(Escrito por Renato Coelho)
As pandemias na história mundial são descritas por ciclos chamados de “ondas”, que indicam a sua frequência ou o número de repetições ascendentes (ver figura 01 abaixo). Uma onda representa o intervalo no qual se observa elevação contínua e exponencial de contágios ou de mortes e é sempre seguida por um pico (ponto máximo de casos ou mortes) e vindo logo após, uma queda também contínua, porém, abrupta. Uma onda pode ainda ser seguida por um “platô”, o chamado platô de casos representa um intervalo de estabilidade, onde se observa a manutenção de contágios ao longo do tempo após se atingir o pico, entretanto, sem decréscimo ou queda dos números.
Na pandemia da chamada gripe
espanhola ocorrida entre os anos de 1918 a 1920, foram observadas quatro (4)
ondas ao longo do período. O número total de mortos da gripe espanhola não é
preciso, mas há estimativas que apontam em mais de 60 milhões de mortes. Evidências
mostraram que o vírus surgiu entre soldados numa base militar localizada nos
EUA durante a Primeira Guerra Mundial. O deslocamento das tropas americanas pela
Europa ajudou na difusão do vírus pelo planeta, provocando o surgimento da
pandemia da gripe espanhola em 1918 com o retorno das tropas militares aos seus
países de origem. O grande fluxo de soldados pelo mundo durante a Primeira
Guerra Mundial fez explodir os casos e mortes pela gripe espanhola no planeta,
inicialmente na Europa e nos EUA e em seguida se espalhando para todos os
demais países do mundo.
Figura 01 – Curva exponencial de contágios em uma pandemia: A – primeira onda; B – segunda onda.
Atualmente, neste início do ano de 2021, o Brasil vivencia a segunda onda da Covid-19 com mais de 200 mil mortos. A primeira onda no Brasil teve início em março de 2020, porém, cada estado da federação experimentou uma curva ou onda diferenciada da pandemia, não somente com amplitudes e variações distintas, mas como também dinâmicas e tempos muito diferenciados na chamada primeira onda. O vírus Sars-Cov-2 chega ao Brasil principalmente pelos grandes aeroportos internacionais. A primeira onda no Brasil começou nas capitais e nos grandes centros urbanos e em seguida seguiu em direção ao interior pelas rodovias. Já a segunda onda que presenciamos atualmente, passou a ter um comportamento diferenciado, ela cresce de forma quase simultânea em todos os estados e entre as cidades do país, tanto em cidades grandes quanto pequenas.
Na primeira onda o vírus se
concentrou primeiramente nas capitais, ficando muitas cidades sem confirmação
da presença do vírus por um determinado tempo. Porém, nesta atual segunda onda
observamos que todas as cidades do país, grandes, médias e de pequeno porte já
possuíam a transmissão comunitária do novo coronavírus, e é essa nova
característica que diferencia a primeira da segunda onda, e é capaz de explicar
o crescimento maior e mais rápido desta segunda onda da pandemia no Brasil. O
fato desta segunda onda estar também superando todos os recordes de casos e de
óbitos da primeira onda se deve ao fato do relaxamento das regras de isolamento
social e da exaustão da população com relação a estas mesmas regras. A exaustão
das pessoas e o descrédito em seguir as regras de isolamento social por grande
parte da população se deve ao fato da demora e do fracasso do Estado nas suas
políticas públicas de controle da pandemia, ou mesmo na ausência destas
políticas. Na verdade, nunca houve e ainda não há no Brasil, nenhuma política
pública nacional de mitigação de contágios da Covid-19. O que assistimos é a
eclosão de uma segunda onda que se iniciou em dezembro de 2020 e tem aumentado
vertiginosamente já nos primeiros dias do ano de 2021, com amplitude e
velocidade muito superiores aos da primeira onda vivenciada no ano anterior.
Quando a pandemia está fora de controle e as pessoas, que outrora estavam em
isolamento social em suas casas, passam a ter uma maior mobilidade nas ruas,
faz provocar então um aumento de casos muito maior do que na primeira onda. Com
a demora para se debelar uma pandemia por parte dos gestores públicos, a vida
em isolamento contínuo se torna insuportável e desumana, logo as pessoas perdem
o medo do vírus e tentam restabelecer hábitos da vida anterior, e nesse
enfrentamento, quem sempre leva a melhor é o vírus, daí o alto número de
internações e de óbitos. Numa primeira onda o medo do vírus ajuda as pessoas a
permanecerem em casa, porém, com a demora ou ineficácia da liberação de
auxílios econômicos aos indivíduos afetados, a demora com a politização e a
mercantilização na distribuição das vacinas, também o desemprego, a fome e a
falta de perspectivas futuras num país pobre como o Brasil, obrigam as pessoas
ao tudo ou nada, e a única solução é a de encarar o vírus a fim de sobreviver,
resultando num aumento no percentual da mobilidade urbana. Porém, como não
existem tratamentos e a vacinação ainda é muito lenta e retardatária em relação
à velocidade do vírus, as consequências passam a ser o elevado número de
contágios e de óbitos.
Podemos chamar de eventos “gatilhos” aqueles capazes de provocar grandes aglomerações em um determinado intervalo de tempo e em consequência produzir uma elevação importante nos contágios e nas internações em hospitais. Os eventos gatilhos podem fazer surgir uma nova onda na pandemia.
Três eventos importantes ocorreram
no final de 2020 no Brasil e provocaram juntos uma explosão de casos e em
consequência uma gigantesca segunda onda da covid-19 no país. Estes eventos chamados
de “gatilhos” foram capazes de provocar uma ampliação exagerada de contágios no
Brasil durante o segundo semestre de 2020 e também o colapso dos hospitais em
vários estados da federação atualmente, porém, estes eventos sozinhos não são
os únicos responsáveis pelo crescimento exponencial desta segunda onda. A
ausência de testagem em massa, o sucateamento do sistema de saúde e a ausência
de políticas de prevenção e de comunicação para com a população também foram
fatores que somados, contribuíram grandemente para o caos sanitário no qual o
Brasil se encontra hoje.
O primeiro “evento gatilho” foi
o período de campanha eleitoral realizada nos municípios de todo o país realizados
entre os meses de outubro e dezembro de 2020 (primeiro e segundo turno das
eleições municipais 2020). O TSE autorizou a realização das eleições em pleno período
de pandemia e ainda a promoção de campanhas eleitorais presencias, que foram
foco de grandes e contínuas aglomerações entre os meses de novembro e dezembro
de 2020. O segundo gatilho foi a celebração do Natal entre familiares e o
grande movimento no comércio provocado por esta data comemorativa. Já o
terceiro gatilho foram as celebrações e viagens de ano novo que também
provocaram aumento significativo dos contágios.
Figura 03 – Curva exponencial de óbitos no Brasil: A – primeira onda; B – segunda onda. (fonte: Ministério da Saúde - https://covid.saude.gov.br/)
Vale lembrar ainda que todos os países do mundo fracassaram com relação ao controle da pandemia. O vírus Sars-Cov-2 colocou todos os gestores e políticos do mundo de joelhos. Não adianta apenas culpabilizarmos a população, há erros graves por parte principalmente dos gestores e do próprio Estado no controle e erradicação do vírus Sars-Cov-2, pois a maioria das mortes poderia ter sido evitada, bastando a implementação de políticas seguras e efetivas de mitigação de contágios. É uma situação cômoda culpabilizarmos as vítimas da covid-19 pelos próprios contágios. Não podemos esquecer tão pouco que a iminência de uma pandemia no mundo era um tema já bastante discutido entre a comunidade científica internacional e também era do conhecimento das autoridades mundiais.
O que presenciamos e
observamos atualmente com relação à pandemia, não é apenas uma incompetência ou
incapacidade das autoridades em resolver o problema dos contágios e mortes, o
que se comprova na realidade é a prática do chamado extermínio de classe, onde
a maioria das mortes ocorrem nos lares dos trabalhadores pobres e de baixa
renda, nas comunidades periféricas, entre a população negra, atingindo
principalmente pessoas com comorbidades e idosos. Por isso o desinteresse, a
insensibilidade e a demora na efetivação de soluções eficazes no combate à
pandemia.
Pelas análises anteriores e as
taxas de crescimento observados nos gráficos atualizados do Ministério da Saúde
sobre a pandemia no Brasil, podemos afirmar que todas as atividades presenciais
de educação física deveriam ser suspensas imediatamente. O índice de
transmissão (Rt) no Brasil atualmente está acima de um (Rt>1), inclusive em
Goiás, sendo que existem regiões no país em que Rt = 2,7, mostrando que 100 indivíduos são
capazes de contaminar outras 270 pessoas, provocando assim um crescimento exponencial
de contágios. Na prática academias, escolas de natação, escolinhas de futebol,
clubes e escolas em geral deveriam ter as atividades todas suspensas como
medida de prevenção. Porém, sabemos que no Brasil não existem políticas de isolamento
social capazes de garantir a segurança das pessoas contra o vírus e nem mesmo
políticas econômicas de fomento para os professores de educação física ou para
os donos de academias a fim de garantir o sustento financeiro destes trabalhadores
durante uma possibilidade de isolamento social ou lockdown. Portanto, o que
continuaremos assistindo é a manutenção da necropolítica dos governos e
gestores brasileiros na condução da pandemia da covid-19 no país, com aumento contínuo
de contágios, colapsos nas redes hospitalares e do sistema funerários de todos
os estados do país.
O Programa Nacional de
Imunização no Brasil não possui nenhum planejamento e eficácia, e a velocidade
de transmissão do vírus é infinitamente maior do que a das vacinas, o que irá
provocar mais mortes e uma demora muito maior para se atingir a imunização de
toda a população (imunidade coletiva). A
única alternativa que resta à população é manter as regras de distanciamento
social, ainda o uso contínuo de máscaras e a lavagem das mãos. Porém, vale
lembrar que tais medidas de biossegurança não são suficientes para conter o
vírus em locais fechados e com aglomerações quando o Rt > 1, ou seja, em
escolas ou academias em períodos de aceleração da pandemia (Rt > 1) não há
como conter a proliferação do vírus Sars-Cov-2, nestes ambientes, mesmo com o uso
de máscaras, medição de temperatura corporal ou uso de álcool em gel, sendo o aconselhado
a fazer é mesmo o fechamento destes estabelecimentos até que haja uma diminuição
dos contágios por um período maior do que três semanas consecutivas (Rt <
1). Mas devido às relações de poder da sociedade capitalista e as dicotomias entre
trabalho e saúde (economia x isolamento social) criadas no Brasil, dificilmente
as decisões corretas serão acatadas pela sociedade. O que veremos mais uma vez
nesta segunda onda é a própria natureza cuidando das taxas de velocidade e de transmissão
do vírus, assim como aconteceu na primeira onda em 2020, quando o número
elevado de contaminados e de mortos fez desacelerar o crescimento da pandemia no
Brasil (hoje são mais de duzentos mil mortos no país), onde as consequências negativas e imprevisíveis, tanto na economia quanto para a saúde pública, passam a ser
muito maiores, do que realmente com a realização do isolamento social.
Somando a toda a tragédia
vislumbrada nos parágrafos acima, temos que acrescentar ainda as mutações
genéticas do novo coronavírus detectadas no estado do Amazonas, mas que já
estão espalhadas por todo o continente. As variações genéticas tem mudado radicalmente
as características do vírus Sars-Cov-2, tornando-o mais transmissível,
infeccioso e agressivo, transformando assim as transmissões mais fáceis e rápidas
de pessoa para pessoa e ainda tornando mais severas as consequências da
Covid-19 nos pacientes.
As atividades presenciais em Educação Física na Universidade Estadual de Goiás deveriam continuar suspensas mesmo com o
início do Programa Nacional de Imunização (vacinação), pois o índice de transmissão
continua alto (Rt > 1) e os efeitos
práticos da vacinação serão observados somente em 2022. Além do mais, a UEG não
possui nenhuma garantia de controle e de segurança contra o vírus em seus
ambientes universitários. É sabido por todos, inclusive já foi veiculado nos
canais da imprensa, sobre o sucateamento da universidade e da precarização em
que se encontram seus prédios, salas e laboratórios. Atividades presenciais de
natação ou qualquer outra atividade acadêmica colocaria em risco a vida de
alunos, professores e de funcionários. Sendo assim, é de fato necessário no
atual contexto de pandemia a permanência do ensino à distância, mas de forma
provisória, mesmo tendo consciência das limitações e das injustiças provocadas
pelo ensino remoto. Mas, devemos lutar para que essa forma de educação virtual não
se generalize jamais dentro da universidade após o período de pandemia, e que os
atuais mecanismos de luta possam pressionar a universidade a fomentar políticas
internas de inclusão digital na forma de assistência estudantil, capazes de garantir
de fato o alcance dos alunos a uma educação de qualidade e gratuita.
Essa situação e que estamos vivendo é muito atípica e as vezes parece ser surreal, quando começamos a pensar que os índices de morte iriam cair, vem essa segunda onda, com essa mutação terrível.
ResponderExcluirAo meu ver, a questão do aumento de casos mostrados no texto devido as aglomerações (eleição, Natal e Ano novo) já eram esperadas, o povo não aguenta mais ficar em casa, se perguntam "até quando esse isolamento vai continuar?! por que devo ficar em casa se tem muitos que estão viajando?!".
Realmente é muito complicado a questão das aulas de Educação física na Universidade nesse período, principalmente por não ter nem o básico, que é a limpeza de cada dia. E acredito que isso não vai passar por um bom tempo ainda, mesmo que tomemos a vacina, muitas dúvidas ainda vão restar, até quando vai essa imunidade? será que ela servirá para futuras mutações? posso estar imunizado, mas tenho que tomar o cuidado, pois posso estar carregando o vírus comigo e contaminar outras pessoas.
De fato, o mundo nunca mais será igual e teremos que mudar os nossos hábitos para sempre.
Taisa Rocha Gomes da Silva
8ª Período Noturno
O momento que vivemos, é de fato bastante complicado. Primeiro o "susto" da chegada da covid-19, onde tivemos que ter toda uma adaptação, cuidados básicos de higiene que antes não tínhamos. com o aumento de casos que vem sendo confirmados nessa segunda onda, onde as pessoas já nãos estão mais se cuidando como no início da primeira, onde estão aglomerando mais, já quase não estão fazendo o uso da máscara, os contatos corporais estão casa vez mais comuns, um possível retorno das aulas presenciais, pode se tornar algo mais drástico, vendo que ainda mais em instituições públicas, onde o cuidado governamental com esses alunos totalmente é precário.
ResponderExcluirLarissa Oliveira
8°período Noturno
Assim como em outros países, era fato que uma segunda onda iria acontecer no Brasil, uma vez que todas as formas de evitar o contágio foram deixadas de lado. Houve no Amazonas até mesmo protesto para que o governo liberasse a abertura do comércio. E nessa atitude de sair as ruas e aglomerar com certeza provocou aumento do contágio. Como descrito no texto, muitas pessoas no início da pandemia teve medo do vírus, hoje muitos indivíduos não estão nem aí para o vírus, mesmo sabendo da quantidade de mortes ocorridas no Brasil e no mundo. Observo o quanto as pessoas estão vivendo como se nada tivesse acontecendo, muitos viajando, em baladas, em bares, etc. Academias funcionando normalmente e muitos sem máscaras andando nas ruas, ignorando o vírus. Sinto uma falta de sensibilidade e até mesmo uma falta de respeito para com quem está em isolamento e usando máscara. A Tailândia é um exemplo de disciplina e respeito, quando confirmou a primeira morte por covid, já foi imposto restrições, já no Brasil mesmo morrendo inúmeras pessoas as restrições não são impostas de imediato e quando o Estado impõe restrições os cidadãos não respeitam. E as consequências são essas: mortes, falta leito, oxigênio, hospitais lotados, etc. Temos ainda um longo caminho a percorrer, pois mesmo com a vacina em andamento, vacinar todos as pessoas não será fácil, e muito menos rápido. Por isso voltar as aulas, somente com segurança total, desnecessário correr risco.
ResponderExcluirNelcivania Pereira da Silva.
Salvo engano, desde julho cientistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertavam sobre a segunda onda da Covid 19. Contudo os governantes de todo o mundo não tomaram medidas adequadas para que a segunda onda não tivesse um efeito caótico, pelo contrário, o que aconteceu foi o relaxamento das medidas de distanciamento social. No Brasil, por causa do asno e nefasto presidente e dos políticos néscios que temos, as medidas de isolamento nunca foram seguidas à risca, com isso milhares de vidas que poderiam ser poupadas foram ceifadas. Outra questão que contribuiu para o vírus de espalhar ainda mais são as fakes news propagadas que desinformam a população. Ademais, a ausência dos princípios de solidariedade e corresponsábilidade (que são raros na sociedade capitalista) contribuiu para que nós cidadãos (falando pela maioria das pessoas) pensamos apenas em nós mesmmos ou nos prazeres do momento, com isso lotamos praias, fazemos festas (mesmo que em família), vamos a bares, shows, espaços de lazer etc. Desta forma ajudamos na propagação exponencial do vírus. Os 3 eventos apontados no texto (período eleitoral, natal, viagens de ano novo e festas) foram fundamentais para a elevação abrupta do vírus, certamente se tais questões tivessem sido evitadas estariammos em uma situação um pouco melhor. Agora, cabe aos governante e anós arcar com as responsabilidades, já sabemos que do governo não podemos esperar muito coisa, então, resta a nós seguir à risca às medidas preventivas como o distanciamento social, a utilização de máscaras e a higienização das mãos, etc.
ResponderExcluirConsiderando toda essa conjuntura, é percptível que não há ainda a menor condição de retorno das aulas presenciais, o menos prejudicial será continuar com o ensino remoto. Mas ao mesmo tempo temos que comprar e pressionar os goverantes para desenvolverem políticas públicas para que o ensino remoto seja acessível a todos.
Silas Alberto Garcia
Como o próprio título nos leva a refletir, não há como desvincular ou desconsiderar a Segunda Onda da Pandemia do Coronavírus no Brasil e como fica o trabalho. Bom, o trabalho, de antemão já sabemos como fica, segue sendo um grande desumanizador humanizante dos trabalhadores.
ResponderExcluirTendo que continuar trabalhando em meio ao caos, sem uma política pública que voltada para a prevenção ou ao menos conscientização do momento adverso e mortífero, a classe trabalhadora – sobretudo aquela cuja mão de obra é menos qualificada – está jogada à própria sorte: aumento do desemprego, fim do auxílio emergencial (programa de transferência de renda conseguido a duras custas, por pressão da oposição ao atual Governo), a concretude da miséria, a fome, a violência doméstica contra a mulher e a violência policial pautada no racismo, a precarização e avanço do capital sobre o trabalho são outras “pandemias” que a grande maioria dos trabalhadores brasileiros tem que conseguir lidar, juntamente com a pandemia do coronavírus. Não está fácil, como nunca esteve para a classe que produz.
Pensar a Educação Física nesse momento, vivenciar o “ser professor” nesse momento é desafiador. Como professora da rede privada de ensino, vejo a instabilidade do emprego ficar ainda mais notória. Como aluna, vejo o quão limitador é o ensino remoto. Não há como não ser pessimista, mas há como continuar pensando que o caminho é o da união e coletividade, aquele que une e produz consciência.
Em meio ao caos e as incertezas, a palavra não tem que ser resiliência ou se reiventar, preconizar isso é jogar para a classe trabalhadora, a mais atingida pela pandemia, a responsabilização pelo grau de precariedade a que está submetida, sobretudo aqueles que têm sua mão de obra com menor qualificação. O discurso neoliberal quer, a todo custo, obstacularizar a capacidade de nós, trabalhadoras e trabalhadores, enxergar os reais motivos que nos levam a uma situação tão caótica. Ao passo que os grandes burgueses e bancos seguem lucrando à custa de vidas.
Pandemias até piores que essas já existiram, mas o que nos surpreendeu foi que com tamanha tecnologia e recursos, não conseguimos controlar a proliferação do vírus, levando em conta que os dados mostram que na segunda onda podem haver ainda mais casos, é realmente assustador. Mesmo com o programa de vacinação, nós da EF, como a população em geral não saberemos quando poderemos retornar nossas atividades, pois mesmo vacinados, muitos questionamentos ainda ficam como: essa vacina protege da segunda fase do vírus?...Realmente estamos vivendo tempos sombrios.
ResponderExcluirIgor Barbosa Silva
8º Período Noturno
Essa pandemia trouxemos uma lição, onde de fato mostra que não estamos preparados para suportar algo do tipo, mostrando que não temos estruturas e conhecimentos necessários. Que através dessa experiência de pandemia que estamos passando possa nos servir de mudanças futuras principalmente de nossos administradores e também da sociedade para que todos possam aprender a enxergar a realidade e viverem conforme os acontecimentos respeitando os limites que são colocados, estando devidamente preparados e prevenidos com todas as ferramentas possíveis antes de depararem com esse tipo de situação futuramente. Para isso as pessoas devem estar estruturadas e com conhecimento necessários para se comportarem de uma forma digna e ciente do que realmente se passa, acompanhadas de um apoio para enfrentar a situação com suportes necessários para lidar diante de uma pandemia ou algo do tipo da melhor forma possível, começando com atitudes que devem vir de nossos governantes ofertando melhores estruturas e aprendizados através de uma educação melhor para que a sociedade principalmente a população mais carente não fiquem refém da falta de conhecimento e da precariedade, que hoje estamos vivendo.
ResponderExcluirJean Moreira da Cruz
8° Período Noturno
Realmente estamos vivendo em um contexto cheio de incertezas. Primeiramente sofremos muito com a chegada da pandemia, agora estamos sofrendo uma segunda onda de infecções que cerca nossa sociedade, onde ainda milhares de pessoas morrem todos os dias. As aglomerações são inevitáveis, festas lotadas, bares, e até mesmo shows, a população realmente esqueceu da pandemia. Por conta disso ficamos ainda mais reféns do medo, e ainda cheios de incertezas se esse terror está próximo de acabar ou não. Triste situação que estamos passando.
ResponderExcluirAMANDA DOS SANTOS COSTA.
Infelizmente agora estamos vivendo uma segunda onda de pandemia. Mesmo assim o governo parece querer um retorno das aulas, mesmo que com uma quantidade reduzida de alunos em sala de aula, essa decisão será mesmo a melhor a ser tomada nesse momento? O governo negligencia a saúde da população, agora recentemente tivemos a prova do ENEM, mesmo com os alunos e demais instancias pedido o seu adiamento, será mesmo que o governo está se preocupando com a saúde da população? Nesse sentindo as aulas da UEG também não devem retornar pois não há estrutura nem materiais de higiene para os alunos e funcionários, a situação da UEG já era precária mesmo antes da Pandemia, como poderá agora ela ter condições de funcionar?
ResponderExcluirRaynara Rodrigues da Cruz da Silva
8° Período Noturno
Nesse momento de tanta perca e desespero, é triste perceber que as situações estão longe de acabar pela falta de consideração e consciência da população de modo geral. As festas voltaram ao normal, dizendo seguir as normas, mas na verdade não tem nada correto acontecendo, cidades fechando de novo, comércios de modo geral, tudo por irresponsabilidade das pessoas que insistem em acreditar que com elas não vão acontecer, que ta tudo bem, que a vida deve seguir. É agoniante pensar que a sua saúde depende da atitude de outras pessoas, que não se cuidam.
ResponderExcluirThalyta Colangelo
8° período matutino
O momento atual nos cerca é de incertezas. É triste pensar que todo esse momento não está perto de acabar e quem sofre somos nós! E por conta de toda a falta de estruturação estamos em outra onda de infecções que ocasiona o terror na vida das pessoas. Triste pensar que estamos bem longe de novas expectativas.
ResponderExcluirNátally Cristiny Rodrigues Tolêdo
8° período matutino
A chegada da segunda onda, era inevitável. Inevitável graças ao comportamento humano, que ao ouvir de grandes influenciadores que a pandemia estava acabando, passou a seguir a vida normalmente, como consequência, o vírus voltou a se proliferar rapidamente. Assim como na primeira onda, o Brasil acaba sendo espelho da Europa, não é só coincidência.
ResponderExcluirCom a chegada da segunda e mais forte onda do Covid-19 se torna inviável os encontros presenciais, tendo em vista que hoje (26/01/2021) morrem mais de 1000 pessoas por dia no Brasil. A vacina nos da uma luz no fim do túnel, a longo prazo, infelizmente a vida de quem foi não pode voltar.
O texto retrata muito bem o fato de que a segunda onda vai trazer consequências muito duras aos cidadãos brasileiros, alguns dos motivos e mostrado todos os dias nos veículos de imprensa, como as aglomerações nas ruas pelo fato das pessoas terem perdido o medo do vírus ou precisar sair a rua para garantir o seu sustento ou a falta de compromisso dos gestores públicos em fomentar a sociedade para garantir o isolamento social. Quando falamos da Educação física não estamos falando de uma exceção, pois profissionais de escolinhas de futebol, natação ou academias também precisam sair a rua para conseguir o pão de cada dia. medidas restritivas tem que ser tomadas sim para o controle da segunda onda e consequentemente da covid 19, mas com comunicação adequada e ajuda dos gestores.
ResponderExcluirRenato Duarte
8 periodo noturno
O que vemos é uma pandemia desenfreada, e sem perspectiva de fim. A população encontra-se em exaustão de isolamento, mas é o que acaba surtindo mais efeito. Hoje as regras mudaram de acordo com o inicio da pandemia, quando sair leve mascara e use alcool gel. O relaxamento dos cuidados tem elevado e muito os casos, essa segunda onda mostrou isso as festas de final de ano com elevado numero de pessoas, e o não uso da mascara, cada vez mais presenciamos a contaminação e a morte de pessoas jovens, inclusive atletas pelo vírus.
ResponderExcluirMaíra Cirqueira Queiroz Silvestre
5º período
O presente texto publicado relata sobre as pandemias que são medidas por "ondas", tanto as que estamos vivenciando hoje quanto a de 1918. No atual momento estamos na segunda onda do Sars-COVI-2, tal ápice mostra o aumento de contágios que esta cada dia mais gradativo, onde as pessoas não estão fazendo mais quarentena, onde o vírus se tornou uma mera gripe, onde o principal pensamento é voltar a uma vida "normal" e com esse pensamento errôneo que grande maioria tem, a tendência dos infectados e das mortes é apenas aumentar. O governo mostra um descaso tão grande com a população que várias escolas, creches e universidades já voltaram com o seu funcionamento. Evidencia mais uma vez a não preocupação com o povo, com a morte, com sua segurança e saúde, botando em risco a vida de todos esses que estão envolvidos. Analisando todo esse contexto de pandemia, de sucateamento das universidades federais e estaduais a melhor saída é manter o ensino remoto.
ResponderExcluirRaquel de Paula Vieira
8° Período- Matutino- Educação Física
Estamos vivendo um período de grande tensão em nossas vidas. De um lado a população, refém do vírus, refém do descaso das políticas públicas. Pais, mães solo, famílias entrando em desespero no sentido de se manter, de sobreviver (manter as contas, aluguel pago, o mínimo da alimentação, água, energia), muitos que perderam empregos, muitos que trabalham de forma autônoma e que estão com baixa em suas atividades, neste sentido se arriscam a ir trabalhar, onde os riscos de contaminação aumentam. Às vezes, olhamos as pessoas na rua trabalhando e não se atentando ao distanciamento, não se atentando as normas de higiene, a troca de máscara a cada hora no mínimo (coisa que não acontece), lavagem das mãos, e acabamos por julgar os mesmos, sem saber das demandas pessoais no sentido de sobrevivência.
ResponderExcluirOutro dia, vi uma postagem de uma senhora em uma das plataformas das redes sociais, trocando serviços de limpeza e faxina doméstica por 1 kl de carne ou cobrando R$:25 reais por seus serviços, comentando que tem 2 filhos menores de idade, a dona da casa que ela aluga para morar estava prestes a despeja-la por conta de aluguel vencido... isso me deixou bastante comovida e, ao mesmo tempo, revoltada, revolta no sentido de não ter condições de ajudar, revolta com o Estado, por não fornecer suporte.
Fico pensando em todos os profissionais da Ed. Física, que estão passando esse momentos desempregados ou obrigados a trabalhar sem o mínimo de segurança. O que somos obrigados a passar, porque o Governo não tem políticas publicas que atendam de fato essas demandas...
A chegada do Covid 19 no mundo já era bastante preocupante, quando chegou ao nosso pais se tornou algo preocupante e complicado, tivemos que nos adaptar a hábitos severos de higienização, distanciamento social, isolamento social entre outras medidas. Como foi falado no texto, no inicio da pandemia muitas pessoas tiveram medo, e outras a trataram como uma gripezinha. Atualmente as pessoas não tem mais medo da covid 19, chega a ser egoismo, pois muitos pensam somente em si, não respeitam as medidas, e acabam contaminando alguem de casa que provavelmente se guardou. Essa segunda onda chegou com tudo e com uma variante mais agressiva e o nosso Governo Federal não faz nada além de lamentar as mortes. Nós da Educação Física sabemos que não é viável o retorno das aula presencias, mesmo que exista a vacina há outros pontos que devem se pensar para o retorno, e mesmo com a vacina não sabemos até que ponto/tempo ela irá nos proteger, sabendo que não estamos no grupo prioritario para se vacinar.
ResponderExcluirRyane Fernandes- Noturno
Para dar inicio a discussão, o descaso do governo federal com a pandemia, colaborou para a segunda onda. Afinal, o presidente é uma figura pública, e infelizmente ele tem vário seguidores. Então se ele fala que é apenas uma gripezinha, grande parte não vai querer isolamento nem tomar medidas para evitar o contágio.
ResponderExcluirJuntamente com esse descaso do governo federal, houve descaso de outros políticos, com a campanha eleitoral este ano, o qual levou várias pessoas aglomerarem, por diversas vezes, sem o uso de máscara.
Com a continuação da pandemia, várias pessoas ficaram "cansadas" de não realizarem festas, não encontrarem amigos e familiares. Com o natal e reveillón, houve aglomeração de todos, mesmos aqueles que estavam a maior parte do tempo em isolamento, fazendo apenas o necessário.
E isso tudo provocou a segunda onda, ou seja, não tiveram culpa apenas os governantes, mas também as pessoas que ignoraram o farto de, infelizmente, a pandemia não ter terminado.
Por mais que seja difícil, acho prioridade, mesmo com a vacinação, a continuação das aulas online, e a universidade, juntamente com o estado, realizar toda a assistência que os alunos necessitam.
Karollyne Plácido da Silva - 8º noturno
É inevitável não pensar no retorno da vida tal qual era antes do inicio da pandemia, mas os riscos quando são colocados a mostra são incontáveis. A alta transmissão do vírus, juntamente com a ausência de políticas ao combate/controle deixa tudo ainda mais incerto. Pensando pelo lado onde a prioridade é a diminuição do número de casos e o controle da pandemia, acredito que seja importante mantermos tudo como está, aulas remotas, mesmo sabendo que este sistema é excludente e ineficiente, pois mesmo com a vacinação, ainda não sabemos da eficiência da mesma para a mutação do vírus que está gerando a segunda onda de casos.
ResponderExcluirAna Clara Melo Santos - 8° Período
O mundo do trabalho vem sofrendo diariamente com a pandemia, não saindo desse grupo, a educação física sofre juntamente com as outras profissões.
ResponderExcluirDiferentemente de outros países e governos, o Brasil sofreu com a primeira onda e agora sofre com a segunda onda, entretanto a OMS avisou do risco da segunda onda, porém por um descuido das autoridades as devidas orientações não foram tomadas.
Junto disso sofremos com a baixa do real que faz com que as importações aumentem, assim disparando os preços dos produtos nacionais, pela questão da oferta x demanda.
Mas existe sim uma esperança no que se diz a vacinação, com isso a ideia é retornar o crescimento do PIB e a geração de empregos, também em 2022 as eleições onde teremos a oportunidade de trocar o governo.
Murilo Santos 8º período noturno
É uma situação entristecedora essa que vivemos. Passarmos pela 1* onda do covid-19 fez com que o desgaste se torna-se presente no cotidiano das pessoas e fez com que estas afrouxassem as medidas preventivas, mas é cabível o questionamento aos governantes sobre medidas de mitigacao do crescimento do covid, que resulta hoje na segunda onda deste. As pessoas também tem medo da fome, de faltar algo em seus lares e para os seus filhos, por isso furam o isolamento e se arriscam fora de seus lares, porém ao invés de melhorar certas questões públicas, como o transporte, para que houvesse uma certa forma de distanciamento, o que há é uma precarização da vida e um sucateamento deste transporte, se olharmos um ônibus em horário de pico, é difícil acreditar que estamos no meio de uma crescente do vírus, um amontoado de pessoas "socadas" dentro daquela enorme lata sobre rodas. É uma animalizacao das vidas da população, principalmente do proletário e periféricos.
ResponderExcluirMárcia Gabriela 8o período de Educação Física ueg
Eduardo Naves Ramos Mota, 8º Período Matutino.
ResponderExcluiro texto em questão faz um paralelo entre a pandemia ocorrida em 1918. Destaca-se como acontece o alastramento do vírus através de ondas com grande contágio, seguida de uma queda no número de contaminados. Ressalta-se os resultados posteriores em reflexo ao mundo do trabalho, compara-se então com a crise econômica após a pandemia de 1918, o texto então faz um paralelo e uma previsão de uma possível instabilidade financeira de todos os países, após a pandemia.
A crise vivenciada pela passagem de uma pandemia é devastadora, estamos passando por uma segunda onda com picos ainda mais altos de contaminações pelo covid 19, sua estrutura já mutou e a vacina tida como salvação não é para toda a população e nem para todas as formas do vírus, crise financeira, demissões e doença, doenças físicas, doençãs mentais e doenças da alma, em um povo devastado pela falta de oportunidades, um cenário jamais pensado e imaginado por nenhum de nós.
ResponderExcluirRegiane Poleto - 8° período EF - UEG.
A segunda onda do corona vírus já era prevista, porém devido a falta de cuidado da população e dos governantes, através do afrouxamento das medidas de segurança, este mal veio a aumentar drasticamente.
ResponderExcluirÉ evidente que se a população tivesse pensando no coletivo, muitas reuniões, festas e outras atividades de aglomeração teriam sido evitadas e com certeza não estaríamos passando por uma onda tão pesada.
Com certeza as aulas não retornarão tão cedo, é extremamente necessário que a população respeite o distanciamento social e as medidas de segurança para que nessa segunda onda, seja possível passar por cima desse vírus de forma mais rápida, visto que, sua mutação é muito mais agressiva e contagiosa.
Thays Kéllen Rodrigues de Souza - 8P Matutino
Infelizmente estamos vivendo um momento de incertezas,a pandemia, que tem acabado com milhares de vidas por todos os continentes, praticamente paralisou a economia mundial, a chegada da segunda onda é consequências das festas com política ,natal, carnaval ,aglomeração nas casas estamos pagando o preço tudo agora em decorrência dessas aglomeração feitas ano passado.Acaba que ninguém fez o isolamento da maneira correta até porque nem estrutura pra isso temos.
ResponderExcluirAmanda Garcia Rodrigues de Souza
8 período
A segunda onda já vinha sendo avisada, porém foi ignorada. Com as festas de finais de ano que não perderam suas aglomerações, isso era inevitável, pois as flexibilidades propostas pelos governadores e prefeitos também ocasionaram a fortificação da segunda onda. E isso foi bastante imprudente devido a um vírus que nem se tem conhecimento direito de suas possibilidades.
ResponderExcluirWesley Ferreira de Almeida Carvalho - 8 Período