com os dados apresentados como por exemplo mais da metade dos negros contaminados com covid vem a falecer em hospitais públicos. infelizmente esses dados não são mostrado nas grandes mídias o que só colabora com o racismo estrutural e nojento que tem em nossa sociedade.
ResponderExcluirRenato Duarte
8 periodo Noturno
A pandemia do COVID 19 escancarou vários problemas enfrentados pela sociedade brasileira atualmente no sec XXI, é importante salientar isso, já que vivemos em um mundo completamente globalizado onde o acesso à informação deveria estar disponível a todos, não somente a informação, mas saúde e educação, o que daria uma melhor qualidade de vida as pessoas.
ResponderExcluirDiferentemente do que deveria estar acontecendo, vivemos um período onde a pandemia mostrou que o Negro está a passos largos de distância quando o assunto é qualidade de vida, nunca a pauta racial esteve em tamanha evidência como agora, sendo que o negro desde o último estudo comprovou que ainda é maioria em escolas públicas de ensino médio e fundamental, e minoria nos cursos de ensino superior, maioria nas favelas e maioria nas prisões.
O texto aponta muito bem como o racismo escancarado acontece nos dias de hoje e como o negro tem menos visibilidade na atual sociedade, possuindo menos oportunidades, realizando assim um ciclo de pobreza que vai de um para o outro pai para filho socessivamente.
Murilo Santos de Jesus 8º período